banner_sou_tricolor_2Fatos da semana – 04/09 a 10/09

As opiniões deste colunista a respeito da semana que passou.

Dudu x Luis Fabiano – Este tópico da coluna estava escrito desde a segunda-feira, mas teve que ser alterado depois da brilhante decisão anunciada pelo STJD na noite da última terça.

Dudu agrediu o árbitro Guilherme Ceretta de Lima na final do Campeonato Paulista. A partida entre SEP e Santos ocorreu em 3 de maio deste ano. O meia-atacante foi julgado em 20 de julho (78 dias depois), e condenado à uma pena de 6 meses longe dos gramados,. TERIA seu recurso avaliado nesta quinta-feira, exatos 130 dias depois do lance que ESTAVA sob análise.

Luis Fabiano se estapeou com o ex-colega de Porto, Carlos Alberto, durante um São Paulo e Figueirense realizado em 12 de agosto deste ano. Dezesseis dias depois, ambos eram julgados (e obviamente absolvidos) por conduta antidesportiva.

Dois lances, dois prazos, dois pesos, duas medidas.

Que o STJD adora toda a publicidade conquistada nas últimas décadas com julgamentos esdrúxulos, ninguém tem dúvidas. Há uma infinita lista de obscenidades cometidas por este projeto de tribunal, como por exemplo o ‘Caso Sandro Hiroshi’, que salvou o Botafogo de seu primeiro rebaixamento em 1999; e um outro, pouco lembrado por imprensa e torcida, que nos tirou das mãos o tetra-hepta. Neste segundo caso, o absurdo ficou por conta da suspensão de 3 jogos para Jean, Borges e Dagoberto determinada pelo STJD, em função de expulsões no jogo São Paulo x Grêmio, válido pela 35ª rodada do Brasileirão 2009. Até antes do julgamento, o Tricolor era líder do campeonato, 6 pontos a frente do Inter e 2 a frente do Flamengo. Terminamos o torneio em 3º, com a mesma pontuação do vice-campeão Internacional e a 2 do campeão Flamengo. Pura coincidência.

O ‘acordo’ feito entre a diretoria palmeirense e o STJD nesta terça-feira entra para o rol das maiores pataquadas da história do futebol brasileiro.

Estão utilizando o poder jurídico para fazer politicagem, e trocar benefícios com clubes e dirigentes. Assim foi nos casos acima citados em prol dos times cariocas, assim foi no julgamento de Petros em 2014, assim foi na redução da pena pela morte do garoto boliviano Kevin Spada.

Nesse jogo de interesses, quem não se junta aos podres vê seu centroavante pegando gancho a cada cartão vermelho.

Nem Dudu, nem Carlos Alberto, e nem Luis Fabiano são santos. Todos podem e devem ser julgados, caso deem motivos, levando-se em conta inclusive a antecedência. O que não pode é o futebol brasileiro ficar a mercê da vontade de algo tão alheio a parte esportiva em si, como um tribunal. Não bastassem os mandos e desmandos a que os clubes são obrigados a conviver por causa da politicagem envolta em entidades podres como FPF, CBF, Conmebol e Fifa, o torcedor precisa ainda se preocupar com os julgamentos? Me assusta a passividade com que os dirigentes assistem a esse circo armado na legislação desportiva, que tanto envergonha o futebol nacional…

Alexandre Pato – “Juntos somos mais fortes”, postou Alexandre Pato em sua rede social no dia 31 de agosto, o último da janela de transferências europeia. Incrível essa vontade do atacante em permanecer no Morumbi. Vontade essa que ele só descobriu depois que todas as tentativas de se transferir para fora deram errado.

Menos, Pato. Menos.

Não me entendam mal. Acho justo que qualquer atleta deseje jogar fora do país, ainda mais com essa falta de organização do futebol brasileiro. Também reconheço o bom desempenho de Pato, não apenas neste ano, mas desde que chegou ao Morumbi. Um ótimo negócio para nós, ainda mais se lembrado que o SCCP paga metade de seus vencimentos.

Só peço para nosso atacante que não subestime a inteligência do torcedor tricolor. O mesmo torcedor que certa vez ele mandou calar a boca, quando ainda jogava em Itaquera.

Pato é peça importante para o São Paulo atual. Mas não mais do que o Tricolor foi para a carreira do atacante. Desembarcou por aqui após meses sendo xingado em seu antigo clube, e sob os rótulos de ‘descompromissado’ e de ‘promessa que não vingou’. Sairá em janeiro como um dos artilheiros do Brasil na temporada, e com grande potencial para voltar ao mercado europeu e a seleção brasileira.

Sairá sim. Porque, por mais que Aidar tente e até consiga armar um plano de compra dos direitos de Pato ao final do seu contrato de empréstimo, gastar tanto dinheiro com um só atleta, em tempos nos quais nem os salários conseguem ser mantidos em dia, seria um verdadeiro absurdo.

No começo do ano gastamos com Souza, Thiago Mendes, Bruno, Carlinhos, Dória, Wesley e Cafú. Em julho, tivemos que vender 8 jogadores para sobreviver. Será que a lição não foi aprendida?

O quase milagre de uma permanência financeiramente viável no Morumbi só seria possível com a boa vontade de Pato. Se ele está mesmo feliz no clube e deseja ‘juntar-se aos mais fortes’, vejamos o quanto estará disposto a reduzir de seus salários a partir de janeiro. Fazer média é fácil…

Fim das improvisações – O momento mais conturbado destes quase 4 meses de Juan Carlos Osório no São Paulo ‘coincidiu’ com o período em que ele mais improvisou na escalação.

Carlinhos se machucou e Michel Bastos voltou a ser um bom meia. Thiago Mendes deixou de ser ponta (como o escalava Muricy/Milton Cruz) e lateral (como o escalava Osório) e passou a tomar conta do meio-campo, jogando de volante. Wilder Guisao, fraco como centroavante, ‘estreou’ no último sábado atuando bem na ponta-direita. Na mesma partida, Lyanco, por necessidade, enfim pode estrear como zagueiro, e foi muito bem.

A única exceção segue sendo Centurion, que há muito tempo não tem a oportunidade de jogar nas pontas, como se consagrou na Argentina. E isso tem lhe queimado junto a torcida.

Os desfalques atrapalham, e muito, mas não tiveram tanto efeito negativo quanto as improvisações. Se elas tivessem sido causadas pela falta de opções, nada sobre isso estaria sendo dito. Mas em todos os casos citados, havia soluções melhores no time, como a utilização de João Paulo ou o deslocamento de Rodrigo Caio para o meio-campo, por exemplo.

Enfim. É tudo que falarei sobre Osório nesta coluna…

Ewandro – Eu estaria mentindo se dissesse que assisti algum jogo recente do Atlético-PR. Mas os comentários, videos e reportagens que tenho visto a respeito do time de Curitiba, apontam que Ewandro aos poucos vem ganhando seu espaço. Mais uma vez: lamentável a falta de oportunidades com que conviveu o garoto, e a facilidade com que foi liberado pela direção tricolor…

Seleção Sub-40 – Fábio (34 anos, Cruzeiro); Ceará (35 anos, Cruzeiro), Leonardo Silva (36 anos, Atlético-MG), Réver (30 anos, Inter) e Zé Roberto (41 anos, SEP); Leandro Donizete (33 anos, Atlético MG), Dátolo (31 anos, Atlético-MG), Diego Souza (30 anos, Sport) e D´Alessandro (34 anos, Inter); Fred (31 anos, Fluminense) e Ricardo Oliveira (35 anos, Santos).

Nenhum Cristiano Ronaldo nesta relação. Mas uma seleção de bons jogadores, uns com mais, outros com menos destaque neste Campeonato Brasileiro. Em comum, a certeza de que ninguém destes seria contratado pelo São Paulo, de acordo com a política de reforços de Ataíde Gil Guerreiro, que exclui jogadores com mais de 30 anos.

Isso tudo sem citar os jogadores que atuam no exterior, e sem lembrar que, no ano passado, dois dos nossos maiores reforços já eram “veteranos”, Michel Bastos e Kaká…

Copa do Brasil – Contrariando aqueles que dizem que pegar time em crise é ruim, porque o adversário ‘joga a vida’ no confronto, acredito que, pela 2ª vez consecutiva, saímos vitoriosos no sorteio das chaves do torneio.

Oxalá tivéssemos sempre Cearás e Vascos pela frente. Na disputa das oitavas, provavelmente teríamos sido castigados com a desclassificação, caso o adversário fosse alguém um pouco mais qualificado do que a equipe nordestina.

A boa sorte e o favoritismo não devem ser confundidos com a soberba e o ‘já ganhou’. Basta lembrar de nossos desempenhos recentes em mata-matas contra Bragantino (Copa do Brasil 2014), Penapolense (Paulista 2014) e Ponte Preta (Sulamericana 2013). O time de Campinas aliás, àquela altura da temporada, também estava virtualmente rebaixada para a Série B do Campeonato Brasileiro, e também era comandada pelo técnico Jorginho. Abre o olho, São Paulo…

Rogério Ceni, 25 anos – Fica aqui uma pequena lembrança a respeito da data que comemoramos na última segunda-feira. Não sei se algum outro atleta no Brasil ou no mundo já completou a façanha de permanecer por 25 temporadas em um mesmo clube. Fato é que nosso goleiro, capitão e multicampeão, Rogério Ceni, o fez.

Uma coluna inteira seria insuficiente para expressar toda a admiração que tenho pelo maior ídolo que o futebol já me deu. Deixo então esta singela mensagem de agradecimento a Rogério, no seu último ano como jogador do São Paulo FC. Obrigado, M1to!

Sócio-Torcedor – Muito legal o vídeo publicitário que o São Paulo FC lançou nesta semana para divulgar o programa de sócios-torcedores do Tricolor. Os ídolos Rogério Ceni, Raí, Ronaldão, Cafu e Zetti participaram da peça, que eu já vi sendo veiculada no canal PFC, além de estar disponível na internet. Para quem ainda não viu, segue o link: https://www.youtube.com/watch?v=Tzk5HsLemUs

Às 00h01 desta quinta-feira, o São Paulo tinha exatamente 75.696 sócios cadastrados, 9.895 atrás do programa do Grêmio, nosso próximo adversário a ser superado. Acima deles, temos SCCP (119.584), SEP (129.493) e Internacional (146.745).

Página do Carlos Miguel Aidar – Curtam, comentem e compartilhem a página do nosso presidente no Facebook:

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Wagner Moribe

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