Leco após o que podemos chamar de MAIOR VEXAME da história do São Paulo convocou coletiva. E fez o que se esperava dele por seu perfil: colocou panos quentes, fez política, quis apaziguar, saiu em defesa de Ataíde e tenta colocar esperança no torcedor em torno do novo treinador e futuro plantel.

Confira:

“O São Paulo, por sua presidência, quer expressar o seu sentimento de solidariedade à sua torcida pela profunda tristeza que estamos vivendo. O São Paulo, por sua presidência, quer expressar o seu sentimento de solidariedade à sua torcida pela profunda tristeza que estamos vivendo.”

“Estou aqui para abordar sobre esse momento difícil, traumático e triste da vida do São Paulo, fundamentalmente motivado pelo resultado de desastroso de ontem, que nos causou perplexidade e indignação.”

“O que aconteceu ontem pode ser interpretado como um desaguar, uma consequência de problemas e parece que é uma situação que já estava de certa forma preconizada, como alguns falam, e que acabou acontecendo infelizmente.”

“Nossa gestão é recente. Ela tem menos de um mês, pouco mais de 20 dias, e nossa gestão existe com o compromisso de conferir ao São Paulo uma marca de seriedade, transparência, reestruturação e planejamento.”

“É fundamental uma tomada de consciência, um encarar de frente, e assumir a responsabilidade plena diante desta situação, porque o São Paulo está diante da possibilidade e perspectiva de alcançar um objetivo importante que é de estar entre os quatro primeiros do Brasileirão. E, portanto, se qualificar para a Libertadores, que tem uma expressão muito grande no cenário do futebol.”

“O São Paulo está prestes a conseguir isso. O São Paulo é o quarto entre 20 clube. Há outros 16 abaixo. E vamos lutar muito para que isso seja alcançado. Uma vez alcançado, o momento não permite outro tipo de atitude a não ser confiar e lutar por essa tomada de decisões heróicas, extremas, exageradas ou mandar alguém embora.”

“O São Paulo não pode fazer isso. Precisa de seriedades. Não será desestruturando o futebol que vamos conseguir nos classificar para a Libertadores. Ela por si só não nos ilude. Será importantíssima para 2016, para a recuperação da auto estima, para retornar a ter credibilidade que nos, através de marketing e outras ações, precisamos obter recursos esse é o grande desafio que vamos enfrentar.”

“É importante que hoje nós tenhamos segurança de que vamos enfrentar essa situação de disputa dos dois últimos jogos com a força que o São Paulo tem a necessidade de alcançar esse resultado. Precisamos do apoio e compreensão de todos.”

“Não nos escapa a ideia de exigir da nossa equipe uma atitude responsável e de comprometimento, que infelizmente não vemos em todos os nossos integrantes. Depois disso, todo o meu compromisso de campanha que assumi na posse, de reestruturação, planejamento, transparência, será implementado.”

“Tudo está sendo preparado por todas as diretorias. O São Paulo está se reorganizando com dirigentes que querem o seu bem. Não há outros interesses. O São Paulo está ferido, sim, mas vivo. Muito vivo e com a força de recuperação própria da sua história e tradição. E assim alcançaremos nosso resultado.”

PERGUNTAS DOS JORNALISTAS

Haverá modificações no elenco?

“O São Paulo não faria, o São Paulo fará (uma reformulação. Está no final do exercício. Uma agenda que contempla diversas ações.”

Novo técnico chega quando?

“A questão do novo treinador não nasceu ontem. Vinha sendo desenvolvida. Está em andamento. Se tivermos sorte, vamos anunciar até o final da semana. É muito claro e resolvido.”

Pressão em cima de Ataíde Gil Guerreiro:

“Não tenho entendimento claro das razões por ser alvo de campanha tão severa quanto à sua gestão no futebol do São Paulo. Vocês sabem que é uma pessoa correta, bom profissional, são-paulino e esteve à frente do futebol desde o início. O planejamento de 2015 passou por ele. O time de 2015 foi dizimado, reduzido a uma condição que contrariou as posições dele.  Poderia ser responsabilizado por isso, pelo time ter sido desorganizado, reduzido. Salvo engano foram 8 jogadores transferidos. Não vejo razão para qualquer mudança imediata, em qualquer outro aspecto do São Paulo. Tenho apreço por ele e outros diretores, e a segura visão de que estarei atento e cobrando o que entender correto e bom para o São Paulo, que está acima.”

Time terá postura diferente nos dois últimos jogos?

“Não posso garantir, mas vou cobrar. Assim como fizemos um segundo tempo brilhante contra o Atlético-MG, no domingo foi uma verdadeira tragédia. Não posso assegurar. Mas eles serão, sim, incentivados, orientados, cobrados para ter performance compatível com a honra que essa camisa exige.”

Reformulação do elenco depende do novo treinador?

“Não faz sentido contratar um novo treinador do porte que pretendemos contratar, e ele será um treinador moderno, com visão moderna do futebol, capacidade de comando do grupo exigida e que nós temos experiências passadas que foram exitosas. Dentro do seu trabalho, vai colocar a marca dele e discutir conosco o perfil dos jogadores. A contratação do técnico vai passar por aspecto de integrar permanentemente o futebol de base e profissional, para ter um padrão em todos os níveis do São Paulo. Precisa ter boa técnica, porque isso não se abandona, mas fundamental é ser competitivo. Então passa, sim, pelo treinador.”

Reação do elenco na goleada será levada em consideração para definir o perfil do NOVO elenco?

“Vamos pensar, sim, em reformulação de elenco. Não está havendo comprometimento em todos jogadores desse elenco. Faço uma análise generosa imaginando que não seja fruto de má intenção, mas sim de não saber lidar com adversidades que marcam as grandes figuras da vida. A análise será feita por esse lado.”

Diego Aguirre e Lugano contratados?

“Não farei observações sobre nomes específicos. Aguirre é bem reputado, está sendo comentado e é uma das figuras cogitadas. O Lugano é um símbolo da história do São Paulo, que honra e dignifica a história do São Paulo. A torcida grita o nome dele e quer o que ele simboliza, raça, entrega, determinação, valentia e não aceitar pura e simplesmente um resultado.”

Dirigente mostra irritação com a postura dos atletas:

” Esse problema está nos incomodando, de se ganhar está bom, se perder não faz mal. Não! Se perder vai ter que sofrer. E o sofrer é de sentimento, de não gostar de perder. É isso que pretendemos do nosso São Paulo.”

Qual será o perfil do time de 2016?

“Perfil time 2016 Time técnico e competitivo. Brigador no bom sentido. Aquele que não renuncie à disputa, e isso é uma exigência do futebol mundial. Isso é indispensável. Não prefiro entrar no mérito de erros. Alguns dão certo outros não se adaptam. É uma gestão difícil.”

Se sentiu humilhado com goleada?

” Corinthians fez exatamente o que dele era esperado. É uma equipe de muita qualidade. É inegável reconhecer. Muito bem dirigida, motivada pela festa e acabou alcançado aquele resultado que não ocorreu pura e simplesmente pelo que eles fizeram de bom, mas também pelo que nós fizemos de mal, ou deixamos de fazer. Humilhação pode parecer um sentimento negativo, prefiro não ter. Estamos magoados e feridos, mas vamos superar em pouco tempo. Se nós obtivermos bons resultados nessas partidas, teremos tranquilidade para o ano que vem.”

Como foi a última noite?

“Muito ruim. Foi uma noite mal dormida.”

Leco fala sobre sorrisos que Ataíde deu em entrevista após goleada: “Vi a cena. Provavelmente dirigiu um sorriso para um colega de vocês, num gesto de simpatia. O fato de atribuir erros ao Ataíde é muito simplista. Ele também teve acertos. E um fundamental: devemos ao Ataíde (pensativo) o fator desencadeante de uma crise que o São Paulo vivia.”

O São Paulo precisa de reconstrução?

“Ano muito difícil. Perdemos de 3 a 0 e 4 a 0 do Palmeiras, de 6 a 1 do Corinthians. Fizemos bons jogos com Santos, mas também perdemos deles. Muito negativo nos clássicos em 2015. Não faz parte da nossa história. Não é desejo de manifestar grandeza, mas sim constatação. O futebol do São Paulo nesse ano sofreu grandes abalos.”

Dirigente lamenta pontos desperdiçados pela equipe:

“Perdemos 4 pontos que o deixariam agora folgado, se aquele pênalti escandaloso feito pelo zagueiro do Corinthians fosse convertido em gol, seriam três pontos. Nós demos o empate ao Palmeiras, em um preciosismo do Rogério e perdemos os pontos. Sem falar da Chapecoense. Mesmo com tudo isso, estamos no G-4..”

Você sentiu um repeteco dos discursos vazios de Juvenal Juvêncio ou sentiu respostas como esperava, tricolor?

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