banner_sou_tricolor_2Fatos da semana – 01/05 a 07/05

As opiniões deste colunista a respeito da semana que passou.

São Paulo x Cruzeiro – Que jogo, nação Tricolor!! Ficou barato pro Cruzeiro.

Escrevo esta coluna ainda sob a adrenalina da partida desta quarta-feira. Uma partida que me lembrava muito a primeira final da Copa do Brasil de 2000, na qual o São Paulo martelou o tempo inteiro sem conseguir sair do 0 a 0 com o time mineiro, até o gol salvador de Centurion mandar qualquer comparação do tipo para longe. Sai zica!

Não fosse o excelente goleiro Fábio, integrante daquele time de injustiçados na Seleção Brasileira (que conta com outras raridades como Serginho, Alex, França e etc), o Tricolor teria saído do Morumbi classificado para as quartas de final.

Não sei que mágica Milton Cruz fez com esse time, ainda mais escalando esse monte de volantes, mas o fato é que o São Paulo estreou na temporada contra o SCCP há 15 dias e fez a sua segunda partida na noite de ontem, sobrando em campo. Mais do que isso: algumas peças que estavam devendo em 2015, como Bruno, Souza e Ganso, parecem aos poucos recuperarem a sua melhor forma.

Continuo defendendo a contratação de um técnico, mas se os jogadores resolveram fechar com Milton Cruz, que assim seja enquanto não encontramos o comandante ideal.

Centurion – Centurion ou ‘Santurion’, como disse(sem querer) Nivaldo Prieto na Fox Sports, no lance do gol Tricolor, é a encarnação do espírito de Libertadores nesse elenco do São Paulo. Na falta da raça de um Lugano ou Álvaro Pereira, vamos apostar no argentino, que cresce principalmente nos grandes jogos. Assim foi nos jogos contra o SCCP, assim foi contra o Danúbio, e assim foi ontem. Que timidez que nada!

Jogo de volta – Para o jogo de volta, no Mineirão, aquela chamada ‘boa dor de cabeça’ para nosso recém-efetivado técnico. Hudson, Luis Fabiano e talvez até Michel Bastos estarão liberados para a partida. Com Wesley e principalmente Pato, na minha opinião, sendo os dois piores da equipe ontem, apesar das boas movimentações, a dúvida está estabelecida.

A escola Milton Cruz deve manter os 3 volantes em Belo Horizonte, restando outras 3 vagas para Ganso, Centurion, Pato, Luis Fabiano e, quem sabe, Michel Bastos.  Prefiro o Fabuloso do que Pato, mas para jogar no contra ataque no Mineirão, talvez a movimentação do nosso camisa 11 seja mais importante. Com a cadeira cativa de Ganso, a dúvida fica entre Michel e o argentino. Se o primeiro se recuperar, Centurion terá que ficar no banco para incendiar no segundo tempo. Se a precaução ainda falar mais alto, vamos com o Hermano desde o começo.

Rogério Ceni; Bruno, Rafael Tolói, Dória e Reinaldo; Denilson, Souza, Hudson, Ganso e Michel Bastos (Centurion); Alexandre Pato. Os guerreiros para a decisão.

Souza e Bruno – Quando é para criticar, eu critico; quando é para elogiar, eu elogio. Não que o parâmetro das anteriores fosse muito bom, mas a de ontem foi a melhor partida do lateral-direito Bruno com a camisa do Tricolor. Souza, que também não vinha bem, fez uma de seus melhores jogos desde que chegou ao Morumbi e, sem dúvida nenhuma, o melhor da temporada.

Bruno especialmente no ataque, e Souza especialmente nos desarmes. Que assim seja sempre!

Atacantes reservas – Com a contusão de Alan Kardec e a suspensão de Luis Fabiano, tínhamos ontem três atacantes a disposição de Milton Cruz: Alexandre Pato, Ewandro e Jonathan Cafú. Milton Cruz preferiu deixar o jovem de fora e, como resultado, tínhamos apenas um jogador de opção para a posição ontem. Se Pato se machucasse, iriamos com Jonathan Cafú para a referência, em um jogo em que precisávamos fazer gols.

O chamado, pelo menos em janeiro, ‘melhor elenco do país’, não anda fazendo jus a classificação. Não podemos ir a jogos decisivos com opções tão escassas. Se o dinheiro está curto, é hora de integrar efetivamente João Paulo e Joanderson nesse elenco. Lembrando que, se por um lado Dunga nos poupou de desfalques durante a Copa América, o mesmo não valeu para a seleção sub-20, que nos tirará Boschilia e Lucão por causa do Mundial da categoria.

Público – 66.369 pessoas no Morumbi, o recorde de público no Brasil em 2015. O que um pouco de futebol e uma baixada nos preços não fazem, né? Parabéns a todos os envolvidos.

SCCP – Derrota no Paraguai para um fraco Guarani, possivelmente maior baba dessas oitavas de final da Libertadores.  Não era o melhor time do país?

E o tal do Cássio, hein? Não era o injustiçado da Seleção??

Ainda acho que vão reverter o placar em Itaquera mas, enquanto isso, chupa Galinhada!

 Marcelo Oliveira – Sabella não vem, e Luxemburgo, pelo menos por enquanto, é carta fora do baralho. Uma opção pouco comentada na imprensa, e aparentemente na diretoria do São Paulo, pode ganhar força no Morumbi, especialmente caso eliminemos o Cruzeiro da Libertadores.

Marcelo Oliveira vive momento de instabilidade em Belo Horizonte. Eliminado nas semifinais do campeonato mineiro pelo arquirrival Atlético MG, e com desempenho apenas regular até aqui na Libertadores, mesmo em um grupo mamão com açúcar, o técnico cruzeirense já não conta com o mesmo prestígio dos tempos de bicampeonato brasileiro 2013-14 (Modinha tem em todo lugar).

Uma eliminação no Mineirão na próxima quarta-feira pode significar o fim da era Marcelo Oliveira na Toca da Raposa. O paradoxo é que uma eliminação do Cruzeiro significaria também ainda mais força para Milton Cruz seguir no comando do Tricolor.

Marcelo Oliveira é uma ótima opção. Seu nome me chama a atenção desde os tempos de Coritiba, time que treinou entre 2011 e 2012. Na equipe paranaense, o treinador conseguiu feitos como o bicampeonato estadual, os dois vice-campeonatos da Copa do Brasil, e o recorde mundial de vitórias consecutivas, 24, reconhecidas pelo Guinness Book, entre fevereiro e maio de 2011. Sem dúvida nenhuma, um os grandes momentos da história da equipe paranaense.

Contratado pelo Cruzeiro após rápida passagem pelo Vasco da Gama, Marcelo Oliveira se consagrou de vez como técnico top ao conquistar o bicampeonato brasileiro com um time montado praticamente todo por jogadores sem grande nome até então. Como nos melhores tempos de São Paulo, o Cruzeiro de Marcelo Oliveira soube buscar atletas em baixa para vendê-los em alta.

 Eu aposto que Marcelo Oliveira faria um esforço para entrar no eixo Rio-SP. É bom o São Paulo abrir os olhos. Milton Cruz não é técnico a nossa altura, e não é todo dia que vemos opções tão boas, potencialmente disponíveis no mercado.

Cuca – Uma notícia que pipocou nas redes sociais nesta quarta-feira dava conta de que o técnico Cuca estaria próximo de ser demitido. O Shandong Luneng, atual time do treinador, foi goleado por 4 a 1 pelo coreano Jeonbuk, e acabou eliminado na primeira fase da Liga dos Campeões da Ásia.

Não li essa notícia em nenhum lugar fora de Twitter e Facebook, mas Cuca seria ótima opção para o Tricolor. Teve desempenho razoável no Tricolor em 2004, mas de lá para cá seu trabalho evoluiu muito, especialmente no Atlético MG, onde mostrou toda sua capacidade. Lembrando ainda que o preparador físicos Carlinhos Neves e o fisioterapeuta Luiz Rosan trabalham na equipe de Cuca na China. Que tal um pacote completo, Sr. Carlos Miguel Aidar, para voltarmos aos tempos de glória?

Under Armour – Que show!! Entre tantos erros e bobagens feitas por Carlos Miguel Aidar nestes quase 13 meses de mandato, o contrato com a Under Armour parece ter sido um acerto daqueles na mosca.

É verdade que a negociação com a empresa americana, feita quando o São Paulo ainda tinha contrato com a Penalty, não foi a ideal em termos éticos e mercadológicos. Mas não nos esqueçamos que a nossa ex-fornecedora também falhou em diversos momentos também, no atraso de pagamento e no anúncio falso de camisa do Rogério Ceni, por exemplo.

Mas voltando a Under Armour, o que eu vi ocorrer desde o anúncio do contrato com o Tricolor só confirma a excelência com que os americanos tratam o business no esporte. Um show de marketing na divulgação, que criou expectativa nos torcedores e recordes na pré-venda de camisas, e de qualificação na montagem do evento de apresentação.

Os americanos também se empolgaram com os primeiros resultados da parceria e, diz a imprensa, já começa a pensar inclusive em ajudar o Tricolor na contratação de jogadores. Como eu já vi esse papo muitas vezes, não vou contar muito com isso. Mas pelo sim ou pelo não, que este seja o começo de uma grande parceria para o São Paulo Futebol Clube.

Sócio Torcedor – A diretoria do São Paulo pretende anunciar, na próxima semana, uma reformulação nos seus planos de sócios-torcedores. As novidades ainda não foram oficialmente divulgadas mas, segundo o portal UOL, a diretriz do clube agora é ‘premiar’ os membros mais fieis, seguindo o modelo bem sucedido de clubes como Benfica, Barcelona e Inter de Porto Alegre.

Os atuais três planos existentes – “Sou Tricolor” (R$12/mês); “Standard”(R$30/mês) e “Premium” (R$100/mês) – seriam transformados em cinco, com preços variando entre R$ 19 e R$ 490, dependendo do desconto no preço dos ingressos, número de dependentes e preferência na compra de entradas, entre outras coisas.

A reformulação, fruto de um trabalho de 4 meses de pesquisa, englobaria ainda a criação de uma moeda própria, chamada “Tricolor” (1 Tricolor = 5 reais), e um cartão de débito a ser usado em toda as dependências do estádio do Morumbi, com descontos nos preços variando de acordo com o plano escolhido. Entre as possíveis utilizações da nova moeda estariam a possibilidade de se assistir jogos no gramado e tomar café da manhã com os jogadores, entre outras coisas.

Assim que os detalhes forem divulgados, esta coluna pretende debater seus benefícios.

Lembrando que o São Paulo ultrapassou o número de sócios torcedores do flamengo no mês de abril e possui hoje o 7º maior programa do tipo no país. O Santos, atual 6º colocado, tinha até a tarde desta quarta-feira, cerca de 1,5 mil membros a mais do que o São Paulo.

Página do Carlos Miguel Aidar – Curtam, comentem e compartilhem a página do nosso presidente no Facebook:

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Wagner Moribe

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