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E aí, pessoal, tudo certo?

Essa semana conto com duas colaborações importantes para a coluna.

A primeira da jornalista Syanne Neno, que ganhou o premio de “Melhor jornalista esportivo do futebol paraense de 2014”, na seção “Esse era promessa” da coluna (que mudou de lugar na coluna, devido ao grande sucesso)

A segunda de um aficionado pelo basquete, Fernando Ariede, que colaborou na seção “Opinião”, onde juntos escrevemos e buscamos fazer um comparativo com o futebol, com uma proposta de resgate para debatermos.

Aliás, se for possível, peço que tenhamos um debate sobre esta proposta nos comentários, o que é bom, o que pode acrescentar, o que podemos extrair deste case de sucesso que é o basquetebol americano.

Quem sabe, plantemos uma semente, quem sabe, o debate de ideias chegue lá em cima, quem sabe, nossa voz pode ecoar tão alto que nos escutem e incomodem os acomodados dirigentes do futebol brasileiro, tão decadente, tanto na seleção quanto na dificuldade financeira que passam quase todos os clubes do futebol brasileiro.

ESSE ERA PROMESSA…

Aproveito para convidá-los a conhecer uma importante jornalista do Pará, uma referência no esporte na região norte de nosso imenso Brasil.

Syanne Neno, a premiada jornalista do blog http://www.nenodesaltoalto.com.br/ . Um blog que fala não apenas do futebol da região Norte do país, mas vem também com textos leves, opiniões diferenciadas e espaço para o torcedor em geral tambem falar, como fazemos aqui em nossos megafones, enfim, uma leitura excelente e diferenciada, principalmente para uma grande parte de nós que somos inundados diariamente apenas com notícias do eixo Rio-São Paulo.

Quero destacar aqui a grande ajuda que obtive em contato com a Syanne, que apesar de toda a importância que ela tem, inclusive nacionalmente, onde já participou do Globo Esporte da rede, cobrindo o Paysandu na libertadores, foi de uma gentileza ímpar e de uma simpatia incomum para quem alcança o patamar dela.

E, apesar dela não dizer, senti que o coração dela, além de torcer pelo Papão da Curuzu, também bate soberanamente em três cores como o nosso!

Então, que comecemos a promessa dessa semana, com o agradecimento a Syanne!

kaka no banco

Não, meus amigos, não é do Kaká que iremos falar.

A imagem mostra exatamente do que a promessa de hoje foi rotulado e carregou durante a sua vida toda: “O jogador que colocou Kaká no banco”

O Paraense Harison da Silva Nery fez parte da safra de grandes promessas que o São Paulo teve no ano 2000, quando conquistou a Copa São Paulo de Futebol Juniores junto com Renatinho.

harison

Aliás, já falamos do Renatinho aqui: https://saopaulo.blog/2015/07/10/9011/

Para você entender a história de Harison, precisamos falar de Kaká.

Em 2000, Kaká teve uma fratura no pescoço, e ficou muito tempo sem treinar. Na equipe titular dos juniores, Hugo (aquele mesmo que depois veio do Goiás para o tricolor) entrou em seu lugar no time titular.

Passado um certo tempo, em janeiro de 2001, Kaká tinha se recuperado da lesão, mas ainda sem recuperar a posição de titular na equipe (o técnico dos juniores à época – Edinho – não o colocara novamente na equipe titular, pois não queria desfazer a equipe vencedora).

Foi então que Vadão, técnico dos profissionais à época, pediu para Edinho um meia para complementar o plantel dos profissionais. E aí o destino escreveu uma das mais folclóricas histórias do tricolor, quando Edinho disse a Vadão:

“Meu meia é meu capitão, o Harison, não vou mandar, vou mandar o reserva dele (Cacá na época)”, segundo entrevista de Kaká à TV quando questionado sobre o assunto.

A história é tão folclórica, que Harison tem uma versão completamente diferente desta:

Em entrevista ao globoesporte.com, em 2013, o jogador deu essa explicação da história:

“Não é verdade [que deixou Kaká no banco]. A gente jogava junto, éramos os dois meias do Pitta, nosso grande mentor. Mas o Kaká sofreu um acidente que o limitou, e ele ficou fora da Taça São Paulo de 2000, quando a gente foi campeão. Em 2001, o Kaká ficava no banco, mas era reserva do Hugo [hoje no Goiás]. E, no decorrer do campeonato, o Vadão precisava de meia no time profissional e me puxou para o Rio-São Paulo. Mas teve jogo que não pude ir, e ele levou o reserva da Taça, que era o Kaká. Fomos vice-campeões, e aí, subimos de vez. O Vadão usava o 3-5-2, com um meia só, e aí sim eu era o titular, mas o Kaká entrava sempre.”

Mas não é de Cacá ou Kaká que estamos falando.

Harison era o destaque da equipe campeã da Taça São Paulo de 2000, meia habilidoso, cadenciador, capitão e líder da equipe.

E o que deu errado?

Apesar de ter feito parte da equipe que disputou a Copa Mercosul do ano 2000 (vencida pelo Vasco) e também parte do elenco que disputou a Copa Rio-São Paulo de 2001 (vencida pelo tricolor), fez parte da equipe campeã de 2000 e vice-campeã da Taça São Paulo de Futebol Juniores, em 2001.

Harison tinha contrato longo, e, no decorrer de 2001, no entanto, o tricolor o emprestou para o Santa Cruz para adquirir experiência.

No final do mesmo ano, uma proposta de empréstimo junto ao Urawa Red, com salários maiores do que recebia no tricolor levou o jogador para o Japão, principalmente por poder ajudar financeiramente o tratamento de um problema grave no fígado que acometera seu pai naquela oportunidade.

Harison passou pouco mais de 2 anos no Japão, atuando em 54 partidas, jogando por três equipes diferentes, marcando 6 gols.

Em 2003 voltou ao tricolor para cumprir o fim de seu contrato, mas o técnico Cuca, que tinha acabado de assumir a equipe no lugar de Rojas, por não conhecê-lo, o enviou para a equipe “B” que o São Paulo havia formado naquele ano.

O jogador fez apenas um jogo pela equipe “B”, contra o XV de Piracicaba, em 06/07/2003, não arrancando suspiros da torcida em seu retorno. Talvez a readaptação desses jogadores que vem de centros menores de futebol seja mais demorada e, naquele momento onde Diego Tardelli integrava a equipe B, talvez não houvesse oportunidade para aguardar o tempo de readaptação.

Cilinho, o técnico à época não voltaria a escalá-lo, tampouco Cuca, que “não o conhecia”.

Saindo do tricolor, o jogador atuou por nada mais nada menos que 20 clubes, alguns com grande destaque, como Guarani e Ponte Preta, passando por Portugal, China e Emirados Árabes.

Veja alguns dos melhores momentos da carreira do atleta aqui:

Como está hoje

Atualmente ainda atua pelo Bragantino de Belém do Pará, que disputou a seletiva do Campeonato Paraense no mês de novembro de 2014, não marcando nenhum gol pela equipe e encerrou a participação com 4 jogos e um cartão amarelo por reclamação. A equipe do Bragantino também não se classificou para a disputa do campeonato principal.

Vale lembrar que o Bragantino de Belém do Pará é uma equipe bem pequena e tem como presidente o ex-jogador Hadson, que é irmão de Harison.

Harison ainda não pendurou as chuteiras, mas talvez se o destino iluminasse seus caminhos pelo tricolor, poderia ter feito parte do elenco ao invés de Danilo, já que suas características eram bem semelhantes e atuavam na mesma posição.

Ou talvez, tenha sido apenas uma grande promessa…

SÓCIO TORCEDOR

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E para quem ainda não é ST ou ainda não está encontrando motivação para acumular moedas tricolores, vai um vídeo do Match Day Experience, um tour monitorado pelo estádio:

Eu não sei vocês, mas eu já comprei pelo clube de vantagens e estou esperando os créditos das minhas moedas tricolores caírem na conta do programa (que demoram em média 45 dias), juntamente com as que já acumulei com a mensalidade paga.

Facebook do programa ST: https://www.facebook.com/sociotorcedor

Twitter do programa ST: https://twitter.com/ST_SPFC

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Telefone: 0800-0929305

FUTSAL

Liga Nacional

E para encerrar o primeiro turno da segunda fase, a primeira vitória, contra o São José, fora de casa, por 2×1.

Agora o tricolor entregou a lanterna do grupo para o São José e está há quatro pontos da zona de classificação, faltando seis jogos. É totalmente possível.

Penso eu que, mesmo na adversidade há um visível crescimento ano a ano e me faz ver que são guerreiros vestindo o manto tricolor, que se entregam em quadra e honram as cores do clube.

Mesmo que não tenhamos um time tão badalado como nossos rivais, uma coisa eu garanto, temos um time de que se orgulhar.

E que venha logo o mês de setembro, para que o segundo turno seja melhor que o primeiro e conquistemos essa vaga!

FUTEBOL 7

Campeonato Paulista:

Nessa semana, não tivemos jogos válidos pelo campeonato. No Sábado, dia 15, a equipe jogaria contra o Desportivo Bela Vista, que abandonou o torneio, configurando assim, WO.

Vale lembrar que o tricolor já está classificado e aguarda o início da segunda fase da competição.

Campeonato Paulista Interclubes:

Nesta segunda, dia 17/08, ás 21h30, no Morumbi, o tricolor pega a equipe da Hebraica, em jogo válido pela 7ª rodada do campeonato. Já classificado, o tricolor também aguarda o início da segunda fase do campeonato

Superliga Brasileira de Futebol 7

Infelizmente, a equipe do São Paulo sofreu três derrotas nas três partidas de seu grupo, disputado em turno único. 3×2 para o Napoli, 3×1 para o América do Rio de Janeiro e 3×1 para AABB/Ferpam, de Tocantins.

Com esse resultado, o tricolor foi rebaixado para a série B nacional e tentará obter o acesso à elite em 2016.

FUTEBOL FEMININO

feminino

E se o tricolor foi surpreendido com uma derrota no primeiro jogo das quartas de final, no segundo jogo, sobrou futebol.

As meninas do tricolor fizeram 4×0, com direito a um gol pra lá de polêmico: Cris cobrou a falta, a bola passou por fora do gol, caiu sobre a rede e curiosamente encontrou um buraco na parte de cima da rede, fazendo a bola cair dentro do gol.

Nem o árbitro Davi Alexander Fernandes Costa e nem seus auxiliares viram que a bola veio de fora e validaram o gol.

Para completar a desastrosa arbitragem, o juiz anulou um gol que claramente entrou, no chute de Sole James.

Ficou curioso e quer ver os gols válidos e o anulado para o tricolor? A gente te ajuda:

Agora, o tricolor disputa a semifinal do torneio, com a primeira partida já marcada para este domingo, dia 16/08, às 10h, no CT Rei Pelé, em Santos.

Compareça, apoie e assista a mais um jogo das meninas. Um excelente programa para domingo de manhã, já podendo aproveitar, logo apos o jogo, para curtir o sol da praia e comemorar mais uma vitória tricolor!

VÔLEI MASCULINO

E a equipe detonadora de rivais, segue seu destino e faz mais duas vítimas:

Derrotou a equipe da Climed/Atibaia por 3 sets a zero, com parciais de 25×16, 25×19, 25×17, na sexta feira de 07/08.

Com a classificação para as semifinais, a disputa seria contra a atual campeã da Copa São Paulo de Vôlei Masculino, o temido SESI.

As duas equipes desfalcadas de seus astros, que servem a Seleção Brasileira, o SESI não foi páreo para a equipe do técnico Cezar Douglas, e com esse resultado, mais uma vez, o Funvic/Taubaté/SPFC chega a uma final de campeonato. A segunda em dois campeonatos disputados desde a parceria com o tricolor.

Jogando na quadra do adversário, a equipe tricolor não deu chances e venceu novamente por 3 sets a zero, com parciais de 25×22, 25×18 e 25×17.

Acompanhe a matéria que o site oficial do tricolor fez sobre este jogo:

Agora, o tricolor decide o título neste sábado, contra o Vôlei Brasil Kirin, de Campinas, às 18h30, no Ginásio do Abaeté, em Taubaté.

Você de Taubaté e região, não deixe de comparecer e apoiar ao segundo título que o tricolor pode conquistar no vôlei nesta parceria tão jovem, mas tão vitoriosa, que ganhou tudo o que disputou até aqui.

OPINIÃO

Gostaria de, nas próximas colunas, fazer um comparativo entre o nosso futebol e o basquetebol americano, que há tempos atrás também passou por problemas. Diferentes motivos, diferentes situações, diferentes problemas, mas podemos tentar extrair algumas coisas de aprendizagem, que gostaria de compartilhar com vocês.

Juntamente com um aficionado pelo esporte, o são paulino Fernando Ariede, quero propor que falemos disso nas próximas semanas. O que você acha?

Hoje, passo um panorama rápido de uma liga que em 1984 era relativamente nova, cheia de desconfiança e com lucratividade baixa, a NBA.

A liga “forte” nos EUA era a ABA e houve uma fusão de sucesso com a NBA, mantendo o nome da segunda, transformando um rendimento de US$ 165 milhões para US$ 5,5 bilhões anuais, em menos de 30 anos. Transformaram o que era apenas um esporte para um evento de entretenimento, tornando o esporte familiar, lucrativo, internacional e de sucesso.

Nosso futebol hoje passa por uma crise de identidade, estádios vazios, crianças que torcem para Barcelona, Real Madrid e não sabem quem é o campeão estadual do ano, clubes quebrados, jogadores recebendo salários milionários, contratos de transmissão engessados, injustos e inegociáveis em claro beneficiamento a algumas equipes.

Mas porque falar disso?

Você pode amar ou odiar o basquetebol, mas tem que admitir que é um esporte de sucesso, riquíssimo e com salários astronômicos aos astros, sem ter clubes quebrados. É necessário mais tempo para falar disso. E é o que proponho.

É um esporte tão organizado que, na maioria das partidas, você pode comprar além de seu ingresso pela internet, compra também a vaga de estacionamento. Isso, para a temporada toda, se você quiser.

Para se ter uma ideia, ontem a noite aconteceu mais um USA Basketball  Showcase, onde pelo 36 dos melhores jogadores do país jogam entre si, com jogo entre “time de branco versus time de azul”, com quadra cheia, dividindo a comissão técnica entre os times para dirimir as dúvidas da convocação para as Olimpíadas de 2016, evento principal do esporte.

Mas o que isso tem diferente dos amistosos?

Tudo. Desde a criação de um evento que atrairia muito mais torcedores que veriam os jogares de seu time atuando pela seleção, onde o time que ganhar ou perder, tanto faz, todos jogam juntos, todos são vencedores. Ou será que um jogo contra Honduras e Panamá são melhores para a preparação?

É um jogo festivo para a torcida, mas, para a comissão técnica, seria a chance de acompanhar o desempenho de jogadores, evitando convocações desastrosas em detrimento de potenciais esquecidos nas convocações, inclusive do nosso time.

Mas e o que o São Paulo pode ganhar com isso?

A criação de um jogo entre titulares e reservas dos melhores jogadores do país traria valorização dos atletas, gerando receita e voltando a familiarizar o esporte.

Com menor frequência, os clubes podem também fazer seu “USA Basketball Showcase”, se bem planejados, pode também atrair público e fidelizar a marca em locais fora da capital, com partidas entre os titulares e reservas, havendo torcida única, possibilidade de ações sociais e aproximar o público, fortalecendo a marca, o programa ST e dando aos jovens a possibilidade de encarar um estádio relativamente cheio, buscando acostumar o jovem a jogos com torcida, muito diferentes dos treinos no CT.

Claro que precisa de muito planejamento para não atrapalhar a preparação do time principal, mas uma excursão bem feita pelo país com a equipe de juniores e jogadores não relacionados seria um grande evento.

Mas porque defender a Seleção Brasileira? Minha seleção é o São Paulo!

Não é bem assim, enquanto não tivermos uma CBF forte, bem gerida, com lisura, transparência e bem intencionada, não teremos uma liga igualitária, que gere interesse, audiência e volte a vanguarda do que um dia foi nosso futebol ou ainda transformar o futebol em um evento que nunca foi, dado o potencial maior que possui.

O mundo todo acompanha o campeonato espanhol. Pergunte para qualquer morador de fora do país como acompanha o campeonato brasileiro.

Tá curioso para ver como foi o jogo da NBA de ontem? Veja os melhores momentos:

O basquetebol americano se reergueu e hoje está onde está. O futebol brasileiro está “indo de morro abaixo” e precisa urgentemente de uma intervenção.

Não adianta ficarmos com o famoso “Complexo de vira-latas” e achar que só porque os EUA são primeiro mundo é que as coisas deram certo. Qualquer empreendimento bem gerido é capaz de fazer sucesso, em qualquer lugar que seja, principalmente o futebol, que tem um público louco para gastar seu dinheiro com o evento, mas tem medo, insegurança, dificuldade de acompanhar e pouquíssima motivação.

Quero falar com mais calma, expor comparativos entre os esportes, mas claro, depende de você, vamos debater nos comentários se vale a pena falar disso, se é interesse falar disso.

E aí, vamos falar mais sobre esse assunto? Deixe seu comentário!

PS: Sim, eu sei que a coluna ficou grande e agradeço a leitura, o tempo dispensado e o seu feedback nos comentários.

Dúvidas, sugestões e contato: futsaltricolor@gmail.com

Por: Cleiton de Farias