Cartola, que disse que não colocaria obstáculos para a saída do atacante, afirma que declarações foram distorcidas

O presidente Carlos Miguel Aidar, do São Paulo, afirmou ter sido mal interpretado ao comentar a situação do atacante Luis Fabianono clube, horas antes da partida contra o Danubio, na última quarta-feira, pela Libertadores, em Montevidéu.

No Uruguai, o cartola disse que era difícil não poder contar com o jogador na plenitude de sua forma física e que não colocaria obstáculos para a saída do atleta, caso ele, que tem contrato até dezembro, recebesse uma proposta do Orlando City, que já demonstrou interesse.

– Minhas declarações foram distorcidas. De jeito nenhum disse que estava dispensando o Luis Fabiano. Falei que se ele quisesse ir para o time da Florida, o São Paulo não poderia se opor, mesmo ele sendo um ídolo. Acabamos de perder um ídolo (referindo-se a Muricy Ramalho) e seria muito dolorido perder outro. Quero dizer que tenho profundo respeito, grande admiração pelo Luis Fabiano, que ainda vai dar muitas alegrias ao São Paulo – afirmou o presidente.

Coube ao vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, acostumado a apagar incêndios no São Paulo, acalmar os ânimos novamente. Ainda no hotel onde a delegação se hospedou na capital uruguaia, o dirigente procurou Luis Fabiano e acalmou o atacante, que demonstrou irritação com o assunto após a partida.

Na saída do gramado do estádio Luis Franzini, o jogador deixou claro que, se estiver incomodando, pode sair antes mesmo do final do contrato, na próxima janela de transferências.

– Hoje, a realidade é que tenho contrato até dezembro. É o que está escrito e, se tiver um acerto, fico até o fim. Mas não tem problema sentar, conversar e ver o que é melhor para as duas partes. Se tiver de sair agora, saio sem problema algum. Com certeza (posso sair no meio do ano) – disse ele na saída de campo. No retorno da equipe, ele não quis falar com a imprensa.

Fonte: globo.com