Quando foi “traído” por Juvenal, segundo as palavras do próprio Leco, ele se sentiu decepcionado. Veja sua declaração logo após o anúncio de Juvenal em 2013 por Carlos Miguel Aidar em detrimento a seu nome:

“Eu pretendia ter a minha indicação feita por ele (Juvenal), mas infelizmente aconteceu dele se inclinar pela indicação do Carlos Miguel Aidar, fato que não escondo que me desagradou”.

“Díficil distinguir entre surpresa e decepção por não ter sido indicado pelo Juvenal, houve os dois sentimentos. Mas não vou abrir mão da minha candidatura porque tenho certeza que tenho uma universalidade de conhecimento sobre o que acontece no clube que me permite imaginar que eu possa ser uma pessoa capaz de dirigi-lo, o que seria uma grande honra”.

Pois bem, após este tempo, Leco obteve a posição de presidente do Conselho para amenizar o racha logo após o anúncio do nome de CM Aidar por Juvenal na imprensa como nome da chapa. Serviu para apaziguar mas o sonho de ser presidente nunca o abandonou e com o apoio de Abílio Diniz que quer implantar um novo plano gestor no clube, Leco aparece como nome que pode viabilizar os planos do empresário.

Leia o que Leco mesmo afirmou sobre seu sonho de ser presidente:

“Isso (escolha de Aidar na época) não teve força para me fazer desistir de alcançar esse sonho, de tentar transformar em realidade aquilo que há muito eu pretendo e para o qual eu venho me preparando. A minha biografia, a minha história no São Paulo me credenciam a isso. Fui diretor de futebol da gestão do saudoso Marcelo Portugual Gouveia por dois anos e vice-presidente de futebol durante cinco anos com o Juvenal Juvêncio. Nos últimos três anos de mandato de Juvenal, fui vice-presidente do clube. Além disso, nos oito anos com o Juvenal, fui diretor de orçamento e controle do clube também. Enfim, eu tenho uma vivência estreita e um relacionamento de lealdade e companheirismo. Isso me dava a ideia de que eu seria indicado pelo Juvenal, mas acabei surpreendido”.

Para quem se surpreende com os fatos atuais, as declarações acima são puramente constatações do que já se sabia há muito tempo. Não à toa, quando noticiada a reunião com o ex CEO em seu escritório e Abílio Diniz incomodaram tanto e foi o estopim da quebra de confiança que motivou a demissão do executivo.

Abílio Diniz que vem sequencialmente elogiando Leco em seu Blog, quando perguntado a respeito, negou em entrevista à Ricardo Perrone do UOL que esteja apoiando Leco que também se manifestou:

“Nem sei o que vai acontecer, então é claro que não existe campanha. Se eu me candidatar, e o Abilio me apoiar ficarei muito honrado, mas hoje não existe nada”.

Diante das declarações de Leco passadas, seu histórico e movimentação atual, dá a entender que teremos um Aidar x Leco em Abril de 2017 nas eleições do São Paulo. Com tanta guerra interna, resta saber como estará o clube até lá….

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