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Uma necessária contratação de esperança.

Pois ela vem seguindo na toada de novos tempos, sob o manto de uma nova personificação de São Paulo Futebol Clube.

Façamos as vezes da boa casa, acolhedora, novo lar.

É aqui que há de vingar mais um capítulo vitorioso de uma personalidade serena, digna, aparentemente dotada de um contraste às folclóricas figuras do nosso futebol pindoramense.

Esse futebol judiado, lascado, viciado e menosprezado.

Quando surge alguém com termos mais específicos, mais coerentes, que seguem num paralelo ao que se considera concreto, aço de viga, raiz, aos racionais apontamentos sobre o esporte mais importante, os despeitados olham torto, mesmo cegos, suplicando o fracasso alheio, já que o contrário tiraria o amarelo sorriso da satisfação doente, irmã da balbúrdia lucrativa.

Não é de se admirar que tentem bater tanto o martelo da mesmice no prego da incoerência, tal qual murro em ponta de faca, ditando os passos lentos da preguiça mental que sussurra nos ouvidos dos especialistas a velha máxima de que ‘elenco vence campeonato’. Porque dizem de número. Dizem de número não só na quantidade humana, como na quantidade de cifras nas contas das estrelas de luz embaçada.

Elenco que vence campeonato, para tais entendedores, é o elenco ator da sandice, e autor do drama que vem depois da novela das 9, nas quartas-feiras que nem sempre são de cinzas, mas quase nunca têm cor.

Mas, sinto que a era dos elencos caríssimos está chegando ao fim no Brasil.

Diante das atuais condições econômicas do país, beira o inaceitável termos entidades tão irresponsáveis com os cofres públicos despejando milhões em catadões que fazem a bola sangrar e o sono surgir no sofá de domingo.

Daí que surge também a esperança no colombiano, adepto do uso da base.

Das características mais importantes do técnico, esse foco nos frutos da casa precisa ser destacado ainda mais. E precisa de intenso destaque na mídia, que se diz ‘preocupada’ com o futebol.

Vê-se necessário apontar a importância da consciência financeira dos clubes, e como isso é possível também através de um trabalho intenso na formação de atletas. Coisa que não é surpresa alguma pra ninguém.

Os ‘surpreendentes’ escândalos da FIFA dão aquela cutucada de advertência, dizendo que nem tudo se esconde pra sempre. Nem mesmo no Brasil de Marin. E os absurdos gastos dos clubes uma hora serão investigados. Não por questões de Justiça, mas sim por necessidade.

Osorio não é só esperança, de mesmice.

Osorio é necessidade, dos novos dias.