“Não me comparo com outros treinadores, mas, no mundo do futebol, poucos jogam assim. Os que fazem isso estão sujeitos a perder por três ou quatro gols. O Barcelona tomou quatro (do Athletic Bilbao, pela Supercopa da Espanha) em outro dia. É algo que acontece quando você assume riscos. Eu os assumo”, bradou.

Osorio se aproveitou até das atuais críticas ao estilo de jogo brasileiro, muito mais defensivo do que em outros tempos, para defender o seu ponto de vista. “Todos falam sobre o problema do futebol daqui e não tratam de solucioná-lo. Eu tento solucionar o do São Paulo. Não mudo os meus princípios. Não os negocio com ninguém”, discursou.

Os princípios de Osorio, de fato, são raros. Muito além dos bilhetes que gosta de escrever aos seus jogadores, para orientá-los, o técnico chama a atenção por mudar muito e com frequência a sua equipe titular e o sistema tático adotado. Sejam quais forem os atletas e a distribuição deles em campo, no entanto, a ordem principal é atacar, o que deixa a defesa suscetível a sofrer três gols do Goiás.

“Vamos pensar em como solucionar esse problema. Se mantemos a bola, circulamos e trabalhamos bem, é muito difícil que o rival nos cause problemas. Mas, quando tentamos jogar de primeira e perdemos, ficamos muito vulneráveis. É um problema aparentemente defensivo, mas a sua origem está no ataque. Devemos ter qualidade para sustentar a posse de bola”, analisou.

Caso o São Paulo não alcance essa qualidade, Juan Carlos Osorio assumirá também o risco de acabar desempregado. “Por favor. Não temo isso nunca”, garantiu o colombiano de princípios inegociáveis.

GE