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Sempre fiz questão de protelar a redação deste texto, por motivos óbvios. Queremos sempre distanciarmo-nos do fim e aproveitar o máximo tudo a que temos direito. Sempre sentia uma forte tristeza quando pensava neste momento. Ainda pode haver mais jogos, mas com certeza não terão tanta importância quanto o jogo de hoje. A competição mais importante e mais querida pela torcida do time mais vitorioso do Brasil sela o fim da vitoriosa carreira de um M1to.

É difícil descrever, e até simplesmente escrever sobre este momento histórico no São Paulo Futebol Clube. O próprio adiamento do fim da carreira trouxe muitos questionamentos para Rogério Ceni. Questionamentos provenientes até mesmo da torcida tricolor. Apesar do “triste” fim, a trajetória vitoriosa deste que se tornou um dos maiores ídolos do time pelo qual é profundamente apaixonado nunca poderá ser questionada por ninguém. 24 anos de serviços prestados, dezenas de títulos e prestígio internacional. Pouquíssimos clubes podem ter o prazer de dizer que tem os títulos que “um” atleta possui.

Não preciso falar das conquistas pessoais e recordes para exaltar o ídolo maior da meta tricolor. Mesmo assim, não há como expressar a gratidão a este “ser” que ajudou a elevar o São Paulo ao patamar dos maiores times do mundo. Que tornou o São Paulo campeão do MUNDO.

O futebol brasileiro está perdendo a capacidade de criar ídolos. As carreiras em um time são muito efêmeras. Mais do que um jogador, perdemos um ídolo perene em campo. É claro que Rogério Ceni nunca deixará de representar a equipe tricolor onde estiver. Mais do que isso, de representar o futebol. Muito eu poderia escrever neste momento para elogiar este craque. Porém, assim como a entrevista concedida por ele após o jogo de hoje, as palavras me fogem e apenas a tristeza vai lentamente tomando conta de mim.

Meus sinceros agradecimentos a você, Rogério Ceni.

Com admiração,

Matheus Padilha Abrantes Reis