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As opiniões deste colunista a respeito da semana que passou.

Morrendo de véspera – A fase é tão negra, que nem quando jogamos bem a vitória aparece. Com exceção dos dez ou quinze primeiros minutos do 2º tempo, o São Paulo foi amplamente superior ao Santos, que ostenta facilmente uma das três melhores equipes do país.

No 1º tempo, apenas uma finalização contra, e o gol de Gabriel. Mais duas chances do time santista do 2º tempo, e de repente o placar já parecia reversível.

Depois de nosso tricampeonato mundial contra o Liverpool, aprendi a nunca mais falar a respeito de ‘placar moral’. Mas é fato que, se Kardec tivesse marcado nas três oportunidades que teve, se Ganso tivesse completado para o gol a chance clara que teve na 1ª etapa, e se alguma das finalizações do Luis Fabiano tivesse entrado, teríamos saído do Morumbi com uma boa vantagem para jogar na Vila Belmiro. Mas o ‘se’ não entra em campo…

A análise sobre o jogo precisa ser mais profunda do que uma verificação no placar.

Com todos os problemas extracampo, desfalques de Breno e Carlinhos, público abaixo do esperado por causa do ingresso caro e com toda a mídia dando a semifinal como favas contadas, conseguimos fazer um jogo no mínimo equilibrado.

No futebol, não existe quem morra de véspera, especialmente se o time dado como vencido for grande como é o São Paulo. Éramos dados como eliminados antes da última rodada de grupos das Libertadores de 2013 e 2015, mas revertemos os pessimismos com vitórias sobre Atlético MG e SCCP, respectivamente.

Não quero dizer que o Santos não era o favorito. Seria favorito com ou sem Doriva, com ou sem Osório, com ou sem Aidar. Tem um time mais encaixado, com os melhores meia e centroavante do país, por exemplo. Mas morrer na véspera, jamais.

Vamos descer até a baixada na semana que vem, com mais nada a perder no campeonato. Que os jogadores honrem a camisa do Tricolor e façam o melhor por nós.

G5 – Caso a eliminação venha mesmo na semana que vem, vejo o Santos como o mais forte candidato ao título da Copa do Brasil. Com isso, abre-se a 5ª vaga na Libertadores via Brasileirão. Na minha opinião, a nossa briga é com SEP e Inter, já que não vejo forças suficientes para Flamengo, Ponte Preta e Sport. Vamos acreditar, que dá!

Rodrigo Caio & Thiago Mendes – Com tantos problemas extracampos tomando conta dos noticiários sobre o São Paulo e com a falta de resultados por parte da equipe, anda realmente mais difícil de se apontar aspectos positivos no Tricolor. Mas uma dupla que ‘estreou’ no último domingo me encheu de esperança para um 2016 vitorioso.

Rodrigo Caio é um ótimo jogador. Atuando de zagueiro ou na cabeça de área, consegue manter uma excelente regularidade. Cria de Cotia, foi alçado ao elenco profissional em 2011 e, atuando muitas vezes improvisado na lateral-direita por Émerson Leão, acabou demorando para se firmar.

Veio a temporada 2013, a mais difícil de nossa história (futebolisticamente falando), e a redenção de Rodrigo Caio. Ao meu ver, ele e Aloisio foram os únicos que se salvaram daquele ano em que chegamos a flertar com o rebaixamento (figurativamente falando, já que time grande não cai).

O zagueiro-volante seguiu em alta em 2014, e quando uma venda para o exterior começava a se desenhar, veio a contusão, que lhe tirou dos campos por 6 meses. Voltou este ano e, mesmo sem lugar cativo no time titular, acabou quase saindo do clube novamente, para jogar na Espanha. A frustração com mais uma chance perdida de ir para a Europa parece ter ficado para trás, e Rodrigo Caio agora volta a jogar em alto nível. Sempre demonstrando sua garra e seu amor pelo São Paulo FC, seu clube de coração. Era alguém que precisava ter mais reconhecimento por parte da torcida. Depois de Rogério Ceni, não tenho a menor dúvida em apontar Rodrigo caio como o jogador mais apto a liderar essa equipe.

Thiago Mendes eu não conhecia até este ano. Sabia apenas que o Tricolor investia em um jogador promissor, que já havia sido uns dos destaques de sua posição no Brasileirão do ano passado, jogando pelo Goiás. PVC apontou o volante como a revelação do campeonato 2014.

No Tricolor, a dupla de volantes titular formada por Denilson e Souza obrigaram Thiago Mendes a esperar. Suas primeiras chances, com Muricy, eram quase sempre na lateral-direita, onde não foi tão bem. Com Milton Cruz, e no inicio da ‘Era’ Osório, atuou muitas vezes na ponta direita, onde jogou ontem Michel Bastos, por exemplo.

Foi só após a venda da dupla titular que Thiago Mendes, enfim, pode ter tempo para mostrar futebol em sua posição de origem. E de lá não saiu mais. Fez excelentes jogos e, na minha opinião, não fica atrás de nenhum volante deste Brasileirão.

No jogo contra o Vasco, comecei a vislumbrar o dueto Rodrigo Caio/Thiago Mendes como a base de um futuro vencedor no São Paulo. Estilo de jogo que se encaixa, com ambos tendo qualidade o suficiente para defender e aparecer eventualmente no ataque, alternadamente, no melhor estilo Josué/Mineiro.

Não vejo nenhuma dupla de volantes melhor no Brasil, nem mesmo os badalados Ralf/Elias e Gabriel/Arouca, por exemplo. Espero que tenham tempo suficiente para deixar sua marca no Morumbi.

Lucão e Luiz Eduardo – Se a dupla de volantes é sinônimo de esperança, a de zaga, sem Breno, chega a causar pânico.

Lucão ainda é jovem, e mantenho a fé de que alguma hora possa vir a jogar bem com a camisa do Tricolor. Mas é fato que faz um 2015 bem abaixo da crítica e, desde os tempos de Muricy, defendo que o garoto dê uma descansada no banco, para não ser queimado de vez. Se limitando a rebater, quando joga ao lado de Rodrigo Caio, consegue ser razoável. Sem o camisa 3, falha demais.

Já com Luiz Eduardo a história é outra. De fato, não tem sido tão ruim quanto eu pensava. Mas no jogo de ontem, as melhores chances santistas nasceram nas suas costas, inclusive o primeiro gol. E é em partidas grades que se vê quem serve ou não para vestir o manto sagrado. Não pode ficar para 2016.

Base montada – Com um time sustentado em ‘pilares’ como Breno, Rodrigo Caio, Thiago Mendes, Michel Bastos, Ganso e Alan Kardec, e complementado por coadjuvantes como Renan Ribeiro, Bruno e Carlinhos, vejo que o São Paulo vai acabar 2015 com uma boa base para o ano que vem, mesmo com as saídas certas de Rogério Ceni, Pato e Luis Fabiano.

Lembrando que só as saídas destes 3 jogadores representarão uma economia de mais de R$ 1,5 milhão mensais em salários.

Fica faltando um parceiro de zaga mais qualificado para fazer companhia a Breno, e um atacante para atuar na esquerda no lugar do ainda nosso camisa 11. Neste segundo caso, de preferência alguém menos técnico, mas que seja mais veloz e que ajude mais o time na recomposição.

Para a reserva, precisaremos também de mais nomes para fazer companhia a bons valores como Denis, Auro, Lucão, Matheus Reis, Wesley, Hudson, Centurion, Daniel e Rogério. Isso sem contar os jovens de Cotia…

Garotos da base – O São Paulo sub-20 tem muito bons valores e acho que já é hora de testar garotos ‘experientes’ para a categoria, como são Luiz Araújo, Inácio e Joanderson, além do já efetivado João Paulo.

Além destes, é bom ficar de olho também em atletas um pouco mais jovens, mas que parecem ter bastante talento, como os meias Lucas Fernandes e David Neres.

Semana decisiva – Acreditem se quiser, mesmo depois de tudo que já vimos em 2015, os próximos dias é que tendem a ser os mais tensos do ano:

-Dia 26, esperaremos o julgamento do ‘Caso Iago Maidana’

-Dia 27, eleições presidenciais (as favas mais contadas da semana)

-Dia 28, Santos e São Paulo, na Vila Belmiro

Porque não tem sido fácil torcer pro São Paulo…

Sócio-Torcedor – Às 00h01 desta quinta-feira, o São Paulo tinha exatamente 77.824 sócios cadastrados, 9.194 atrás do programa do Grêmio, nosso próximo adversário a ser superado. Acima deles, temos SEP (126.361), SCCP (129.951) e Internacional (146.774).

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Wagner Moribe

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