A maneira segura como o São Paulo bateu o Figueirense por 2 a 0 nesta quarta-feira é reflexo de um trabalho consciente e, acima de tudo, contínuo de Juan Carlos Osorio.

Para entender, basta notar os três jogadores acionados pelo colombiano no segundo tempo do empate em 1 a 1 com o Corinthians no último domingo: Wesley, Breno e Auro, todos escolhidos para iniciarem o duelo em Florianópolis.

No Majestoso, Breno experimentou e provou que tinha condições de ser um volante mais agressivo do que as outras opções do elenco. Dessa forma, deu segurança para Osorio abrir mão do esquema de três zagueiros e dar total liberdade para Paulo Henrique Ganso se juntar aos atacantes.

Auro foi outra surpresa do clássico de domingo, como opção ofensiva pelo lado direito. Osorio gostou do que viu, insistiu no trabalho com o garoto nos dois dias de treino antes da viagem para Santa Catarina e saiu satisfeito com a prática.

Talvez a única decepção do treinador são-paulino tenha sido com Wesley. O camisa 19 foi importante para reter a bola no Majestoso e poderia ter desempenhado papel semelhante no Orlando Scarpelli.

Poderia… O volante foi a peça mais apagada da noite ao perder bolas fáceis e destoar do ritmo mais intenso dos companheiros.

Até mesmo Alexandre Pato, irregular apesar do gol marcado, foi mais participativo do que Wesley. Já Luis Fabiano, decisivo no domingo, caiu de rendimento individual, mas novamente foi importantíssimo para atrapalhar a saída de bola rival com apoio de Ganso.

A ressalva, além de Wesley, fica para o zagueiro Luiz Eduardo. O beque alternou momentos de precisão e seriedade para desarmar os atacantes do Figueira com lances de irresponsabilidade, como uma arrancada desenfreada na esquerda e o carrinho que resultou na quarta expulsão do time no BR-15.

Bruno Grossi