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Fatos da semana – 13/11 a 19/11

As opiniões deste colunista a respeito da semana que passou.

Milton Cruz – A torcida são-paulina precisa ser grata com Milton Cruz, por tudo que o profissional fez pelo nosso clube, seja como jogador, assistente técnico ou treinador interino. Mas a verdade é que ele já faz hora extra no Morumbi há muito tempo. Ninguém sobrevive há tantos anos no Tricolor quanto MC. Estabilidade maior do que a de concursado público.

Milton Cruz começou a ganhar destaque pela indicação de bons jogadores sem renome para o plantel tricolor. Atletas como Miranda, Ilsinho e Maldonado, diz ele, só foram contratados pelo São Paulo pois chamaram a atenção do eterno interino. Mas isso já faz muito tempo.

Hoje, Milton Cruz parece muito mais uma figura decorativa do vestiário, que se mantem no clube por ser muito gente boa e, assim, manter o apoio dos jogadores. Não ouvimos mais falar a respeito de bons nomes indicados por ele.

Este blog inclusive revelou nos últimos dias: MC tenta junto a diretoria, a permanência de Luiz Eduardo para o ano que vem. Apenas mais um exemplo da falta de tato do centroavante dos rachões.

Como treinador, acho uma calamidade toda vez que ele assume pós-queda de algum técnico, apesar de ostentar um aproveitamento de pontos de razoável para bom. Mas, sinceramente, não é esta a questão.

Bom ou ruim, o fato é que Milton Cruz virou uma sombra para qualquer treinador contratado. A última vítima foi Doriva.

Eu não sei se Doriva tem competência ou não para dirigir o São Paulo. Não sei se estava pronto para assumir um clube tão grande quanto o nosso. Pode ser até que nunca venha a estar.

Mas ficou nítido que não teria como dar certo. Milton Cruz lamentou publicamente não ter assumido o posto de treinador deixado por Juan Carlos Osório. Virou o resquício do treinador colombiano no Morumbi e fez questão de alimentar a falta que o amigo recente fazia por lá. É notório que tem jogador que comprou essa ideia. Né, Sr.Pato?

Se Milton Cruz quer ser treinador do São Paulo, se oficialize como um nome no mercado e tente merecer a contratação. Se quer manter o ‘emprego dos sonhos’ que ostenta no CT da Barra Funda, que se ponha no seu lugar e se limite a fazer o trabalho para o qual é designado.

Escrevo isso sendo bonzinho, porque a verdade é que, mesmo se Milton Cruz se mantenha no papel de assistente técnico, acho que poderia ser a hora de passar o bastão para outra pessoa, com novas ideias.

Eu até entendo sua importância na adaptação de novos treinadores, algo que eu não percebia até a chegada de Osório. Mas é muito pouco para alguém com tanta estabilidade na profissão.

Ouvi essa sugestão há algumas semanas: se o dom de Milton Cruz é a captação de bons talentos, porque não transformá-lo em assistente/olheiro de Cotia. Achei uma ótima ideia.

Vamos dar chance a um Pintado ou a um Ronaldão no cargo, que tal? Fica a dica…

Marcelo Oliveira – Cuca não vem. O alto salário e os 12 meses de contrato que lhe restam na China devem adiar o plano tricolor de um dia voltar a contar com Cuca no comando da equipe.

Praticamente repetindo tópico escrito na semana passada, sugiro o seguinte plano de ação para a direção do São Paulo:

—Aguarde a final da Copa do Brasil para escolher um técnico. Primeiro porque ela muito provavelmente poderá definir a nossa participação na Libertadores 2016, e consequente aporte maior de recursos para a próxima temporada. Segundo porque o técnico mais viável/qualificado estará no banco de reservas do SEP na partida decisiva. Marcelo Oliveira tem que ser a prioridade do Tricolor. O técnico, que fatalmente estará desempregado em caso de derrota palmeirense diante do Santos, é ainda o atual bicampeão brasileiro e ao menos finalista de quatro das últimas cinco edições da Copa do Brasil, duas delas com o modesto Coritiba. E antes que digam, ser tantas vezes finalista é prova de que se sabe jogar mata-mata, e não o contrário. Além disso, caso seja mesmo demitido do Palestra Itália, seu salário, se ainda não muito baixo, terá valor reduzido com relação ao atual. Minha campanha é por Marcelo Oliveira.

—Se o provável título santista não se confirmar, a situação torna-se um pouco mais complicada. Marcelo Oliveira é uma opção a menos no mercado. Eu entraria em uma das três negociações: Levir Culpi com o Atlético Mineiro, Roger Machado com o Grêmio ou Mano Menezes com o Cruzeiro. Neste terceiro caso especifico, a dificuldade é que o técnico não está em processo de renovação de contrato, já que seu vínculo vai até dezembro de 2017. Não sou nada fã de Mano como pessoa, mas é inegável que ele fez bons trabalhos em todos os clubes por onde passou. Mas são três casos difíceis, principalmente os dois envolvendo os clubes mineiros.

—Se nenhuma das 4 opções acima se viabilizar, eu apostaria em Milton Mendes, Jorginho ou Diego Aguirre, nesta ordem. O ex-treinador do Inter, no entanto, parece ser o mais próximo do Tricolor no momento. Sua vinda não me deixaria desesperado como se viesse Falcão ou Autuori, mas também acho que há opções melhores.

Alexandre Pato – “Vou torcer para o SEP na final da Copa do Brasil” (Alexandre Pato, em 18/11/2015)

De duas, uma. Ou Pato é incrivelmente esperto, e anda cavando uma transferência para o time de Paulo Nobre em dezembro; ou é incrivelmente ingênuo, não lembrando que a vitória do Santos na disputa do torneio seria benéfica para o Tricolor, ao muito possivelmente abrir uma quinta vaga para a Libertadores via Brasileirão.

As duas possibilidades são factíveis, visto o cada vez mais próximo fim de seu contrato de empréstimo com o São Paulo, e também o histórico de entrevistas surreais dadas pelo atacante nos últimos meses.

Seja qual for a verdade, em qualquer uma das alternativas Pato só mostra que não serve para jogar no Morumbi. Aquilo que a gente já sabe desde que surgiu para o futebol, em 2006: tem talento e sabe fazer gols, mas falta comprometimento e o tal ‘sangue nos olhos’.

Eu só acho que ele poderia se mostrar um pouco mais agradecido ao time que lhe acolheu nas últimas duas temporadas. Parece não lembrar que foi resgatado de um clube em que era perseguido pela torcida para vir jogar em outro onde teve a tranquilidade necessária para renascer para o mercado/Europa/seleção brasileira. Não deixou de ser galinha para jogar no Tricolor…

Rogério Ceni – Nota 10 para o M1to. Se reúne ou não condições de jogo para enfrentar Atlético MG e SCCP eu não sei, mas é fato que precisa ser inteligente e preservar sua imagem.

Enfrentar o campeão brasileiro 2015, fora de casa, louco para nos vencer e sonhando em fazer o 100º gol na história contra Rogério Ceni, seria se expor demais na reta final de sua carreira.

É óbvio que nada de ruim que Rogério fizesse até dezembro seria capaz de manchar toda uma história gloriosa como é a do M1to com a camisa do São Paulo. Mas deixa os caras na vontade, e se prepare para as suas últimas três partidas, contra Goiás, Figueirense e despedida, que serão muito importantes para a nação são-paulina.

Diego Lugano – Fui atrás e pesquisei o retrospecto de Diego Lugano contra os nossos três principais rivais, no período em que ele defendeu as cores do São Paulo FC.

Entre 11 de maio de 2003 (data de sua estreia) e 16 de agosto de 2006 (seu último jogo), o zagueiro uruguaio disputou exatamente 20 clássicos (8 contra o Santos, 8 contra o SEP, e 4 contra o SCCP). A contabilidade mostra 11 vitórias, 5 empates e 4 derrotas.

O capítulo negativo fica por conta do retrospecto diante do Santos, em que o retrospecto aponta 2 vitórias do São Paulo com Lugano em campo, além de 2 empates e 4 derrotas.

Contra os dois adversários da capital paulista por outro lado, nosso ex-zagueiro nunca perdeu. Foram 6 vitórias e 2 empates contra o SEP e 3 vitórias e 1 empate contra o SCCP.

Isso comprova que Lugano precisa voltar ao São Paulo? Não. Os bons resultados obtidos em clássicos entre 2003 e 2006 foram frutos exclusivos do trabalho do uruguaio? Não.

Mas também não dá para desconsiderar a importância de Diego Lugano para o São Paulo daquela época. Se não era o ÚNICO responsável pelos bons resultados, era sim UM DOS principais responsáveis por eles.

Só lembrando: em 2015, disputamos 13 clássicos e vencemos apenas 2, um contra o SCCP e um contra o Santos. No mais, foram 3 empates e 8 derrotas, incluindo uma derrota sem reação para o SCCP na estreia da Libertadores, 2 goleadas para o SEP e pelo menos 3 bailes do Santos. #VoltaLugano

Elenco possível 2016 – Tópico fixo para as próximas semanas.

*Goleiros: Renan Ribeiro, Denis, Léo e Lucas Perri

*Laterais: Bruno, Auro, Carlinhos, Matheus Reis e Inácio(promovido da base)

*Zagueiros: Rodrigo Caio, Breno, Lucão, Lyanco, Lugano (sem multa contratual para vir jogar no São Paulo) e Bruno Rodrigo (contrato com o Cruzeiro até dezembro/2016. Troca por Maicon?)

*Volantes: Thiago Mendes, Hudson, Wesley, Wellington (retorno, mas com possíveis problemas de envolvimento com doping), Rômulo (contrato com o Spartak Moscou até junho/2016. Sofre com lesões mas é muito bom jogador) e Luiz Antônio (contrato com o Flamengo até dezembro/2016. Troca por Luis Ricardo?)

*Meias: Ganso, Michel Bastos, Centurion, Daniel e David Neres (Promovido da base)

*Atacantes: Alan Kardec, Miller Bolaños (Emelec – 18 gols em 23 jogos em 2015, um dos destaques da líder das eliminatórias para a Copa 2018), Rogério, Murilo, João Paulo, Luiz Araújo e Joanderson (promovido da base)

Ao todo, seriam 5 contratações (Lugano, Bruno Rodrigo, Rômulo, Luiz Antônio e Miller Bolaños), 8 saídas (Rogério Ceni, Reinaldo – dispensado/negociado, Édson Silva – sem contrato, Luiz Eduardo – sem contrato, João Schimidt – negociado, Wilder Guisao – devolvido, Alexandre Pato – devolvido e Luis Fabiano – sem contrato) e 3 garotos promovidos da base (Inácio, David Neres e Joanderson). Muito viável.

Ewandro – Escrevo sobre ele desde sua saída do Morumbi. Pelo Atlético PR, são 15 jogos realizados (8 como titular) e 5 gols marcados. Ótimo para um garoto de 19 anos, reserva e atuando por um time mediano como é a equipe de Curitiba.

Emprestado até janeiro de 2017, com valor fixado. Mais uma das inúmeras cagadas cometidas pela direção neste ano, e que comprovam como Ataíde Gil Guerreiro precisa sair.

Copa do Brasil Sub-20 – Os ex-companheiros de Ewandro iniciam a disputa da final da Copa do Brasil Sub-20 nesta quinta-feira. Coincidentemente, o adversário é o próprio Atlético do Paraná, atual equipe do atacante. O primeiro jogo é na Arena da Baixada, e o segundo no CT de Cotia, na próxima terça-feira.

Olho no futuro do Tricolor.

Sócio-Torcedor – Às 00h01 desta quinta-feira, o São Paulo tinha exatamente 78.509 sócios cadastrados, 8.830 atrás do programa do Grêmio, nosso próximo adversário a ser superado. Acima deles, temos SEP (126.361), SCCP (135.866) e Internacional (147.254).

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Wagner Moribe

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