Éramos os atuais campeões paulistas e vice-campeões brasileiros, mas não fazíamos um bom campeonato paulista de 1981.

Ao final do primeiro turno, acabamos apenas na décima primeira colocação entre os 20 participantes.

Longe da classificação para a fase seguinte do turno.

O regulamento definiu que entre os eliminados, seriam compostos três grupos com quatro equipes cada.

O primeiro reunia Ferroviária, Palmeiras, São Bento e XV de Jaú, outro era composto por Corinthians, Juventus, Marília e São José. Já o grupo do campeão paulista contava com as participações de Noroeste, Taubaté e Francana.

Os vencedores de cada grupo comporiam um triangular cujos dois primeiros conquistariam vagas antecipadas para a fase final do segundo turno.

O regulamento era confuso.

Apesar de perdemos duas partidas, ambas para o Taubaté, acabamos nos classificando, juntamente com Palmeiras e Corinthians.

Pois é, enquanto Ponte Preta e Guarani decidiam quem seria o campeão do primeiro turno, o Trio de Ferro se limitava a disputar uma vaga, em uma repescagem.

No dia 2 de agosto de 1981, vencemos o Palmeiras por 1 a 0, com um gol de Tatu, ao final da partida, e demos um grande passo para conquistar esta vaga.

Dois dias depois, dia 4, enfrentamos o Corinthians, e após sairmos perdendo, conseguimos o empate, com um gol de Everton e confirmamos nossa classificação.

Posteriormente, nossos rivais se enfrentaram, e a vitória por 1 a 0 classificou o Palmeiras.

Com a vaga garantida, o segundo turno começou de forma bem diferente para nós tricolores.

Lideramos a tabela ao longo de toda competição, e acabamos na primeira colocação, o que acabou abrindo uma vaga para o Corinthians, que sequer tinha conseguido ficar entre os oito melhores colocados do returno.

Conquistamos a vaga para a final do segundo turno ao vencermos o nosso grupo que contava com, novamente, o Corinthians, Guarani e XV de Jaú.

Nas finais do returno, após perder a primeira partida por 1 a 0 para o São José, vencemos o jogo de volta por 3 a 2, e passamos para a final do estadual, frente a Ponte Preta.

Os dois jogos finais aconteceram no Morumbi. Em 25 de novembro, após sairmos perdendo, Serginho definiu o placar em 1 a 1.

Já em 29 de novembro, o Tricolor não deu chance a forte equipe campineira, e mesmo perdendo um pênalti, venceu por 2 a 0, com gols de Renato e Serginho.

O gol de Chulapa, aos 41 minutos do segundo tempo, foi uma pintura, com direito a chapéu no goleiro Carlos.

Éramos bicampeões, naquele dia com Waldir Peres, Getúlio, Gassem, depois Nei, Dario Pereyra, Marinho Chagas, Almir, Renato, Heriberto, Paulo César, depois Tatu, Serginho, Mário Sérgio e o técnico Formiga.

José Renato