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Algumas mentirinhas, com doses de ‘verdadinhas’ e, ‘voa, Allah‘…

Olhando para o céu, aquele cinza, mesmo sendo um dia de sol forte e poucas nuvens espalhadas pelo infinito azul.

Então, vamos ligar a televisão, no programa dominical da Globo, das 16h, geralmente apresentado pelos funcionários da emissora, que jogam no Corinthians, que já foi um time de futebol e tão somente um time de futebol, nada mais que um time de futebol.

Vamos ver os convidados. Nada do protagonista, campeão mundial num verão passado…

Dois convidados mal falados pelo sincero IBOPE que, quando é pra dizer que manipula, é só na política. No futebol, não. O futebol tem sido a coisa mais sincera de nosso país hexacampeão.

Em campo, os octas nacionais. Os únicos. Dois Robinhos, um Dudu, um Valdívia… cadê o Lúcio?

Lucio

Enquanto eu acompanhava à partida, emocionante, ainda que sem o tom Tricolor que cativa e faz o coração bater de verdade, e não como um funk música paixão nacional, tal qual as vantagens da esposa do belo Belo, pouco via dos finais eletrizantes de campeonatos estaduais fantásticos.

Imaginei, de súbito, a alegria global dos esquecidos, sem os times ‘do povo’ espanholizado brilhando e atraindo investidores com seus recordes de transmissão. Fiquei pensando na submissão das emissoras, que terão que repensar o futebol como programa televisivo, já que cada vez mais menos aparelhos estão sintonizados no Cléber Machado, mestre da narração e da emoção de velório, ou no Neto, e seu dialeto tão inconfundível, quanto imparcial.

A culpa é do Palmeiras. A culpa é do Santos. Não é da qualidade das transmissões. Afinal de contas, as câmeras são posicionadas estrategicamente, para o telespectador não perder um lance sequer. Nem mesmo os lábios dos técnicos são esquecidos, virando parte do Fantástico. O chão das salas das casas treme, graças ao esforço de guindaste posicionando o microfone sobre o bumbo da torcida com nome de escola de samba, acidentalmente flagrada com drogas… coisas de outros carnavais.

microfones estratégicos

Quando olhei de novo pra televisão, cadê Dudu? Dudu cadê? Cadê Didi, cadê Dedé, cadê Dudu? Deu murro nas costas do juiz, ‘valdiviou’, de repente.

E ainda fiquei procurando o Lúcio.

O Felipão eu sei onde estava. Ainda que digam que lá não estará mais. O técnico argentino sambou sobre o falso tricolor, e um Operário de verdade colocou seus 10 dedos das mãos na taça do Paraná tucano que bate em professor (não seu povo, mas seus representantes políticos). Já o Galo, não deu canja para o caldo.

E assim seguiam as coisas.

O alvinegro praiano se garantia campeão paulista. Tirei o chapéu… não. Coloquei o Nobre chapéu dado.

chapéu nobre

O Santos, no preto e no branco, novamente finalista, merecedor, ainda que, na minha opinião, tenha um técnico mais falastrão e arrogante do que estrategista. E a mistura praiana de preto com branco dá cinza. Cinza como o céu sem Tricolor. Céu de final sem rojões. Os cães e seus ouvidos sensíveis adoram quando o Santos é campeão.

Mas, quarta-feira está aí. Quarta-feira…

Uma coisa boa de não ter ‘havido’ jogo do São Paulo no domingo foi não ter ‘tido’ um certo grito.

Tudo bem que teremos ex-técnicos sendo ovacionados. Um sinal de respeito que compreendo. E só compreendo porque não machuca compreender.

E, por volta de 60 mil gritando pelo Tricolor… rapaz… 60 mil… diria o Dinho: “Quantcha Gentchi!”… Ah! 60 mil??? Gritem o que quiserem!

Mas, principalmente, gritem gol! Várias e várias vezes! Gritem gol!

 

Ronnie Mancuzo – Sub