Aidar se posicionou! Há poucas semanas, expliquei a divisão interna que hoje pode ser simbolizada entre Ataíde Gil Guerreiro, Vice Presidente de Futebol e Douglas Schwartzmann, Vice Presidente de Marketing e Vice Presidente de Comunicação. Sim, este último acumula duas Vice Presidências. Douglas, não por acaso, é o homem mais próximo de Aidar. É o mais ferrenho defensor de Aidar e foi o mais intenso guerreiro contra Juvenal e sua trupe inclusive enfrentando e minando outros diretores e cardeais que não seguem sua cartilha radical de quem não é amigo, é inimigo e deve ser limado.

Depois de passado o clima mais intenso da briga entre Juvenal e Aidar, um grupo crescente de pessoas no São Paulo deseja ver a paz interna e que se foque em fazer crescer novamente o clube. Com isto, pessoas de bom senso começaram a costurar a paz entre os grupos tentando aproximar Aidar e Juvenal mesmo que por uma trégua política. Ataíde era um dos cabeças.

Douglas ao contrário, passou a exigir que quem estivesse em cargos no clube, manifestassem apoio expresso e irrestrito à Aidar e que não se admitiria ouvir trégua, paz ou aliança com grupos oposicionistas. Douglas, motivado por manter Aidar no poder e conseguir a reeleição e após, se firmar como liderança para sua própria candidatura, passou a atacar e combater os outros nomes fortes do clube.

Após o trabalho reconhecidamente bem feito de Ataíde e sua equipe na montagem e limpeza do plantel na janela, Douglas viu que perdia espaço e resgatou o problema político para renascer a desavença e novamente subir no ringue justificando que Muricy, Ataíde e os jogadores tinham relações com o grupo de Juvenal e que seriam varridos se assim continuassem.

Outros diretores, conselheiros e pessoal aliado de Douglas, passaram a pressionar, agirem no dia a dia em tudo que poderiam para destruir o clima interno do clube atingindo o grupo e a comissão técnica. Atingindo assim, enfraquecem Muricy e ao mesmo tempo vão minando Ataíde. A aproximação com as Organizadas exigindo pressão no treinador e no trabalho foi apenas uma ação. Entrevistas cobrando o grupo e o treinador caíram como uma bomba.

A falta de bons resultados, de Muricy encontrar um time e de treinamentos táticos satisfatórios que resultem em um bom futebol, o problema de saúde e os métodos ineficazes sem lideranças em campo, só contribuem, contribuíram e prejudicam ainda mais tudo. Gera a margem e irrita a todos.

A política de preços estapafúrdios, sistema vergonhosos de compra de ingressos, sócio torcedor mambembe que só fica em promessas e sem respeito aos associados e novos interessados, as derrotas com futebol inexplicável ante ao Corinthians, declaração dos jogadores e de Ataíde, acabaram por criar um distanciamento ainda maior entre clube e torcida.

Some à tudo isto, uma gestão baseada no nepotismo, indicados incapazes e incompetentes, parentes e amigos em cargos estratégicos, os resultados são indignos. Sem patrocínio, escândalos, falta de confiabilidade. Guerra, presidente e diretores nos corredores criticando treinador e dando indiretas, mandando ameaças ao mesmo tempo que o clube deve dinheiro aos jogadores. O que mais querem para um grupo destruído?

Ou seja, notem, patrocínio e dinheiro ao clube não trazem. Não trabalham para melhorar a vida do torcedor, aproximar o clube do seu torcedor, dar condição de comprar ingresso decente, plano de sócio que preste etc. Mas detonar o trabalho dos outros, somado à incompetência de Muricy em dar padrão e liga ao time, rachando politicamente e destroçando ainda mais o clube, fazem. No fim, só pensam em si.

Após o jogo contra o Corinthians, um grupo passou a “rodar os corredores do Morumbi” afirmando que torcem para que sejamos eliminados logo na Libertadores para que o São Paulo se veja livre de Muricy, Ceni, Ataíde e Luis Fabiano. Este é o projeto de um São Paulo forte, novo e profissional planejado por Aidar? Esse é o famoso #JuntosSomosMaisFortes que o twitter, facebook  e mídias tricolores lançam constantemente?

Esse racha com torcida, pressão interna do dia a dia, péssimo comando técnico de Muricy, descrença dos atletas no projeto da presidência que critica os atletas e joga a torcida contra o time, falta de apoio e problemas com pagamentos, só aumentam a instabilidade e deixam os jogadores ainda piores para as preparações e para os jogos. Muricy só fala de interferências ocultas no trabalho ao invés de parar dar dar rachão e treinos físicos. Jogadores não entendem critérios e não se entendem em campo. Sem a liderança de fechamento do grupo feita anteriormente por Kaká e de raça feita por Alvaro Pereira, hoje, o São Paulo sofre com a ausência de Ceni que só aparece nas preleções já ouvidas mil vezes, no egoísmo de Luis Fabiano e na timidez de outros atletas.

Vendo o clube à deriva, Aidar preferiu se omitir no primeiro momento. Queria ver Muricy fraco e fora do comando técnico. Queria outro nome. Não é à toa que conversava com o staff de Sampaoli. Mas, na última 5ª feira, algo ocorreu: Muricy, Ceni e os jogadores, fizeram questão de comemorar o aniversário de Ataíde e fecharem a “festa” após a vitória contra o São Bernardo somente com quem era de confiança. Além de Ataíde, não havia mais nenhum cardeal e muito menos Aidar.

O presidente quis entender porque havia este fechamento ainda mais depois do pagamento dos direitos atrasados. Ouviu: “Ninguém acredita, confia ou respeita o Sr. entre comissão e jogadores. Somente em Ataíde. Isso nunca aconteceu antes.” E Aidar perguntou: “Antes?” A resposta: “Sim, com Juvenal isto nunca aconteceu ou aconteceria de deixar diretores, vp’s e outros meterem o dedo no futebol e tentarem derrubar o time e Ataíde para ascenderem. O salário não atrasaria, custasse o que fosse”.

Foi a gota d’água para Aidar que ficou revoltado ao ver seu grupo idolatrando seu maior inimigo. Na 6ª pela manhã, ligou para Ataíde e convocou uma conversa. Sozinhos, ouviu de Ataíde as inferências, interferências e tentativas de boicotar o grupo. Aidar ouviu de Ataíde que era questão de tempo até explodir o grupo e na imprensa, os jogadores, treinador etc afirmarem que o time sucumbiu pelas pressões internas e recairia sobre o colo do presidente que não deu apoio ao grupo, ao treinador e ao VP de futebol. Ali, Aidar decidiu o que aplaudo: saiu de cima do muro ou do lado de quem quer derrubar o futebol e assumiu apoio ao grupo e ao treinador. Encerrou as conversas fiadas, selou o destino de Muricy que agora não terá mais desculpas e dos jogadores. E seguiu:

Logo depois, convocou Douglas e exigiu uma Nota Oficial de apoio no Site Oficial à Muricy. O que significava apoio à Ataíde também, único contrário à demissão do treinador. Douglas tentou argumentar e ouviu de Aidar que quem mandava no clube era ele e enquanto ele fosse presidente, seria como ele quer. E informado por Ataíde das pessoas falando abertamente que torciam contra, que muitos estavam intimidando e agindo onde ele nem queria ver ou ouvir gente de fora, Aidar foi direto no ponto e ligou para Edgard Galvão que é próximo dele mas é outro que quer tomar conta do futebol. Aliado de Douglas, contam o tempo e fazem de tudo para derrubar o time e consequentemente Ataíde que reage cada vez mais agressivo na defesa do grupo.

Ah, então resolveu tudo? Claro que não. Muricy por sua vez, Ceni, Luis Fabiano etc estão devendo. Como lideranças, estão sucumbindo às pressões e pensando em si e não no grupo, no clube. Está faltando brio e aquela luta de cada um para fazer mais e melhor. Muricy precisa acordar. 3-5-2, 4-4-2, 4-2-3-1, seja o que for, retranca, chuveirinho etc. Precisamos criar um estilo de jogo, uma forma de atuar que dê estabilidade e segurança e crie essa confiança nos atletas. Centroavantes não pegam a bola, o time toca sem objetividade, erra e toma gol. Essa é a tônica. Isso precisa mudar do lado intra futebol.

Do lado de fora, a palhaçada parece que vai acabar. Ataíde não tem a força e poder que teve Juvenal na época do Tri. Não consegue proteger o futebol como fazia antes JJ. Ao mesmo tempo que o futebol é ridículo e contribui para falatório. Mas, ao ver que mesmo após a nota, tinha gente ainda falando e provocando, Ataíde ligou para Aidar que aceitou falar com a TV e gravou uma matéria em que dizia claramente: “Muricy fica mesmo caindo na Libertadores”. A frase pegou firme nos diretores que contavam com isto para pressionar Aidar. Agora, estão sem saber o que fazer. Ataíde agradeceu Aidar e cobrou reação de Muricy e do grupo. O que era preciso, ele fez. Agora, é com eles.

Neste sábado, Muricy e Aidar conversaram. Muricy disse tudo. Ouviu de Aidar que não ouça nada e que comunique Ataíde que agirá com ele a respeito. Quando Muricy reclamou mais e Aidar avisou que terá sim seu apoio mas que quer mais futebol, Muricy só disse que quer paz para trabalhar e que ele sabe que não terá perdão da torcida se o time não reagir. Afirmou com todas as letras que ama o São Paulo e que ele fará de tudo para reerguer a equipe, que ninguém sofre mais que ele. Aidar e ele se acertaram e a única coisa que saiu ao final no sorriso de Aidar foi: “Seremos campeões juntos e riremos de tudo isso”.

Na minha opinião, não tem lado certo, TODOS estão ERRADOS. Afinal, ninguém está pensando no clube. E isso é o que mais me agonia, entristece e desola. O clube tem gente que quis assumir o poder mas não as responsabilidades. Querem o bem bom mas não querem o fardo. Querem o status mas não o labor. Querem ser mas não fazer. Querem subir. Mas quem afunda, é o São Paulo!

Agora, veremos se o trem voltou aos trilhos mesmo. E que o time se encontre, que nossa fé conduza o time. Que a moeda caia em pé neste ano e que o time renasça!

O clima, o espírito e a forma como jogamos contra a Ponte, a virada, a luta, é isso aí.

Ah, era a Ponte. Ok. É time de Série A, vinha de 9 jogos invicta e jogava em casa contra nosso time reserva. Então, desvalorizar, não!

Vamos São Paulo! Reage, São Paulo!

Joaquim Levy e a dívida dos clubes. O botafoguense Levy disse:

“Pode não ser a postura do governo, mas, por mim, os clubes poderiam quebrar. Até se fosse o Botafogo”

Perfeito!

Enquanto isso…Para quitar os direitos de imagem dos jogadores, Aidar fez empréstimo em bancos. Recorreu àquilo que mais criticou Juvenal por fazer. No fundo, percebe que governar um clube como o nosso, não basta sorrir e dar entrevistas, precisa trabalhar e mostrar serviço.

Pearl Jam no Morumbi. Confirmado show em Novembro. Mais din din mas em uma época perigosa pois é reta final de brasileiro e perderemos “o mando”. O aluguel foi vencido mas cobramos menos que Arena Palestra para isto. Boa notícia!

Alexandre Zanquetta

alexandrezanquetta@uol.com.br

twitter.com\blogdosaopaulo

www.facebook.com\blogdosaopaulo