Este Blog bem que tentou. Foi paciente, ouviu, esclareceu, apresentou fatos e versões mas o Maidanagate foi o estopim de uma quebra irreversível e confiança. E parece ser o motivador de tudo que ocorre hoje no clube: um looping sem fim de problemas, crises, problemas, polêmicas, notícias, ilações, acusações e situações incômodas.

A briga entre Ataíde e Aidar que juram não ter havido agressão como muitos cravam, foi sim uma ruptura entre ambos. Por mais que não tenha havido “porradaria”, houve um descasamento e o fim da Era Ataíde Gil Guerreiro. Com ele, todos no futebol estão saindo menos Chimello que viera por Aidar.

Rubens Moreno, diretor de futebol também saiu. Diretores do Social idem. Diretor de Sede, Estádio… Uma rede de VP’s estuda uma saída coletiva. Aidar está sozinho.

Especulações que colocam até mesmo os VP’s mais próximos em cargos novos foram desmentidas. O clube maciçamente pode ficar com quase ninguém. Aidar está só. Isolado numa redoma que se colocou.

Maidanagate como eu falei em minha coluna há 8 dias, tal qual o caso Watergate nos EUA, pode selar o fim do presidente. Não tem explicação para a negociação. Mesmo que os documentos sejam lícitos do ponto de vista da lei não há explicação que seja plausível para definir o que houvera. E este caso não passou batido.

Aidar já tinha se isolado na última semana. Melhorou no final de semana mas novos desenrolares voltaram pois a história não tinha chegado ao fim. Perguntas como o caso Maidana somado a tudo de sempre criou um problema maior que o próprio Aidar e sua força de presidente. Envergonhados, conselheiros da base aliada estão perdidos. A oposição já se alinha para uma proposta de renovação com base em candidato único para unificação do clube.

Mesmo os mais ferrenhos opositores mediante o balançar de Aidar entendem que o ego dele não permitirá que ele renuncie. Só desistirá quando ver o Conselho colocar 180 assinaturas contra ele. De qualquer modo, a pressão é enorme e Aidar está sentindo que não consegue mais. Por mais que tenha tentado hoje pela manhã passar um ar otimista após reunião com o CEO e outros em que anunciaram movimentos novos na gestão, a saída de Ataíde e o movimento geral de debandada foram letais.

Impulsivo e instável, Aidar pode até mesmo renunciar. Se isto acontecer, Leco assume e em 60 dias tem de convocar eleições.

Novas alianças que só se formam apenas em pré eleição começam a caminhar.

Uma nova direção pode ser tentada mas o clima é de TOTAL INSTABILIDADE e INGOVERNABILIDADE.

Aidar emitiu nota oficial para acalmar:

“Informo que, no dia de hoje, solicitei a todos os diretores que apresentassem um pedido coletivo de demissão. Essa atitude permitirá uma recomposição da Diretoria, baseada em conversas com todos os grupos políticos do SPFC e com o objetivo maior de PACIFICAÇÃO. Chega de disputas políticas internas que nada acrescentam na vida do nosso clube. É hora de todos nós, são-paulinos, nos unirmos para o bem da instituição São Paulo F. C.

Nesta data, recebi também, aqui em minha sala, a visita do Sr. Juan Carlos Osório, que confirmou estar deixando a direção técnica do nosso time para dirigir a Seleção do México durante as eliminatórias para a próxima Copa do Mundo, um desejo que ele alimentava há muito tempo. Lamento profundamente essa decisão de Osório, já que vinha desenvolvendo um bom trabalho. Desejo-lhe boa sorte.

Nos próximos dias anunciarei os nomes dos novos diretores, bem como do novo técnico. Até lá, não voltarei a me pronunciar publicamente sobre os assuntos aqui tratados.

Carlos Miguel C. Aidar”

Enquanto isto, Aidar tenta salvar o futebol no suspiro do ano com a partida de Osorio e tenta Aguirre. Se não fechar com ele, Doriva é a alternativa. Um diretor de futebol com renome poderia ser contratado.

O São Paulo entrou em colapso e respira por aparelhos…

Deus ajude o São Paulo.

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