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Ronaldo Rodrigues de Jesus nasceu na cidade de São Paulo em 10 de junho de 1965. Passou a jogar futebol como lateral esquerdo na equipe do Rio Preto.

Em 1985, o tricolor, sob o comando do técnico Cilinho, vivia tempos de “Menudos do Morumbi” e priorizava seus investimentos em jovens talentos. Em vez de dispensar os jogadores mais novos tão logo eles saíssem da condição de juvenis a saída encontrada foi montar uma equipe que jogaria partidas pelo interior do estado, tendo em vista não apenas mantê-los em atividade, bem como fazer com que eles ganhassem experiência. Esta equipe passou a ser chamada de Expressinho, que não tem relação com aquele time que conquistou o titulo as Conmebol em 1994 sob o comando de Muricy Ramalho.

Esta estratégia rendeu ótimos frutos para o São Paulo, uma vez que vários jogadores se destacaram, enquanto outros eram descobertos nas diversas equipes do interior. Ronaldo foi um deles. Atuando pelo Rio Preto, chamou a atenção da comissão técnica tricolor e logo foi contratado. Sua estreia no tricolor aconteceu em 19 de fevereiro de 1986, atuando na lateral esquerda em um amistoso frente o Mauaense, que acabou 1 a 1.

Por conta do goleiro tricolor reserva também se chamar Ronaldo, o lateral, que tinha um porte físico avantajado, acabou precisando colocar o seu nome no aumentativo, senso assim virou Ronaldão. Engana-se, no entanto, quem pensa que ele teve vida fácil no tricolor. Ficou durante muito tempo como reserva de Nelsinho, que vivia uma grande fase. Acabou sendo deslocado para a zaga, mas logo voltou para o banco, uma vez que o titular era ninguém menos que Dario Pereyra.

Posteriormente, passou a disputar vaga com Adilson e Ivan, mas com a chegada de Ricardo Rocha em 1989, voltou ao banco de reservas. Apenas com a saída de Ricardo para o Real Madrid, Ronaldão passou ter chances reais de ganhar uma vaga de titular, o que coincidiu com a chegada do Mestre Telê Santana.

Juntamente com Antonio Carlos, Ronaldão formou uma dupla de zaga eficiente em uma equipe que passou a ganhar tudo a partir de 1991. Embora não tive muita habilidade técnica e fosse meio lento, era um zagueiro seguro, um verdadeiro obstáculo ao adversário, e que jogando simples passou a ser um homem de confiança daquela equipe.

Correu risco de entrar na história do tricolor como vilão. Na final da Taça Libertadores de 1992, frente o Newell´s Old Boys, perdeu a sua cobrança na decisão por pênaltis. Seu erro, no entanto, acabou esquecido por conta da conquista.

É um dos jogadores que conquistou a maior quantidade de títulos na historia do tricolor, 4 Paulistas (1987, 1989, 1991 e 1992), 2 Brasileiros (1986 e 1991), 1 Recopa Sul-Americana (1993), 1 Supercopa da Libertadores (1993), 2 Taça Libertadores (1992 e 1993) e 2 Mundiais (1992 e 1993).

Defendeu a camisa tricolor em 299 oportunidades e marcou 13 gols.

Por: José Renato Satiro Santiago