banner_sou_tricolor_2Fatos da semana – 25/09 a 01/10

As opiniões deste colunista a respeito da semana que passou.

Clássicos à vista – Passado o Vasco, hora de pensar na sequência da Copa do Brasil. Fatalmente, teremos pela frente o Santos, que na minha opinião tem o melhor time do país. Caso nos classifiquemos à final, há grandes chances de enfrentarmos a SEP.

Contando o jogo do último domingo, o São Paulo fez até o momento, 11 clássicos estaduais em 2015.

Contra o SCCP, tomamos um baile em Itaquera, pela estreia da Libertadores; dominamos (mas perdemos) o jogo no Morumbi, válido pela 1ª fase do Paulistinha; demos show no Morumbi, no complemento da 1ª fase da Libertadores; e sufocamos (mas empatamos) no Morumbi, no 1º turno do Brasileirão.

Contra o Santos, seguramos um 0 a 0 (graças a Rogério Ceni) na Vila Belmiro, válido pela 1ª fase do Paulistinha; fomos eliminados na semifinal do mesmo torneio, em partida realizada também na Baixada; vencemos no Morumbi, no 1º turno do Brasileirão; e tomamos uma surra no returno, jogando novamente na Vila.

E finalmente, contra a SEP, dois bailes na Allianz Arena, um pelo Paulista e outro pelo Brasileirão; e uma partida muito boa no Morumbi, em só que empatamos por causa de uma falha de Rogério no último minuto de jogo.

O São Paulo nos clássicos de 2015 não teve meio termo: ou dominou a partida ou tomou um vareio de bola. A ‘coincidência’ fica mais espantosa se percebermos que os jogos em que fomos bem foram exatamente os 5 que fizemos em casa. Em contrapartida, nos 6 clássicos fora do Morumbi, não fizemos cócegas nos adversários.

Se o São Paulo almeja brigar pelo título da Copa do Brasil e se manter na luta pelo G4 do Brasileirão, será preciso melhorar o desempenho nos clássicos fora de casa. Mais do que isso, é muito possível que tenhamos nossos rivais estaduais na Libertadores do ano que vem e, com o retorno do futebol paulista ao comando dos grandes campeonatos nacionais, o Tricolor precisa voltar a ser grandioso nos confrontos caseiros. Fica a dica…

Futebol paulista – Depois de dois anos sem ter muito o que comemorar, o futebol paulista, mesmo aos trancos e barrancos, parece enfim voltar a dominar o esporte no país.

Dos seis primeiros colocados do Brasileirão, quatro são paulistas. Além disso, a Ponte Preta, quinta representante do estado, aparece na nona colocação.

Na Copa do Brasil o retorno do domínio paulista se confirma com três representantes entre os quatro semifinalistas.

Se tá ruim aqui, imagina nos demais estados.

Juan Carlos Osório – Juan Carlos Osório tem o direito de procurar outro lugar para trabalhar?? SIM. Primeiramente porque mercado é mercado, e porque existem contratos assinados, com multas previstas ou não, que permitem a ambas as partes buscar os rumos que mais lhe forem  convenientes. Segundo porque o São Paulo infelizmente se tornou um lugar muito difícil de se trabalhar nos últimos anos, por conta da imensidão de problemas políticos e financeiros que assolam o clube, outrora tido como vanguardista. Eu mesmo, se não fosse são-paulino de coração, não pensaria duas vezes em trocar um time turbulento por uma seleção que certamente estará na próxima Copa do Mundo.

Osório tem direito de reclamar publicamente da diretoria? Obviamente que sim. Estamos em um país livre, pelo menos por enquanto, onde são reservados os direitos de se expressar, contra quem quer que seja, e desde que não haja calúnia ou difamação.

Osório foi inteligente ao criticar publicamente a diretoria? Não. Verdadeiras ou não, as criticas feitas pelo nosso técnico em nada lhe trará de retorno positivo. Se ele pretende mesmo permanecer no Tricolor, suas reclamações na imprensa só vem para conturbar ainda mais o seu ambiente de trabalho. Se está de saída, ‘fecha’ uma porta que certamente estaria aberta para ele, para um retorno em algum futuro, próximo ou não.

Osório está certo em reclamar da falta de estabilidade no emprego? Em partes. O colombiano está certo em dizer que não há estabilidade profissional para técnicos no Brasil, mas não pode se queixar de falta de apoio da diretoria, que esteve ao seu lado mesmo nos momentos de resultados negativos em sequencia. Ele pode reclamar de guerra política, de ingerência, de mimimi de jogador, mas não da falta de apoio.

Osório está certo em reclamar de ‘desmanche’? Em partes. Já escrevi sobre isso há algumas semanas. Perdemos 3 titulares, Souza, Denilson e Tolói, sendo que o primeiro não repetia o bom desempenho de 2014, e os dois últimos eram muito questionados pela torcida. De resto, perdemos Boschilia (que somava 145 minutos jogados nas 5 partidas em que esteve a disposição de Osório), Jonathan Cafú (63 minutos em 8 jogos relacionados por Osório), Ewandro (0 minutos, e liberado pelo próprio Osório) e Paulo Miranda, que para alegria de todos, foi eleito pelo técnico como a nossa maior perda na janela.

A comparação pode parecer simplista, mas as perdas recentes do SCCP (Guerrero, Sheik, Fábio Santos, Luciano e Petros) são muito mais conflitáveis.

Para falar a verdade, o assunto ‘debandada’ é um que me causou muita estranheza. Na primeira vez em que foi perguntado, meses atrás, sobre a venda inesperada de jogadores, Osório disse que “não me enganaram, mas também não fui avisado”, ou qualquer coisa do gênero. Estranhei a mudança de postura do técnico, que na última semana disse que não confiava nos dirigentes por conta do tal desmanche.

Quem trabalha em qualquer cargo sabe que está sujeito a todos os tipos de intempéries, como por exemplo a saída não prevista de funcionários. Se eu fosse contratado para gerenciar uma empresa, a maior da minha vida até então, jamais abandonaria o barco por conta de saídas imprevistas de gente da minha equipe.

Osório, que tem a minha admiração como pessoa, parece estar procurando um motivo para a saída, quando a maior verdade é que ele é livre para sair a hora que quiser, sem qualquer rancor maior. A preocupação com a ética profissional está fazendo nosso técnico trocar os pés pelas mãos para dizer que ele quer ir embora.

Denis – Segundo reportagem publicada nesta terça-feira pelo Globoesporte.com, o goleiro teria se recusado a viajar para Porto Alegre e se sentar no banco de Renan Ribeiro durante jogo contra o Grêmio. Difícil saber a veracidade do fato, mesmo se tratando de um veículo bem informado como o portal da Globo, mas a se julgar pelo histórico de Denis, é bem crível se imaginar o cenário descrito na matéria.

Nas últimas duas renovações de contrato de Rogério Ceni, houve nariz torcido por parte de Denis (ou de sua esposa), mesmo com todos os elogios que o M1to costuma fazer publicamente ao goleiro vindo da Ponte Preta.

Só essa falta de coleguismo por parte de Denis, para com Rogério e para com Renan, já me seriam suficientes para eu não apostar nele no futuro. Mas tecnicamente, é um goleiro que não me agrada também, fazendo o estilo ‘8 ou 80’, entre milagres e falhas, duas delas que nos renderam por exemplo eliminações na Libertadores 2009 e no Paulista 2012.

Sobre Renan Ribeiro, ainda estou no meu período de análise sobre ele. O que dá para dizer é que, até aqui, o goleiro vindo do Atlético-MG foi muito bem. Animador.

Rodrigo Caio – Depois do período pós-fracasso de negociações com a Europa e de readaptação ao futebol brasileiro, Rodrigo Caio enfim voltou a ser o ótimo zagueiro/volante. Mesmo em jogos em que a equipe foi mal, como no empate contra a Chapecoense por exemplo, o camisa 3 se destacou dos companheiros.

Não deve ficar no Morumbi por muito tempo, mas enquanto está, vamos admirando o futebol do jogador, que corre e sua pelo seu time de coração.

Ganso – Incrível como Ganso, que fez um péssimo primeiro semestre e faz um bom segundo, é fundamental para o São Paulo atualmente. Sem ele, o jogo simplesmente não flui. Fruto da sua qualidade técnica, e também da falta de reposição para o nosso camisa 10…

Lyanco – Foi mal quando escalado de volante e na lateral, e bem quando jogou de zagueiro. Osório precisa parar de improvisar o menino, que já anda ouvindo críticas injustas de torcedores e imprensa.

Pode-se até concordar que Osório preservou os titulares, quando escalou Lyanco na lateral contra o Avaí e ontem, na partida contra o Vasco. Mas a questão é que em ambos os jogos, Auro, um reserva, ficou no banco. Ontem, inclusive, havia também Hudson como opção. Seriam estas piores opções do que Lyanco na lateral?

Daniel – Porque será que Daniel, tal como ocorria com Ewandro e Auro, e tal como ocorre com João Paulo, não tem oportunidades de jogar, nem mesmo quando o time está desfalcado?

Em sua única partida pelo Tricolor até aqui, Daniel entrou razoavelmente bem contra o Joinville. Foram apenas 15 minutos, mas com muita movimentação e quase um gol marcado. Mistério…

Calçada da fama – Segundo coluna publicada pelo Daniel Perrone nesta semana, o diretor de marketing do São Paulo, Vinicius Pinotti, já tem em mãos um projeto para a construção de uma calçada da fama para o Tricolor.

Acho super válida qualquer tentativa de se homenagear os ídolos que ajudaram a construir a história do São Paulo. Melhor ainda se trouxer retorno financeiro, como é o caso de uma calçada da fama.

Seguindo essa linha de pensamento, deixo aqui mais duas sugestões para o Vinicius:

-Um museu de cera, no melhor estilo Madame Tussaud. Existem vários desse tipo espalhados pelo mundo, nenhum deles no Brasil. Que tal um dedicado a atletas da história do São Paulo, acoplado no estádio do Morumbi, inclusive, quem sabe?

-Minicraques. Vira e mexe, vejo alguns clubes brasileiros se arriscando a lançar miniaturas de seus jogadores no mercado. O problema é que o processo de licenciamento/fabricação é longo, e muitas acontece de o produto final ser lançado depois que o atleta já deixou o clube. Acharia válido fabricar miniaturas de Michel Bastos, Ganso e Alexandre Pato, mas eu concentraria os esforços em coleções ‘consagradas’. Adoraria poder colecionar uma ‘Série 92/93’, com réplicas de Zetti, Raí e Cafú; outra ‘Série Menudos’, com bonecos do time de Muller e Careca; ou então comprar mini Luganos, Mineiros e Amorosos, da ‘Série Tricampeonato’. Além de uma suposta maior facilidade de licenciamento, por se tratarem de exs-jogadores, coleções como estas fugiriam do perigo de ver um dos jogadores repeoduzidos fora do Tricolor na data da comercialização. Enfim, apenas uma ideia, que contaria com o consumo deste colunista.

Sócio-Torcedor – Às 00h01 desta quinta-feira, o São Paulo tinha exatamente 76.917 sócios cadastrados, 9.118 atrás do programa do Grêmio, nosso próximo adversário a ser superado. Acima deles, temos SCCP (128.256), SEP (129.493) e Internacional (147.297).

Página do Carlos Miguel Aidar – Curtam, comentem e compartilhem a página do nosso presidente no Facebook:

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Wagner Moribe

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