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Nesta semana resolvi republicar um texto escrito, e publicado neste espaço, em 24 de junho de 2012.

 

Que em breve, possa deletá-lo definitivamente…

Não há como negar que os resultados obtidos por nossa equipe ao final do primeiro semestre deste ano foram muito abaixo do esperado.

 

No Paulista fomos inapelavelmente batidos pelo Santos nas semifinais, justamente na mesma fase que caímos para o Coritiba.

 

Infelizmente não poderia se esperar muito mais que isso.

 

Ao que parece o Tricolor está vivendo uma situação similar a que aconteceu ao final da década de 1990 quando fazíamos boas campanhas, mas que não resultavam em títulos justamente por falhas na hora de decidir.

 

Assim como naqueles anos, independentemente da grande quantidade de técnicos que passaram no Morumbi, sempre faltava algo, decisivo e que resultava a nossa derrota.

 

No começo da década de 1990, o São Paulo era conhecido por jamais falhar em decisões, e realmente vencemos tudo o que disputamos.

 

Nossa única derrota aconteceu na final da Taça Libertadores de 1994, quando fomos escandalosamente prejudicados por um pênalti claríssimo não marcado.

 

Naqueles anos, o que tínhamos de sobra era a liderança dentro de campo.

 

Raí, Leonardo, Zetti, Ronaldão, Cerezo, Pintado, Dinho e tantos outros nomes importantes, independentemente da qualidade técnica, características de alguns deles, e nem tão presentes em outros.

 

Posteriormente, veio simplesmente, Ele: O Mito.

 

Infelizmente, muito embora tenhamos vivido anos de muitos títulos, não chegamos a produzir

novos líderes.

 

Não é por um acaso que estes últimos anos de glória foram caracterizados por poucos jogadores formados em casa.

 

Talvez esteja faltando isso na formação de nossos atletas.

 

E infelizmente, nossa dependência do Mito ainda persistirá por alguns anos, digo infelizmente, pois, certamente Ceni deverá se aposentar nos próximos anos, e talvez não tenhamos tempo de formar novos líderes a curto ou médio prazo.

 

Posso parecer um pouco desanimado com o futuro de nossa equipe, mas nada é por acaso, o São Paulo terá que atravessar, aliás, “pagar” pelos anos de soberania, período que acabamos não aproveitando para fortalecer, planejar e buscar a perpetuação nesta condição, enfim “deitamos em berço esplêndido”  e teremos que sofrer as consequências disso.

 

Há algo positivo nisso?

 

Sim, manteremos o nosso coração tricolor e a certeza que somos diferenciados, saberemos atravessar por estes momentos, não tão bons, cresceremos e voltaremos a condição que todos os nossos adversários sabem qual é.