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Fatos da semana – 17/07 a 23/07

As opiniões deste colunista a respeito da semana que passou.

Diego Lugano – Que oportunidade incrível a diretoria do São Paulo perdeu! Mais uma.

Lugano queria (quer), a torcida pedia (pede), o time precisava (precisa), o marketing sorria. Mas Aidar e companhia preferiram ignorar a todos, e manter a carência por um zagueiro no elenco.

Que me entendam os críticos. Tenho certeza de que Lugano não é nem sombra do jogador que nos deixou em 2006, virou ídolo na Turquia e brilhou na Copa do Mundo de 2010. Na verdade, tenho dúvidas até se o uruguaio tem condições de fazer 4 ou 5 partidas em sequência.

Não importa. O grande benefício da vinda de Lugano seria extracampo. Traria profissionalismo e competitividade a esse enfadonho elenco do São Paulo, e muita, MUITA, torcida aos estádios.

O engraçado é que há cerca de um ano, o mesmo Carlos Miguel Aidar pode ver com seus próprios olhos a validade de uma investida desse tipo, quando acertadamente trouxe Kaká para o Morumbi. O melhor jogador do mundo em 2007 contribuiu sim dentro de campo, mas eu não tenho dúvidas em afirmar que mesmo se não tivesse disputado nenhuma partida em seu retorno, o time do São Paulo ainda assim teria colhido bons frutos com sua chegada.

A única dificuldade na vinda de Lugano seria fazer o torcedor entender que o zagueiro não seria o salvador da pátria. Tirando-se esse peso de suas costas, poderíamos ter ganhado um zagueiro para compor elenco, com rica história no Tricolor e enorme potencial de marketing.

Tenho certeza que o uruguaio não pediria alto para voltar, e que seus vencimentos seriam facilmente quitados pela venda de camisas e aumento nas bilheterias. Para não falar da alavancagem que Lugano daria ao renovado programa de sócios-torcedores.

Ontem, nosso diretor de marketing e benfeitor Vinicius Pinotti disse em seu Twitter que estava “acompanhando de perto” a situação de Lugano, recém-contratado pelo Cerro Portenho. Tarde demais, Vinicius. Mesmo com a tal cláusula de liberação exigida pelo atleta no contrato com o time paraguaio, a janela de transferências de jogadores estrangeiros se fechou na última terça-feira. Mais um golpe de mestre dessa diretoria.

3-5-2 – Parece que esta será a sina desse time do São Paulo no Brasileirão 2015: ganhar dos fracos, empatar com os médios e perder dos mais bem montados.

Contra o Sport, mais um jogo do tipo que já está virando tradição quando jogamos longe do Morumbi: 30 minutos de jogo ‘sob controle’, 2º tempo de time aparentando cansaço, posse de bola sem objetividade e descontrole emocional no fim. Assim foi contra SEP, Atlético PR e Sport.

Muita semelhança! O primeiro gol tomado na Barra Funda foi aos 31’, em Curitiba aos 35’ e no Recife aos 33’. E o brilhante retrospecto que ostentamos no Morumbi em 2015 é compensado pela falta de futebol fora de casa.

Mas se há algo de positivo para se ressaltar sobre o jogo contra o Sport, na minha opinião, foi o esquema. Apesar de ele não ter dado certo no domingo, gostei de ver a pré-disposição de Osório em iniciar um jogo com a formação de 3 zagueiros. Acho que pode se tornar um caminho interessante, especialmente quando tivermos Breno jogando, Rodrigo Caio na sobra, Bruno na ala e Wesley na função de 2º volante que, neste esquema, é peça ainda mais importante.

Ainda com Tolói, Lucão e Édson Silva, fica difícil o esquema render. Rodrigo Caio precisaria ser o líbero desse time, mas para isso talvez precisemos de um novo cabeça de área para revezar com Hudson. (Tragam Wellington de volta!)

Outra vantagem da formação é a resolução da carência no setor esquerdo. Sem um lateral constante, Michel Bastos poderia ocupar o lado, com liberdade para atacar e sem tornar a sua falta de qualidade na marcação um problema.

Por fim, teríamos uma possibilidade de ver Ganso sendo eventualmente testado em uma nova função, de segundo volante, no melhor estilo Pirlo/Gerrard, alimentando desta vez não apenas atacantes, como também meia e alas.

Acho a opção interessantíssima e espero que Osório não desanime por causa de uma partida ruim.

Ewandro – Essa foi difícil de entender. Porque raios Juan Carlos Osório foi liberar Ewandro para o Atlético PR??

O jogador está sendo emprestado sem ter tido nenhuma chance com o técnico colombiano. Impossível saber o que se passa com o garoto nos treinos ou no extracampo, mas fato é que dificilmente faria menos do que Jonathan Cafú por exemplo, escalado titular no jogo contra o mesmo Atlético PR. Alguma birra de Osório, que também parece não confiar em Auro.

O absurdo fica ainda maior se colocarmos os números de Ewandro na ponta do lápis. Em 2015, o atacante revelado em Cotia fez 8 partidas pelo Tricolor, totalizando 417 minutos em campo, nos quais conseguiu contribuir com 1 gol e 3 assistências. Também neste ano, Paulo Henrique Ganso acumula 2371 minutos jogados em 28 partidas, nas quais anotou também 1 gol, além de 4 assistências.

Claro, há de se levar em conta que os dois atletas jogam em posições diferentes. Mesmo assim, a diferença de rendimento é pequena demais para fazer um ser liberado para empréstimo enquanto o outro segue com cadeira cativa no time titular.

O problema do elenco do São Paulo já não é nem mais com relação a qualidade dos jogadores, mas sim com a quantidade. Vemos um time se esfacelando, sem reposição. Uma coisa é aproveitar as chances que propostas milionárias nos trazem, outra coisa é perder jogadores de graça, sem nem ter quem complete o banco de reservas no seu lugar. Bola fora para comissão técnica e diretoria…

Wilder Guisao – Ok, o mais novo reforço do Tricolor chega para compor elenco, talvez mais para repor a saída de Jonathan Cafú, do que para vir e assumir a titularidade. E é preciso se dar um voto de confiança na primeira indicação feita por Juan Carlos Osório e aceita pela diretoria são-paulina. Ele terá minha paciência e apoio. Mas que suas credenciais não são das melhores, disso eu não tenho a menor dúvida.

Fui analisar o histórico do atacante e me decepcionei. Nos 7 meses em que esteve atuando pelo Toluca, Guisao nunca conseguiu se firmar na titularidade. Pela equipe mexicana, foram 18 jogos realizados e 4 gols anotados. Rendimento fraco o suficiente para o jogador ser liberado para o Tricolor.

Fosse este apenas um problema de adaptação, não haveria com o que se preocupar. Mas no próprio Atlético Nacional de Osório, Guisao nunca foi grande destaque. No esquema de rodizio do nosso treinador, fez 25 jogos em 2014 (10 como reserva) e marcou 3 gols, e 20 jogos em 2013 (8 vindo do banco), anotando 5 tentos. Muito pouco para um campeonato colombiano, de (ainda) menor nível técnico do que o nosso.

Se destaques do campeonato colombiano, como Pabon e Cárdenas, encontram dificuldades no futebol brasileiro, o que dizer de alguém que sequer lá fez sucesso?

Vamos torcer para eu estar errado. É o que nos resta.

Sócio-Torcedor – Com o intuito de estimular a adesão de são-paulinos ao programa de sócios-torcedores, a partir desta semana destacarei um tópico com os dados atualizados do Tricolor e nossos concorrentes. Às 00h01 desta quinta-feira, o São Paulo tinha exatamente 68.056 sócios cadastrados, o que nos deixa na 6ª posição no ranking nacional, 3.576 atrás do programa do Cruzeiro, nosso próximo adversário a ser superado. Acima deles, temos Grêmio (84.195), SCCP (106.710), SEP (129.583) e Internacional (146.820).

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Wagner Moribe

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