banner_sou_tricolor_2Fatos da semana – 08/04 a 14/04

As opiniões deste colunista a respeito da semana que passou.

Futebol – Finalmente, depois de semanas, posso começar uma coluna falando não de crise ou de técnico na corda bamba, mas sim de futebol, o propriamente dito.

Vitórias contra a Portuguesa ou Red Bull não me iludem, mas vejo que o foco no que ocorre dentro das quatro linhas é o caminho para o fim dessas mazelas extracampo que tanto tem contagiado a equipe.

As duas últimas partidas foram importantes para ao menos para a retomada da confiança do time, que andava tão abalada. A sequência agora é complicada, com Danúbio no Uruguai, santos na Vila Belmiro, SCCP no Morumbi e, caso tudo ocorra bem, as duas finais do Paulistinha. Com espírito renovado após a chegada de um novo treinador, temos a chance de reiniciar o ano de um forma brilhante, classificados na Libertadores e na disputa do título estadual. Precisaremos apenas que o elenco jogue o que não jogaram ainda em 2015, que o novo treinador escute muito bem quem já vive o dia a dia do clube, e que a diretoria deixe as críticas desnecessárias fora de campo e do alcance da imprensa. Com essas simples medidas, tenho certeza que o futebol e a confiança da torcida logo voltará ao normal.

Milton Cruz – Tirando a estreia de Wesley, alguém viu alguma diferença entre o time escalado por Milton Cruz no último sábado, e aquele considerado o titular de Muricy Ramalho?

Não se enganem, Milton Cruz é são-paulino, gente boa, anima o vestiário… mas fraquíssimo como treinador.

Na partida do último sábado, vimos um 1º tempo do mesmo time sonolento da temporada, com certa liberdade para jogar a partir do gol do M1to (para quem ainda ousa contestá-lo). Quatro volantes (Hudson, Denilson, Souza e Wesley). Imaginem se fosse Muricy quem escalasse.

Lucão, que faz temporada de razoável para boa, não é melhor do que Dória, tal qual Reinaldo, esforçado e limitado, não joga mais do que Carlinhos, e Souza, nem sombra do volante de 2014, não anda merecendo a titularidade.

Se é para apontar um mérito de Milton Cruz, podemos lembrar que ele conseguiu fazer com que Ganso, em um jogo, entrasse mais na área adversária do que em todas as outras partidas que o camisa 10 já havia feito pelo Tricolor. Palmas! Mas apesar desse milagre, ainda acho impossível apostar em um time no qual Ganso seja o segundo jogador mais ofensivo. Falta profundidade.

Para o jogo decisivo desta quarta-feira, no Uruguai, mais desespero. Milton Cruz vai de Rogério Ceni; Paulo Miranda (Auro), Rafael Tolói, Dória e Reinaldo; Rodrigo Caio, Hudson e Souza; Michel Bastos e Ganso; Alexandre Pato.

A possibilidade de Paulo Miranda ser titular não é tão preocupante quanto os 3 primeiros volantes (Souza para mim é cabeça de área) que o técnico pretende escalar juntos. Se com Wesley, que tem saída de jogo, o time já estava preso demais, imagina com os três camisas 5 propostos pelo interino.

O pior é que para vencer o Danúbio não é preciso grande esforço, e tenho medo de que Milton Cruz saia de confrontos contra Portuguesa, Red Bull e o time uruguaio, fortalecido, e sob o rótulo de “bom trabalho”. O próprio Carlos Miguel Aidar, não sei por convicção ou para despistar a imprensa, já diz cogitar a efetivação de Milton. SOCORRO!

Já me lembrei dessa fase na coluna da semana passada, mas vou repeti-la. Em 2003, Milton Cruz assumiu o comando do Tricolor na reta final do Brasileirão, na companhia de Rojas. É verdade, ambos nos levaram a Libertadores ao final daquele campeonato. Mas com um time que invariavelmente jogava com 3 a 4 volantes, entre Alexandre Rotweiller, Fábio Simplicio, Carlos Alberto (ex-Botafogo), Adriano (ex-Portuguesa Santista) e Gustavo Nery improvisado, com Luis Fabiano e mais alguém a frente, entre Kleber Gladiador, Rico e até Ricardinho gambá.

Ou seja, lastimável. Aparentemente, Milton Cruz gosta mesmo de encher o time de volantes. Se em 2003 deu certo, não vejo a mesma chance de isso acontecer nos dias de hoje. É bom que a diretoria abra o olho. Milton Cruz NÃO!

Alejandro Sabella – É quase que impossível que qualquer são-paulino tenha uma opinião bem fundamentada a respeito do nosso novo treinador. Primeiro porque Alejandro Sabella dirigiu apenas um clube na carreira, o Estudiantes de La Plata por 2 míseros anos. Segundo porque, seu trabalho de maior destaque foi a frente da seleção argentina, vice-campeã-mundial de 2014, e acho que é consenso dizer que treinadores de seleções não dispõem de tempo hábil para colocar alguma tática ou grande conceito em prática.

Mas se foi a Copa do Mundo que lhe deu visibilidade no planeta bola, falemos dela. A Argentina tinha inegavelmente uma das melhores equipes do torneio, no papel. Do meio para frente, não vejo outro escrete mais qualificado, com Di Maria, Aguero, Messi e companhia.

Mas fora a Fifa, que elegeu Messi o craque do Mundial, alguém aí viu qualidade no futebol apresentado pelos hermanos? Vitórias sempre por diferença mínima, com futebol arrastado, especialmente nos jogos contra as potências Irã (1×0), Nigéria (3×2) e Suíça (1×0). Para não falar que Sabella esqueceu de convocar jogadores do nível de Tévez e Pastore, por exemplo.

Boas colocações em torneios mata-mata não necessariamente reproduzem boas atuações. Tivesse sido cruel, o sorteio da Copa podia ter posto a Alemanha no caminho da Argentina logo nas quartas, por exemplo. Aí provavelmente não estaríamos falando de Sabella no Tricolor. Coisas do futebol.

A seu favor, falam que o treinador argentino conhece os jogadores do São Paulo. Oras, caso seja verdade, isso lá é mérito? Adilson Batista, Sérgio Baresi, Candinho e Celso Roth também conhecem os jogadores do São Paulo, e nem por isso eu os quero dirigindo o meu time.

Bom ou ruim, o momento não é de trazer técnico estrangeiro, com necessidade de tempo para se adaptar ao país. Chega dessa megalomania infundada, Aidar.

Luxemburgo – Esse sim é treinador. O segundo melhor que vi nesses pouco mais de 20 anos que acompanho futebol, atrás apenas de Mestre Telê Santana.

Quem assistiu as entrevistas dadas por Luxemburgo nas últimas duas segundas-feiras, no Bem Amigos e na Fox Sports, viu como é lúcido o profexô, e ainda um dos melhores do país. Ele citou como Ganso e Luis Fabiano, por exemplo, renderiam mais. Alguem duvida de sua capacidade?

Há quem diga que ele não é mais o mesmo. Só se for em comparação com ele mesmo. Se nos últimos 11 anos, não foi mais campeão nacional, no mesmo período levantou 5 títulos estaduais. O São Paulo não vence o Paulista desde 2005.

Além disso, como ele mesmo lembrou, apenas em suas passagens por Atlético MG e Fluminense, não conseguiu levar o clube a um título ou a Libertadores.

Deem uma chance ao Luxa! Aidar compra tanta briga a toa, que se dane ‘mimimi’ de ex-time grande carioca. O bem do São Paulo em primeiro lugar.

Souza – Nem Ganso, nem Tolói, nem Bruno. O pior jogador do São Paulo neste inicio de temporada, na MINHA opinião, é Souza. Não consegue repetir as atuações que lhe levaram a seleção brasileira em 2014. Não sei o que acontece com Souza, mas fato é que a posição de volantes é a mais bem servida no elenco Tricolor. Na minha opinião, entre Souza, Denilson, Hudson, Rodrigo Caio, Wesley e Thiago Mendes, o camisa 5 é a última opção atualmente. O pior é que vejo pouca contestação por parte da torcida, imprensa e, especialmente, comissão técnica do São Paulo. Souza está jogando com o nome. Banco nele!

Antônio Carlos – Mais um medo. Não foi nem em um, nem em dois programas esportivos, que vi comentaristas e jornalistas da ‘mídia especializada’, questionando a ausência de Antônio Carlos entre os inscritos para a Libertadores e Paulistão, apontando que o zagueiro seria a solução dos problemas da defesa Tricolor. Fico espantado como as opiniões não se sustentam hoje em dia. Antônio Carlos é um zagueiro de elenco, que não compromete, mas está longe de ser solução para qualquer time do Brasil, quem dirá para o maior deles. Fala sério.

Breno – Falando em zagueiro e solução de problemas, e o Breno, cadê? Ninguém fala mais dele. O excesso de zelo parece andar tomando conta da direção são-paulina, que também prefere não relacionar o atacante João Paulo, para não queimar o jovem em tempos de crise.

O cuidado e válido, mas também é nessas horas que os garotos provam seu valor. No caso de Breno, há ainda a ‘urgência’ de um contrato que vence em outubro.

Regulamento do Paulista – Diz o regulamento de qualquer campeonato minimamente respeitavel no mundo, da Champions League até a Copa São Paulo de Juniores, que nenhum time pode jogar em seu estádio por três vezes seguidas. A SEP fez os seus quatro primeiros jogos em sua arena.

Dizia o regulamento também que, caso fossem todos líderes, o pior classificado entre São Paulo, SCCP e SEP faria seu jogo de quartas de final fora da capital. Vimos o que ocorreu no final de semana.

Estava claro que a Federação Paulista de Futebol faria de tudo para que os jogos na nova arena fossem confirmados, visto a grande renda que tem dado desde a inauguração. O que me espanta é a passividade com que São Paulo, SCCP e santos assistem a esse descumprimento de regra, já que os pequenos mesmo, ficam de mãos atadas. Palmas para nossos dirigentes.

Página do Carlos Miguel Aidar – Curtam, comentem e compartilhem a página do nosso presidente no facebook:

https://www.facebook.com/pages/Carlos-Miguel-Aidar/745533575534551?ref=aymt_homepage_panel

Wagner Moribe

wmoribe@hotmail.com

twitter.com/wmoribe