Analisar o São Paulo tem sido missão tão árdua que peço licença ao caro leitor para fazer uso de um comercial de televisão, bem famoso, por sinal.

Por que a equipe de Muricy Ramalho não consegue repetir o mesmo desempenho do segundo semestre da temporada passada com praticamente os mesmos jogadores e o reforço de outros tantos? Pergunta lá no Posto Ipiranga.

Por que Ganso, nosso último sobrevivente dos camisas 10 clássicos, não consegue entrar na área, ter a dinâmica que tanto pedem e jogar um futebol coletivo? Vejam: visando a decisão de ontem, Muricy deixou o meia fora dos dois últimos jogos para lhe dar um “up”. Perrgunta lá no Posto Ipiranga.

Por que Luis Fabiano, mesmo jogando diante de uma zaga lentíssima com Caruzzo (30 anos) e Yepes (39), não conseguiu se colocar ao menos uma vez na condição que ele tanto gosta e já disse fazer um gol a cada duas bolas que recebe? Na mais clara que teve, acabou arrumando para Centurión marcou o gol que, por ironia, o juiz anulou. Pergunta lá no Posto Ipiranga.

Por que os dois laterais do São Paulo, Bruno e Carlinhos, ambos pedidos de Muricy, ainda não encontraram seu futebol nesta temporada? Pergunta lá no Posto Ipiranga.

Por que a cabeçada de Michel Bastos, após a melhor jogada do time com um minuto de jogo, não entrou? Pegunta lá no Posto Ipiranga. E por que, então, o São Paulo conseguiu fazer um gol salvador, aos 43 minutos, após um cruzamento do já citado Carlinhos e com a mesma cabeça de Michel Bastos? Melhor perguntar lá no Posto Ipiranga…

Marcio Porto, jornalista do Lance! que cobre o SPFC.