Os últimos dias tem sido difíceis para todos são-paulinos.  A grande maioria sabe que sou sempre otimista.

Há alguns meses atrás, a discussão era por nos arriscarmos muito dentro e fora de campo.

Dentro do campo, viamos um time diferente a cada partida.  O time empolgava pela imprevisibilidade, de ver jogadores jogando em posições diferentes e esquema táticos variados.

Fora de campo, apesar do desvio de conduta (que é grave sim e tem que ser punido), arriscamos a fazer tudo diferente.  Trouxemos um técnico estrangeiro, brigamos com rivais para contratar jogadores, e fomos os primeiros a utilizar o material esportivo da Under Armour (que tem sido a camisa mais vendida do Brasil).

As críticas e discussões eram de questionar o que não conhecíamos!

Mas, confesso que não esta fácil manter o otimismo com Doriva como técnico e Leco de Presidente.

Há duas semanas atrás, já dizia como seria o jogo dessa quarta-feira.  O São Paulo no 4-2-3-1, e o Santos no 4-1-4-1, contra-atacando.  E foi o que aconteceu.  Ficamos previsíveis.

Fomos corajosos e arriscamos, quando o jogo estava 3 x 1!  Ou seja, voltamos com Rodrigo Caio de zagueiro, Thiago Mendes de primeiro volante, Ganso de meia, dois jogadores que não marcam tão bem nas pontas, e 2 centroavantes!

Se temos a convicção de que o melhor esquema tático é o 4-2-3-1, com sempre os mesmos 11 jogadores, porque arriscamos uma formação completamente diferente no final da partida?

Será que sabemos que se precisamos marcar gols, não podemos jogar no 4-2-3-1 da forma que jogamos?

Ou é desespero de arriscar sem convicção, rezando para dar certo?

Aliás, é isso que tem acontecido com os mais otimistas dos são-paulinos!  Desespero!

E é assim que vai ser a eleição!  A previsibilidade contra o desespero!  Ou mantemos aquilo que não dá certo há anos, ou arriscamos com alguém completamente desconhecido!  Ou seja, é o presidente 4-2-3-1 contra o presidente 4-1-5!

Ernani Takahashi