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Fatos da semana – 03/07 a 09/07

As opiniões deste colunista a respeito da semana que passou.

São Paulo x Vasco – Enfim, voltamos a vencer. Contra a baba que é esse time montado pelo Eurico Miranda (amigão de Aidar), um jogo controlado, em que os 2 gols marcados no inicio do jogo deram tranquilidade para a sequencia da partida. Vinte e cinco minutos de bom futebol no primeiro tempo e o restante só com aquele já conhecido marasmo do time Tricolor, que quase foi punido com o empate ou até uma virada da equipe carioca após uma série de erros grotescos de Lucão, que já havia falhado duas vezes contra o Atlético PR. Se não fosse Riascos…

Boas impressões para Thiago Mendes, Rodrigo Caio, Wesley, Michel Bastos, Pato, Centurion e Matheus Reis. A hora agora é de embalar aproveitando a fragilidade do próximo adversário, o Coritiba, em jogo a ser realizado no Morumbi.

Erros e acertos de Osório – Antes que qualquer um diga que estou culpando nosso técnico pelos últimos resultados, uma ressalva: não considero Osório responsável por nem 10% do mau futebol apresentado recentemente. Salários atrasados, presidente fanfarrão e jogadores sem espírito competitivo são causas muito mais graves do que qualquer decisão que Osório possa ter tomado até agora. Mas este tópico é para analisar sua atuação neste pouco mais de um mês do colombiano no Morumbi.

-Acertos:

***Segundo volante – O maior deles até agora, na minha opinião, foi a mudança do posicionamento do segundo volante do time. Antes preso junto ao cabeça de área, o jogador escalado nesta posição agora tem a obrigação de ajudar na armação da equipe também. Foi assim que vimos um Souza mais atuante antes de sua saída, e também Wesley nesta quarta-feira, por exemplo.

***Thiago Mendes e Wesley – Ambos escalados como volantes. O primeiro, que com Muricy e Milton Cruz atuava de ponta direita, só foi destacado para esta nova função devido a falta de volantes para o jogo contra o Atlético PR. Mas ambos só ganharam destaque em suas carreiras jogando nesta posição, Thiago no Goiás e Wesley no Santos. Ponto para Osório

***Meninos da base – Muito em função da falta de vontade de Aidar em contratar reposições, mas fato é que foi muito bom ver Luiz Araújo e Lyanco sendo alçados ao elenco profissional (este último por necessidade extrema) e Matheus Reis ganhando oportunidades inclusive de jogar.

-Erros:

***Time sem centroavante – Aconteceu todas as vezes em que Luis Fabiano não estava em campo. Contra Atlético PR e Vasco, Ganso e Centurion, respectivamente, foram escalados para ser a ‘referência’, mesmo com Pato no jogo e Ewandro e João Paulo a disposição. Nos jogos contra Avaí e Atlético PR, Osório fez ainda pior, sacando Pato para colocar Centurion e Matheus Reis, mesmo com o time precisando marcar gols para matar e empatar os jogos, respectivamente.

***Zagueiros na armação – Eu achei que ver Dória iniciando as jogadas de ataque no segundo tempo da partida contra a SEP havia sido circunstâncias do jogo. Mas após a partida contra o Fluminense, os próprios atletas disseram em entrevista que Osório incentiva que os zagueiros participem da armação. Como resultado, vimos Dória fora de posição nos gols da SEP, e Rafael Tolói perdendo a bola no ataque e quase ocasionando o gol de Gérson contra o Fluminense.

***Base – Se Lucão e Matheus Reis vem ganhando espaço com o novo comandante, o mesmo não se pode dizer de Auro, Ewandro e João Paulo. Na grande maioria das vezes, os três sequer são relacionados para as partidas, mesmo quando Bruno(no caso de Auro) e Luis Fabiano (para os atacantes) não estão à disposição. Dificil deduzir o que se passa nos treinos, mas também é difícil crer que Ewandro e João Paulo fariam pior do que Jonathan Cafú, por exemplo.

***Bizarrices – Contra a Chapecoense, Osório escalou Bruno/Thiago Mendes para segurar Dener Assunção e Reinaldo/Carlinhos para conter Apodi. Contra o Atlético PR, após bom desempenho de Thiago Mendes e Wesley como volantes, nosso técnico optou por deslocar o ex-jogador do Goiás para a lateral e por Lyanco na cabeça de área depois da contusão de Bruno (Auro não relacionado). Contra o Fluminense, Lucão perdido de volante ao lado de Hudson (com Wesley no banco) pois, segundo Osório, era necessário dar liberdade para os laterais Reinaldo (eu disse Reinaldo) e Thiago Mendes atacarem.

Enfim, embora não seja muito justo avaliar técnicos com 30 dias de trabalho, minha opinião é de que Juan Carlos Osório, até aqui, vem deixando a desejar. Com o tempo, é bem possível que as coisas se encaixem ao estilo do colombiano, principalmente porque vejo nele um cara muito correto e ciente de suas ações. Mas tempo de adaptação e aprofundamento é justamente o problema para treinadores que vem de fora, e por isso eu era contra sua vinda. É seguir na torcida e esperar que este bom time do São Paulo (no papel, um dos melhores) se adapte e faça a qualidade técnica superar a falta de brio desse elenco.

Luis Fabiano – Não perca seu tempo discutindo se Luis Fabiano deve ou não ser titular, se deve ou não sair do São Paulo. Este tópico não é sobre isso. É para questionar os critérios que a comissão técnica do São Paulo vem adotando para “poupar” jogadores.

Já escrevi sobre isso há algumas semanas. Contra a Chapecoense, Juan Carlos Osório teve que lidar com os desfalques de Denilson e Centurion, que segundo o clube alegaram “problemas pessoais”. Contra o Inter, quem havia pedido dispensa era Ganso pois, segundo disseram alguns veículos da imprensa, seu sogro enfrentava problemas de saúde.

Boschilia e Lucão voltaram do Mundial Sub-20, no qual tiveram boa participação, e ganharam uma semana de folga dos treinamentos. Fizeram falta no fatídico jogo contra a SEP enquanto, no mesmo final de semana, Caju atuava pelo Santos, Marcos Guilherme pelo Atlético PR, Malcom pelo SCCP e Gabriel Jesus pela própria SEP.

Para o jogo desta quarta-feira, a novidade foi Fabuloso ter ficado em São Paulo. Ao contrário dos outros casos, desta vez não foi divulgado nenhum motivo especifico para a não relação de nosso centroavante para a partida. Cansaço não pode ser, visto que, além do São Paulo estar vindo de vários meios de semana sem jogos, Luis Fabiano sequer esteve a disposição contra o Atlético PR, por causa de suspensão.

Se a intenção de Juan Carlos Osório é entrar com um time mais ágil em jogos com o de ontem, que assim seja, e que Luis Fabiano aceite o banco, como assim já o fez em 2015. Mas não podemos perder a chance de ter a disposição um jogador para o 2º tempo, por medo de insatisfação de quem quer que seja. Ainda mais quando as outras opções para o setor passam por exemplo por Jonathan Cafú. Inaceitável. Não estamos com elenco suficientemente qualificado para nos darmos a esse tipo de “luxo”.

Michel Bastos e Centurion – Nossos jogadores, dois dos maiores xodós da torcida atualmente, estão errados em expor insatisfação da forma que fizeram no último domingo. Isso está claro. Desrespeitam o clube, o técnico e os companheiros de elenco. Ponto.

Dito isto, vamos às considerações sobre os casos.

Michel Bastos é a grande luz de futebol e disposição nesse time modorrento que o São Paulo montou em 2015. Vinha de uma sequência não muito boa de atuações nos jogos contra a SEP, Atlético PR e o próprio Fluminense. Mesmo assim, jamais era para ter sido o eleito a sair na partida de domingo, se em campos tínhamos atletas no mínimo tão inoperantes quanto ele (leia-se Ganso, Pato e Luis Fabiano).

Centurion também tem razão no conteúdo de sua reclamação. Conforme este colunista escreveu na última semana, o argentino só ganha oportunidades quando o time está perdendo, que lhe faz obrigado a reverter a situação da partida, ou quando a equipe está ganhando, que lhe dá a chance de jogar 10 ou 15 minutos.

A forma com que Michel e Centurion reclamam está errada. O motivo não.

 Sem comando – Ganso culpa Lucão por gol tomado, Rogério Ceni cobra reforços da diretoria, Michel Bastos xinga o técnico quando substituído, e Centurion pede mais tempo em campo nas redes sociais. Dentre as muitas coisas que andam faltando nesse time do São Paulo, uma das que mais temos sentido a ausência ultimamente é de um ‘conciliador’.

Ataíde Gil Guerreiro poderia ser esse cara, mas parece ter perdido poder na diretoria nos últimos meses. Milton Cruz era do tipo agregador, mas desde a saída de Muricy tem se ocupado mais com a parte técnica e tática da equipe do que com o ambiente do vestiário.

Falta alguém que ponha panos quentes nos momentos de delicados do elenco e que blinde o grupo contra as críticas vindas de fora para dentro. Um Marco Aurélio Cunha. Fica a dica…

Entre Patos e Gansos – Dois lances ocorridos no jogo contra o Fluminense, no último domingo, simbolizam bem a falta de brio desse time do São Paulo.

Passava-se dos 16 minutos do primeiro tempo quando Michel Bastos, após boa tabela com Hudson, cruzou para a área e encontrou Alexandre Pato, que cabeceou em direção ao gol, para boa defesa de Diego Cavalieri. Aos 23 do segundo tempo, um lance parecido, no qual a cabeçada de Ganso também parou no goleiro do time carioca, depois de cruzamento do mesmo Alexandre Pato.

Puro preciosismo dos dois maiores representantes da falta de compromisso do atual elenco tricolor. Dois lances que poderiam ter nos dado os 3 pontos, caso os atletas preferissem fazer gol a fazer gol bonito. Lance de futvolei no gramado do Morumbi…

Breno – Duas ótimas notícias sobre o beque nesta última semana: a renovação de seu contrato (cobrada por este colunista desde janeiro) e sua convocação para o jogo contra o Fluminense.

O que eu não consegui entender são os critérios utilizados por direção e comissão técnica para liberar o jogador para a partida. Desde o começo do ano e há até 15 dias atrás, Breno era o zagueiro que só estaria pronto para atuar em agosto ou setembro. Depois das saídas de Dória e Souza, magicamente o atleta já estava apto para ao menos compor o banco de reservas. Ou seja: ou estão perigosamente adiantando o retorno de Breno aos gramados, podendo inclusive comprometer sua readaptação ao futebol, ou o papo de período de aprimoramento físico de 9 meses era pura ladainha.

Eu sempre achei estranho alguém precisar de tanto tempo para retomar o ritmo de jogo. Seja como for, estamos diante de mais um dos mistérios que vem virando praxe na gestão de Aidar. Seguiremos sem saber…

Abílio Diniz – A que ponto chegamos? Depois de anos de más administrações, o clube se vê obrigado a se “vender” para um cara que, embora bem sucedido em OUTRO ramo de atividade, vive conturbando o ambiente do São Paulo, quando escreve no blog que mantem no portal UOL. E mesmo que tivesse razão em suas colocações, o São Paulo não pode “negociar” poder com qualquer pessoa que chegue com dinheiro no Morumbi. Seja ela quem for.

Dinheiro é bem vindo, mas não a qualquer custo.

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Wagner Moribe

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