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Nascido na cidade paulista de Nhandeara, a cerca de 500 km da capital, em 28 junho de 1972, Dorival Guidoni Junior chegou ao São Paulo em 1991, trazido pelo Mestre Telê Santana. Ainda moleque adotou Doriva, nome pelo qual era conhecido pelos amigos. Por orientação de Telê, que contava com dois meio campistas, muito marcadores, no caso, Pintado e Dinho, passou a treinar como volante.

Sem chance na equipe titular, mas com muito potencial, foi emprestado por duas temporadas consecutivas para atuar no futebol goiano, onde defendeu a Anapolina e Goiânia. Após a conquista do bicampeonato da Taça Libertadores em 1993, o titular tricolor, Pintado, foi contratado pela equipe mexicana do Cruz Azul. Por conta disso, Doriva voltou ao São Paulo e passou a frequentar o banco de reservas. Sua estreia aconteceu em 28 de agosto daquele ano, na derrota por 2 a 1, frente ao Palmeiras, em partida disputada na cidade espanhola de Huelva, pelo torneio Ramon de Carranza.

Ainda como opção, Doriva precisou esperar um pouco para assumir a titularidade, afinal os titulares passar a ser Dinho e Toninho Cerezo, e algumas vezes, até mesmo, Luís Carlos Goiano. Telê achava um desperdício manter Cerezo mais “plantado” no meio campo para dar combate, no entanto, os 38 anos de idade era sua principal barreira, por mais que ele mesmo pedisse ao Mestre para que pudesse avançar rumo ao ataque. Quem lembra, sabe muito bem, que uma das maiores caraterísticas do ótimo Telê, era a teimosia. Sendo assim, demorou um pouco até ele resolver que Doriva e Cerezo não disputavam a mesma posição.

Telê resolveu colocar os dois como titulares, em 27 de outubro de 1993, na vitória por 1 a 0 frente o Grêmio, em partida válida pelas quartas de finais da Supercopa. O gol foi justamente de Cerezo. Doriva não saiu mais do time.

Como titular foi campeão da Supercopa da Taça Libertadores, conquistada após duas partidas épicas frente ao Flamengo, na primeira vez que a equipe rubro-negra perdeu uma final de competição oficial fora do Rio de Janeiro, em 24 de novembro, e bicampeão mundial na vitória frente ao Milan, por 3 a 2, em 12 de dezembro.

Doriva passou a ser o homem de confiança do Mestre Telê e foi titular durante todo o ano de 1994, inclusive durante o vice-campeonato da Taça Libertadores, desta vez tendo Axel como companheiro na marcação. Com a campanha irregular de toda a equipe durante o campeonato brasileiro, acabou sendo negociado com o XV de Piracicaba que, assim como o tricolor, era patrocinado pela empresa aérea TAM.

Com a camisa do mais querido, atuou em 88 partidas e marcou 1 gol, na vitória por 5 a 3 frente o Santo André, em 3 de maio de 1994, em jogo válido pelo campeonato paulista.

Por: José Renato Sátiro Santiago