banner_sou_tricolor_2Fatos da semana – 07/08 a 13/08

As opiniões deste colunista a respeito da semana que passou.

Valdivia – Fiquei profundamente dividido nesta semana. Começar a coluna de hoje falando sobre a esperança de dias melhores que o São Paulo me deu nas últimas rodadas, ou inicia-la comentando a possível vinda de Valdivia ao Morumbi. Ganhou a indignação.

Lá se vão quase 25 anos da primeira vez em que me lembro de conseguir escalar o time do São Paulo até hoje. E não precisei refletir muito para eleger esta como a pior intenção de contratação que já vi rondar o nosso Tricolor.

Não tem nada de briga com Rogério. Dos males, este seria o menor. Rogério Ceni é M1to, e possivelmente maior jogador da história deste clube. Mas não é maior do que o Tricolor. Tem que saber conviver com qualquer profissional contratado, quem quer que seja. E sabe. Perguntado sobre a possível vinda do chileno, o capitão fez questão inclusive de elogiá-lo e de “abrir as portas” do clube, citando seus poucos 3 meses restantes de contrato. Como eu disse, este não seria o problema.

Dizem que Ganso faz uma péssima temporada. Verdade. Nosso meia tem até aqui ostenta 1 gol marcado e 6 assistências anotadas, em 31 jogos disputados em 2015. Além disso, costuma demonstrar aquele descompromisso contagiante ao elenco.

Mas se as criticas servem para Ganso, o que dizer de Valdivia, que soma neste ano apenas 10 jogos realizados, e que não marca um gol desde fevereiro de 2014??

Falam da ‘grande’ Copa América feita pelo chileno, mas a verdade é que, com boa movimentação e lançamentos, Valdivia acabou substituído em quase todas as partidas, e sem nenhum gol marcado no torneio. ‘Grande’ destaque.

Mas nenhum desempenho dentro de campo do ex-jogador da SEP é tão ruim quanto sua atitude fora dele. Critica a dirigentes, briga com companheiro em vestiário, contusões, desrespeito a instituição, viagem a Disney em pleno andamento de campeonato… Pergunte a um palmeirense bem informado e ele te dirá a cilada que é ter Valdivia no elenco.

Me assusta ver qualquer movimento para sua vinda, ainda mais de uma diretoria que acaba de vetar um ídolo como Diego Lugano, além de outros veteranos, por conta de idade.

Estes senhores brincam de comandar essa imensa instituição chamada São Paulo Futebol Clube. Se a brincadeira é mesmo esta, nada mais compatível do que contratar o chileno gozador…

Pontos perdidos, time encorpando – Jogando contra o líder em Belo Horizonte, e contra o vice-líder, um clássico, no Morumbi, poderíamos tranquilamente ter feito no mínimo 4 pontos. Saímos com apenas 1, mas na sensação de que esse time tem potencial para brigar pelo título do Brasileirão 2015. Na rodada de ontem, a vitória veio. Fundamental para reaver os tentos perdidos dos últimos jogos.

O novo São Paulo de Osório aos pouco toma cara. Ele se defende com 5 jogadores (3 zagueiros, 1 volante e eventualmente um dos laterais), e ataca com 5 ou 6. Um time que vai se ajeitando, mas que ainda precisa buscar um equilíbrio.

Osório põe a equipe para frente, confiando que a qualidade técnica de nossos jogadores ofensivos faça a diferença e encontre o caminho dos gols. A contrapartida é um bumba-meu-boi na defesa, repleta de jogadores não tão qualificados assim.

Assim foi contra o Galo, assim foi contra as Galinhas. A diferença é que os mineiros tem os bons atacantes que o SCCP não possui desde a saída de Guerrero. O resultado foi que Toloi, Lucão e companhia foram capazes de razoavelmente “segurar” Malcom e Luciano, mas não tiveram o mesmo êxito quando enfrentaram Lucas Pratto e Thiago Ribeiro.

Contra o Figueira, um pouco mais de parcimônia ao atacar, não sei se por ordem de Osório, não sei se pela dificuldade com que o jogo se mostrou mesmo.

Sanando-se esse desequilíbrio defesa-ataque, e com os retornos de defensores mais qualificados como Rodrigo Caio e Breno, vejo que podemos enfim entrar na briga pela liderança, que não é tão distante quanto parece agora. Mais importante do que vitórias, estamos encontrando um jeito padronizado de jogar. Eu acredito!

Erros e acertos – Ganso e Luis Fabiano, especialmente nos últimos 3 jogos, incrivelmente melhores do que apresentavam no restante de 2015. Ponto para Osório, e para os atletas também.

Zagueiros jogando de volante, laterais jogando de ponta. Se as primeiras se justificam pela falta de cabeças de área no elenco, as segundas são inexplicáveis. Carlinhos não pode ficar no banco para Reinaldo jogar, tanto quanto Auro, que vem bem, não é melhor do que Centurion, por exemplo. Se fosse Muricy fazendo essas improvisações…

São Paulo x SCCP – Apesar de me irritar (e muito) o endeusamento que a imprensa brasileira faz em cima do nome de Tite, eu considero sim o treinador como um dos dois melhores do país, ao lado de Marcelo Oliveira.

Seu estilo de jogo é pragmático e defensivo, mas eficiente. Não a toa consegue boa campanha pela 2ª vez em Itaquera, e traz no currículo o mérito de ter feito destaque para nomes medianos como Alessandro, Chicão, William, Fábio Santos, Jorge Henrique, Felipe, Jadson e etc…

Ainda assim, o reconhecido bom trabalho do técnico do SCCP não evitou que seu time tomasse um baile tático em 3 dos 4 Majestosos realizados em 2015. Na estreia da Libertadores, o Tricolor não viu a cor da bola em Itaquera. Depois daquele jogo, vimos o São Paulo de Muricy martelar a partida inteira no clássico válido pelo Paulistinha; o time de Milton Cruz dar um show em cima do adversário no fechamento da 1ª fase da Libertadores; e a equipe de Osório com 62% de posse de bola e com o controle das ações na partida do último domingo.

O mais engraçado foi ver os comentaristas apostando em vitória corintiana antes do clássico, e depois dele tentando justificar seu palpite.

Arbitragem – Estatística: em pelo menos 3 dos últimos 5 Majestosos, fomos quase que consensualmente prejudicados pela arbitragem. Para quem não se recorda:
***21/09/2014 – Itaquera – SCCP 3×2 São Paulo – O Tricolor vencia já vencia por um tento a zero, quando Luiz Flávio de Oliveira inventou um pênalti para o adversário, após toque involuntário da bola na mão de Antônio Carlos.
***18/02/2015 – Itaquera – SCCP 2×0 São Paulo – Falta de Émerson Sheik em Bruno no inicio do segundo lance corintiano, ignorada pelo juiz Ricardo Marques Ribeiro.
Sócio-Torcedor – Às 00h01 desta quinta-feira, o São Paulo tinha exatamente 72.120 sócios cadastrados, 12.237 atrás do programa do Grêmio, nosso próximo adversário a ser superado. Acima deles, temos SCCP (109.330), SEP (129.583) e Internacional (147.405).
***09/08/2015 – Morumbi – São Paulo 1×1 SCCP – O pênalti ridiculamente não-marcado pelo Vuaden não precisa de maiores explanações. O 2º cartão amarelo do Felipe, por falta em Centurion, pode até ser discutível, mesmo eu achando merecido. O que eu achei indefensável foi a falta que o Fagner fez no Wesley, que rendeu apenas amarelo para o corintiano. Pior que isso, não vi NINGUEM da imprensa esportiva comentando o lance pós-jogo. Se fosse o Luis Fabiano… (o lance: http://globotv.globo.com/globocom/tempo-real/v/sarrafo-fagner-faz-falta-dura-em-wesley/4380935/)

No jogo de ontem, novamente prejudicados. Dessa vez pelo ótimo árbitro Anderson Daronco (sem ironia). Pouco se falará na mídia, devido a vitória. Mas a verdade é que houve abusos nos cartões de Luis Fabiano e Luiz Eduardo. É preciso abrir os olhos.

G8- Oito clubes notoriamente se destacam das demais 12 do Brasileirão, e brigarão pelo título e vagas para a Libertadores: São Paulo, SCCP, SEP, Fluminense, Atlético MG, Atlético PR, Sport e Grêmio.

O problema tem sido o desempenho do Tricolor contra esses adversários diretos. Dos 21 pontos possíveis, conquistamos apenas 5. Vitória apenas contra o Grêmio. Se quisermos almejar algo maior neste campeonato, é algo a ser melhorado.

Breno – Fiquei muito feliz em ver o retorno de Breno aos gramados. Não apenas pela sua história de vida, como também porque o São Paulo precisa de um zagueiro com a sua qualidade. É novo ainda, e se voltar a jogar 80% do que jogou em 2007, vai disputar a Copa de 2018.

O que me incomodou no entanto foi a fogueira em que Osório colocou nosso beque (sem trocadilhos). Conforme revelou em entrevista após a partida, Breno jamais havia jogado de volante. Mesmo assim, nosso técnico tratou de marcar o seu retorno para um clássico, naquela correria ataque-defesa em que o jogo se encontrava, e na posição nova, com base em treinos feitos na semana do Majestoso. Tivemos sorte que o time de Itaquera não tem qualidade na frente (e por isso não será campeão, anotem).

Breno não é cabeça de área, tal qual Lucão também não o é. Se Osório insiste em improvisar jogadores na posição, é bom que a diretoria busque reforço em outro clube, ou promova alguém da base, principalmente porque o técnico parece não ser muito fã de Hudson. E pensar que deixaram de trazer o Wellington de volta…

Luis Fabiano – Sou provavelmente um dos maiores defensores do nosso camisa 9. Mas leio e ouço tanta injustiça contra ele que, em geral, confesso, tenho andado com preguiça de falar sobre o Fabuloso.

Para não me alongar muito: Luis Fabiano faz de fato uma temporada ruim. Disparadamente, a pior de sua carreira. Mesmo assim, os 7 gols marcados nos 26 jogos que disputou o deixaria a frente da média de muitos atacantes que costumam ser exaltados por aí.

Para quem reclama da importância de seus gols, no último domingo o 3º maior artilheiro de nossa história fez o seu 10º gol contra o SCCP, sua maior vítima ao lado do Vasco da Gama.

Se a validade de uma renovação de contrato é assunto discutível, o respeito à história de Luis Fabiano no São Paulo não é.

Reforço(???) – O tópico é para falar sobre a chegada do atacante Rogério (ex-Vitória), mas serviria também para o caso de Luiz Eduardo. Repetindo conteúdo da semana passada: se Cotia é incapaz de formar um zagueiro do nível de Luiz Eduardo ou um atacante do nível de Rogério, pode fechar o CT, que nos custa uma boa grana todo mês.

Depois de todo o bom trabalho feito na liberação de jogadores como Luis Ricardo, Cortez, Cañete, Caramelo, Roni, e etc, Aidar parece voltar a escola Juvenal de administração, ao recolocar refugos no elenco do Tricolor.

Rogério e Luiz Eduardo não são apostas ou promessas. Já passaram por times ‘grandes’ (se assim considerarem o Botafogo) sem sucesso, e nem mesmo em equipes ainda menores conseguiram aprovação.

Em outrora, perdemos Régis (Sport) Gabriel Xavier (Cruzeiro) por falta de aproveitamento no time principal. Recentemente, Ewandro foi liberado para o Atlético PR. É bom que se abra os olhos, pois temos jogadores promissores recém-promovidos, como João Paulo e Luiz Araújo por exemplo.

Liberar Boschilia para fazer caixa, embora eu tenha sido contra, é algo justificável. Perder jogador por falta de oportunidades, causada pela preferência por “reforços” contratados de equipes menores, é outra.

Auro – Falando em falta de oportunidades, há umas 3 semanas atrás, Osório disse em coletiva que Auro, sua 4ª opção para a lateral-direita atrás de Bruno, Thiago Mendes e Hudson, poderia ir buscar seu espaço em outra equipe.

Depois de bons 23 minutos contra o Atlético MG e outros bons 23 contra o SCCP, a nossa promessa já tinha outro status no elenco. Quase que Osório deixa o menino partir sem dar reais oportunidades a ele. O que me faz lamentar ainda mais a saída de Ewandro…

Michel Bastos – Conforme já opinado nesta coluna, um dos jogadores mais importantes do nosso time em 2015 parece ter dado uma acomodada depois de ter renovado contrato. Tem crédito de sobra ainda.

Mas dei uma amenizada nas críticas, ao atentar que Michel em alguns jogos tem atuado em posição errada. Tem deixado as pontas, onde rende mais, para atuar de lateral-esquerdo ou até volante, como foi no último domingo. Nesta última partida, ficou claro para mim o erro de Osório, quando via Carlinhos, Michel e Centurion se revezando na construção das jogadas pela esquerda, enquanto Bruno era obrigado a se virar sozinho pelo outro lado.

A nova tática de Osório requer sacrifícios, mas não podemos abrir mão do poder ofensivo de um de nossos melhores jogadores…

Sócio-Torcedor – Depois de 3 ótimas semanas, o Sócio-Torcedor do Tricolor deu uma estagnada na atual. Talvez por causa dos 2 jogos sem vitória. Às 00h01 desta quinta-feira, o São Paulo tinha exatamente 73.108 sócios cadastrados, 11.771 atrás do programa do Grêmio, nosso próximo adversário a ser superado. Acima deles, temos SCCP (108.661), SEP (129.583) e Internacional (147.321).

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Wagner Moribe

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