8 ou 80? O São Paulo de hoje é mais bem mais complexo… Eu, particularmente, acho ridículo que se manifeste uma opinião e já haja quem te rotule como partidário de X ou Y. Por mais acostumado que eu esteja após quase uma década escrevendo sobre o São Paulo, ainda há coisas quem me incomodam, como esta de rotular uma opinião. É como se não se pudesse apenas ter bom senso, não se pudesse opinar por fatos e acontecimentos, e sim por um e outro que represente parte à parte.

Por exemplo: Se critico Aidar, sou partidário de Juvenal. Se elogio, sou chapa branca. Na última reunião da oposição, por exemplo, Juvenal nem se deu ao trabalho de ir na 5a feira na pizzaria Copa. Estiveram os 38 conselheiros de oposição a Aidar e mais uns 40 sócios (que não votam em eleições) e JJ não deu o ar da graça. Cada vez mais ele se afasta e cada vez menos é um líder assim como se achava. Claro que tem eco, que ainda dará muito o que falar mas, a cada dia que passa, ele está mais distante. Digo isto para diminuir a oposição? Não. Pelo contrário, vejo mais coisas construtivas na oposição hoje sem ele, que com Juvenal.

Fica claro que nem falar que se é JJ ou Aidar é possível mais hoje. E, pelos movimentos internos, há a questão da pacificação, que foi inclusive o que motivou a mim mesmo estar mais ouvinte e dar mais tempo, ter mais paciência com relação à atual gestão, dando esse espaço, o tempo e o voto de confiança necessários. E o que vejo até aqui, por mais que resultados não sejam tão claros e efetivos ainda, é sim um enorme esforço e uma melhoria do que tínhamos antes para agora. E por isso, pelo avanço do São Paulo, que pontuamos e explicamos fatos sem apenas ler a manchete e as matérias que pregam o apocalipse no Tricolor.

Ou seja, nem todo mundo que critica é vendido do JJ e nem todo mundo que elogia é fechado com Aidar. Como disse bem o blogonauta Eduardo Cabrini: “Como se não pudesse enxergar pontos positivos e negativos na instituição como um todo, sem levar em conta a situação ou oposição. Em ambos os exemplos sempre teremos coisas ruins e polêmicas, a cada vez mais contando com a forte inclusão digital que já atingiu nosso país junto com a real possibilidade de plantarem notícias escondidos atrás da internet seja de qual tema for. Cabe a nós, pessoas de bom senso, filtrarmos as informações do modo mais coerente possível e não lermos apenas aquilo que nosso ego e opinião tendem a concordar e discordamos de imediato daquilo que não é de nossa opinião momentânea. Temos que ver os dois lados da moeda, e talvez até excluirmos os fanfarrões, como as informações políticas de alguns veículos e as informações esportivas de outras. Cada vez mais teremos que conviver com isso e lutarmos para que nossa inteligência sobressaia. É uma missão difícil, mas assim caminha o novo tempo, que já não é mais tão novo assim…”

Fica a reflexão a cada um e que se use mais o cérebro e menos a reação impulsiva de sangue quente. E quem pensa e ainda assim age de forma rasa, eu só lamento.

O Real São Paulo FC, por Emerson Gonçalves. Bom, procurei Emerson Gonçalves no fim da última semana. Um dos poucos que foi justo, honesto e fez uma avaliação profissional da real situação do São Paulo FC e cujo texto pela isonomia, ganhou representatividade pois pode-se extrair o conteúdo e não interesses à parte.

Emerson Gonçalves tem 60 anos, com 40 anos de experiência em propaganda, marketing e nas mais diferentes áreas. É colunista do Globo Esporte.com, tem enorme respeitabilidade no meio por fazer precisas e importantes análises econômico-financeiras dos clubes e o panorama do futebol brasileiro. Além de ser são-paulino, é isento, crítico e não está nem um pouco feliz com tudo que vem ocorrendo no São Paulo FC desde 2009. Desde esta época que ele alerta sobre os riscos de uma gestão ruim, irresponsável de Juvenal e quais consequências teríamos e hoje vemos que era a mais pura realidade. Em meio a tantas notícias caóticas e manchetes apocalípticas que vemos na mídia, ele fez na última semana um texto isento falando sobre transparência e sobre a dívida do São Paulo FC. Foi como ver um oásis no deserto de ataques e tendências orquestradas pela imprensa que cobre o São Paulo FC. Decidi procura-lo pelos motivos acima e por saber que como profissional, tem direito à sua opinião e sua visão não é de um torcedor ou de player interesseiro no mercado que aparece para diminuir ou gerar caos em nosso clube e sim de alguém que entende, conhece e é reconhecido no assunto. Aproveitem!

Sobre o São Paulo

1)      Em sua opinião, quando o São Paulo deixou de ser o vanguardista que era para chegar até este ponto?

O São Paulo foi vanguardista e ousado em 1942 ao contratar Leônidas. Foi com ele que nos tornamos de fato grande, muito grande. Foi vanguardista ao se meter a construir um gigantesco estádio lá no fim do mundo do Morumbi, em 1952, dois anos antes de eu nascer (faz tempo, hein!). Todo são-paulino, todo, sem exceção, precisa olhar umas fotos bairro e do Estádio Cícero Pompeu de Toledo em construção. Em 1960 o Morumbi era um deserto, mas o Estádio já estava lá. Foi vanguardista ao investir para formar um time campeão – o de 1970. O primeiro de muitos que se seguiram. Depois, vejam só, aquele clube vetusto, de senhores, de “cardeais”, elegeu um moleque como presidente.  Era Carlos Miguel Aidar. Não posso jurar, mas ele foi, deve ter sido, o mais jovem presidente de qualquer um dos grandes clubes brasileiros. E ele fez história: afrontou a CBF e, com outros clubes, criou a Copa União e o Clube dos 13. Voltamos a ser vanguardistas com Pimenta. E prosseguimos com Marcelo Portugal Gouvêa, que fez das tripas coração para repor o São Paulo numa boa situação econômico-financeira e, também, esportiva. Os três títulos mundiais não são coincidência. Barra Funda e Cotia, com a comissão técnica fixa e ampliada, também são parte e sinais desse vanguardismo. Fim. Porque, penso eu, um dos fatores fundamentais para o São Paulo perder aquela aura de modernidade, vanguardismo, inovação ao lado da seriedade, foi o fim da renovação na direção. A terceira eleição de Juvêncio, em clara afronta ao Estatuto, foi um golpe muito duro em nossa seriedade. Outro, muito simbólico, foi não ter a grandeza e a humildade de entregar a Taça das tais bolinhas para o Flamengo. Essas ações e outras mais igualaram o São Paulo à média dos grandes clubes brasileiros. Todo organismo precisa de renovação. Todo. Organismos que não se renovam, não mudam, não se adaptam a novas situações, estão fadados à extinção. Não, calma, não estou dizendo que o São Paulo será extinto, longe disso, mas sem renovação não se destacará, não crescerá, não se fortalecerá. E, por renovação, refiro-me a pessoas, ideias e práticas.

2)      De Juvenal para Aidar, quais mudanças notou na gestão?

Há alguns meses, um amigo da área jornalística contou-me que tão logo Aidar foi anunciado como o sucessor de Juvêncio houve até euforia entre alguns dirigentes de grandes clubes. Eles esperavam o Aidar da Copa União. Esse Aidar ainda não veio, mas parece que poderá vir. Então, inicialmente quase não se viu mudanças na direção e nos procedimentos. Lentamente, porém, começaram a aparecer diferenças, em meio a muitas dificuldades, mas, não há como escapar à verdade, o presidente Aidar andou metendo os pés pelas mãos. Poderia ter sido mais político em relação aos outros clubes, mais comedido em relação às despesas e investimentos e ter nomeado melhores diretores em diversas áreas. Sua gestão tem um problema extremamente sério, enorme, que precisa ser superado dia sim, outro também: a enorme influência de Juvenal Juvêncio no clube. É difícil trabalhar com propostas de mudanças num clube como o São Paulo, com a estrutura politica e diretiva que ele tem, ainda mais tendo uma oposição rancorosa a ser vencida. Todo dia, toda reunião.

3)      Você escreveu um texto explanando esta semana que passou sobre a polêmica da dívida. Pode recapitular a respeito para o torcedor que tem um pouco de dificuldade em entender pela diversidade de opiniões e matérias publicadas?

Primeiro: o São Paulo sempre foi ético e honesto em relação aos impostos. Tanto é verdade que é o grande clube com a menor dívida nessa área (data base de 31 de dezembro de 2014). O clube não fez caixa com dinheiro de impostos, até o tenebroso 2014 e o não menos tenebroso 2015.  Mas pagou, como informou o vice da área, todos os tributos e impostos “mais sérios”, digamos, principalmente aqueles ligados à área trabalhista (INSS, FGTS) e aqueles que têm retenção nos salários (IR, INSS).  O grosso da dívida fiscal do clube, negociada via Timemania, refere-se a litígios: o clube não pagou certos impostos por julgar que não deveria, não era o caso. Foi para a justiça lutar por seus direitos, mas a direção concluiu, acertadamente, que era melhor acabar com aquelas pendências, reconhecer as dívidas e entrar na Timemania. Essa dívida segue sendo não problemática.

Segundo: o São Paulo tem incorporada a prática de pagar impostos e tributos. Acredito que deve ter voltado a fazer isso agora com todos os impostos, pois sem esses pagamentos… Rebaixamento. Pagar os tributos correntes, que vencem todo mês, todo ano, é mais difícil e é o maior problema que muitos clubes enfrentam agora, com a vigência da Lei de Responsabilidade Fiscal. Até pela falta do hábito. Como disse, não é o caso do São Paulo.

Terceiro: o grande abacaxi das contas foi e é a dívida com instituições financeiras. Com bancos. São os juros brutais. Venho batendo nessa tecla há alguns anos já.  Por que o grande abacaxi? Porque os juros são brutais (em 2012 o clube pagou 1 “Ganso” em juros), porque não tem renegociação boazinha, de mãe para filho, como no caso dos impostos. Porque se não pagar tem execução. Porque corrói as finanças de qualquer clube.

Essa dívida cresceu absurdamente porque o clube gastou absurdamente em contratações. Coisa de louco, como diria meu pai, que me ensinou a ser são-paulino. E, vamos e venhamos, porque o marketing falhou miseravelmente em negociar patrocínios, em criar fontes de receitas. Mas, marketing à parte, foi o futebol o responsável pelos números que até hoje penalizam o clube com muita força. Foram feitas verdadeiras loucuras, como, por exemplo, a vinda de Lucio (já falei e escrevi muito a esse respeito, ficou até chato).

Essa dívida cresceu, também, porque o São Paulo passou a acreditar que sempre venderia direitos e encheria os cofres. Vã ilusão. O mercado mudou e o Brasil já não produz jogadores como produzia até há alguns anos.

Hoje, pelas minhas contas, o clube deve 275,5 milhões. Pelas do Itaú BBA, 272 milhões. Esse número é o mais correto e “economizamos” 3,5 milhões. :o) Esse valor inclui os tributos e impostos, que já estão negociados (Timemania) e os que não foram recolhidos em 14 e 15, e serão incorporados na adesão do clube ao ProFut, o novo programa criado com a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal. Inclui, também, 41 milhões em direitos de imagem atrasados que, pelo que sabemos, foram pagos. Sobram, então, 150,5 milhões de dívidas com bancos. Ao falar a respeito o presidente Aidar usou o valor de 137 milhões para minimizar a situação e ser curto na declaração. Poderia e deveria ter sido mais claro. Esse valor é o total da dívida bancária, tirando 13 milhões de provisionamento para contingências. Ele não mentiu, mas deveria ter exposto a situação com mais detalhes.

É bom frisar que Aidar pouco acrescentou a essa dívida, que, em sua maior parte, é herança de seu antecessor. A famosa “herança maldita”.

Mais: na vida normal, entendemos como dívidas os pagamentos que deveriam ter sido feitos e não foram. E também os valores de coisas que ficaram atrasadas, coisas que não foram pagas, e que agora pagamos. Contabilmente, o conceito de dívida é mais amplo, mas para o dia a dia vale isso e vale, também, o que disse o presidente, apesar do valor diminuído em 13 milhões (com justificativa técnica, mas quem se importa com isso?).

4)      Em quesito de transparência, como hoje é o São Paulo FC e em que posição fica em relação aos demais no país?

Durante anos e anos o São Paulo foi o clube mais transparente. Não tenho uma pesquisa a respeito, mas pelo que sei era o único ou um de meia dúzia, se tanto, que apresentava balanço todo ano, religiosamente. Financeiramente, sempre foi transparente, mas uma vez por ano, em seu balanço. Que é, por sinal, o mais completo, mais detalhado, mais didático, até. Uma beleza para a gente ver e entender. E ano a ano esse balanço fica melhor, mais claro e informativo. Pena que os números… :o)  O grande pecado nessa área é o clube não publicar os balancetes trimestrais. Um pecadilho bobo, uma falha, uma postura desnecessária. Vários outros clubes hoje apresentam seus balancetes. Entre os grandes, essa prática começou, salvo engano, com o Corinthians no primeiro ano de Sanches, com o Raul Correa da Silva na gestão financeira, em 2008, com os números de 2008. Ainda é cedo e o ano é turbulento, mas a direção do São Paulo está se comportando com maior transparência, está mais aberta, mesmo que isso ocorra por conta de pressões externas. Como diria o filósofo, faz parte.

5)      Como enxerga o Marketing do São Paulo FC?

Muito mal e há muito tempo. O clube tinha o melhor patrocínio do Brasil (não o maior, mas o melhor), o da LG, e parece ter feito questão de perdê-lo. Desde então, é um deserto. E melhor teria sido permanecer deserto a ter um patrocínio como o do BMG. O da Semp foi legal, mas foi uma clara regressão em relação à LG. Ainda não estou convencido que essa área esteja produzindo resultados. Sim, sou um pouco chato a esse respeito, mas é o que eu penso. Uma ressalva: o futebol, e também o clube, não tem ajudado o marketing nos últimos anos. O mesmo ocorre com o mercado, infelizmente, nesse período mais recente. Entendo que o São Paulo tem uma marca muito forte, uma presença nacional muito grande (tenho a impressão que perde apenas para o Flamengo em dispersão geográfica) e tinha, até três ou quatro anos, uma imagem muito boa, sem ressalvas, sem rancores. Creio que a gestão e o palavrório do ex-presidente Juvêncio, associados a essa coisa de “soberano”, ajudaram a deteriorar em algum grau a excelente imagem do clube. O marketing jamais poderia ter se calado diante de várias coisas e jamais poderia ter encampado a “soberania”.

A partir do momento que o time passar a jogar de forma mais melhor e mais consistente, acredito que o ganho de imagem do São Paulo será muito grande. Será, igualmente, o grande momento para o marketing ir ao mercado com mais força e melhor posicionado.

6)      Para você, a separação do social do futebol é o primeiro passo?

Um sonho! Se acontecer será fantástico! Voltaremos a ser o que sempre fomos: um clube moderno e vanguardista, voltando à primeira questão.  Poderemos, com calma, sem atropelos, voltar ao topo do futebol brasileiro e não pelos gastos com o futebol, mas pela gestão e pelos resultados. Conseguindo isso, Aidar fará História e não só no São Paulo.

7)      Como enxerga essa situação atual do São Paulo FC como um todo?

Complicada, claro, mas longe de ser mortal ou paralisante. A exemplo do Brasil, é bom que se diga. É necessário cortar despesas, isso é fundamental. E contratar jogadores dentro de uma nova realidade econômico-financeira.

8)      O que você sugeriria à Aidar se fosse contratado por ele para uma consultoria?

Não seria contratado.  :o)  Tá cheio de gente ótima nos mercados. De fora, diria o que digo: administrar com seriedade, investir pouco, dentro do possível, reduzir despesas, trazer o clube para uma realidade mais dura, mas provisória. Com bom trabalho, em 3 ou 4 ou 5 anos voltamos a uma posição de extremo conforto.

9)      Há como sair da situação atual?

Tranquilo. O São Paulo é futebol. Nasceu do e para o futebol. Cresceu com o futebol. Agigantou-se com o futebol.  Então, como diria meu ídolo Muricy (não o quero mais como treinador, mas é e sempre foi meu ídolo, desde que jogava no dente-de-leite):

“Aqui é futebol, meu filho, e aqui tem que trabalhar. Aqui é trabalho.”

Não tem mistério, tem que ter futebol e tem que ter trabalho.

É o que faz Osorio.

10)   Como torcedor, o que você pode falar de diferente do profissional? 

Nada. Esse sou eu. Como torcedor eu trocaria São Paulo por nós em vários pontos. Ou por nosso clube. Tirando isso, é isso aí. :o)

Não me foi perguntado…

Mas vou falar.

Penso que o São Paulo precisa democratizar-se.

Acredito com toda a força que tanto o sócio como o sócio-torcedor têm o sagrado direito de votar. E de serem votados.
(Claro, com normas, regras, etc, etc, etc.)

Democracia traz renovação de pessoas e ideias. Mantém o organismo mais vivo, mais forte, mais vibrante. Aproxima a todos e isso é muito positivo. E mais: democracia é uma necessidade que se coloca à medida que uma sociedade evolui.

Mais uma coisa: Osorio é a melhor contratação do clube em muitos anos. O trabalho desse cara é muito bom e trará enormes benefícios para o São Paulo. Deixem-no trabalhar! Vamos ganhar, vamos perder, mas estamos em evolução e num sentido muito bom.

Como são-paulino sinto um prazer enorme vendo o São Paulo impor seu jogo, cercar o adversário em seu próprio campo. Vibrei imensamente no jogo contra o Corinthians! Faltou pouco para vencermos. Malditas traves!

Aquele é o meu time dos sonhos, não na formação, mas na postura em campo.

O São Paulo nasceu para liderar, sim, mas nasceu para atacar, para encurralar o time adversário e impor o seu jogo.

Sem querer ser bairrista, mas a gente acaba sendo um pouco, o time, o estilo, o futebol que Osorio quer e tenta implantar, lembra-me uma frase:

Non ducor, duco.

O Blog do São Paulo dará um doce para quem souber a tradição e também onde se encontra essa frase.

PS: Quem acertar, me avise que vou mandar a conta ao Emerson…rs

CEO. Após a demissão de Alexandre Bourgeois, eu falei com ele e exporei a entrevista aqui no Blog. Muitas coisas me fizeram pensar e entender que o caminho é muito longo mas estamos dando passos importantes que parecem ser morosos demais porém simbolizam mudanças extremas. Paulo Ricardo já foi contratado para seu lugar e mostra que o plano segue, só se mudou o nome mas o cargo e os objetivos persistem. Muita discussão surgiu e em cima da troca e como ficaria a continuidade do trabalho e da gestão. A verdade é uma só: o São Paulo FC vai avançar, ele vai seguir em frente e está seguindo quer queiram ou não e contra tudo e contra todos! E o grande primeiro paradigma quebrado é…

Separação do Social do Futebol Social no São Paulo. Desde dois meses antes da eleição de Aidar, uma das coisas que perguntamos a ele em uma entrevista foi sobre a separação do social do futebol. O cobramos durante muito tempo e agora a coisa andou. Este, de todos os atos que se falam, é o mais importante que se poderá perceber. Deixando discussões de churrasqueira, garagem, salão de festas e outras banalidades de um mero clube com relação ao maior clube de futebol do Brasil, já se dará um passo enorme pelo bem do clube. Quem ainda tem dúvidas, veja o que o Diretor Adjunto do Social do São Paulo FC falou de nós são paulinos, já que ali nem só de são paulinos é composto:

Alguém ainda tem alguma dúvida?

Yago Pikachu. O empréstimo de Roni ao Paysandu não foi um acaso. O jogador que é sãopaulino foi sondado e tem interesse de se transferir. O Papão acenou positivamente com uma negociação e o São Paulo já antecipou o empréstimo de seu jovem meia como cartão de entrada. Não há nada fechado mas vale ficar atento.

Outros nomes para 2016. Como dissemos semana passada, Benítez, Cardona e Mejía já conversaram e fazem parte do planejamento.

Osorio. Muita gente tenta denegrir, diminuir, contestar mas é cada vez mais evidente o excelente trabalho feito por Juan Carlos Osorio. Com um time infinitamente inferior ao que tinha Muricy, dá padrão, domina seus rivais e joga tomando conta e não torcendo por lampejos e jogadas individuais. Ainda bem que para nós tricolores, ele avisou os dirigentes que isso de México é passado mesmo com a boataria. Resta-nos torcer pois o Osorio de hoje está mais cascudo, ciente do que é o Brasil, a imprensa e o futebol daqui com a insolência, falta de profissionalismo e má vontade geral além é claro da ajuda que times recebem de federações e arbitragens. Num Brasileiro manchado e num ano cheio de problemas do São Paulo, o que de melhor nos aconteceu é Osorio. Vida longa ao Lorde.

Alexandre Zanquetta

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