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Estádio Cícero Pompeu de Toledo. O templo sagrado da nação são-paulina com seus quase 55 anos acumula glórias do Tricolor Paulista e diversos momentos marcantes da história do futebol brasileiro.

No entanto, o que se ouve sobre o estádio nos últimos anos não diz respeito ao futebol em si. Reforma. Essa tem sido a palavra que paira sobre a cabeça daqueles que administram a gigante casa Tricolor. Muito se leu recentemente sobre os diversos projetos e, inclusive, algumas pequenas reformas concretizadas, sendo a mais recente a do gramado, com fim no último mês de fevereiro.

Essa coluna tem 2 simples objetivos. Questionar as reformas que já foram feitas e gerar o debate com o torcedor sobre a “grande” reformada planejada há tanto tempo e longe de ser executada. Vamos por partes.

As obras feitas no Morumbi, deixando de lado essa última no gramado, trouxeram inovações como as novas cadeiras de arquibancada, numerada, cativa e camarote, a padronização dos assentos na cor vermelha, a reforma de banheiros e estrutura no setor das numeradas e… e o que mais? O torcedor de arquibancada que é responsável por 80% de presença em todos os jogos não ganha nada? A realidade é que quem frequenta arquibancada ainda enfrenta problema primários como dificuldades no acesso ao estádio devido a estrutura precária dos anéis do Morumbi, lanchonetes que não aceitam cartão e oferecem péssimas opções, banheiros sujos e mal cuidados, falta de proteção em casos e chuva e sol extremo, entre outros. É oferecendo isso que turma do Sr. Carlos Miguel Aidar e cia. pretende atingir 100 mil sócios?

A torcida são-paulina não é muito exigente nesse quesito. A maioria dos torcedores sabe e conhece de longa data as dificuldades de acesso a região do estádio, na extrema Zona Sul de São Paulo e ainda assim comparece em bons números ao longo do ano. O que a torcida pede não é muito. Talvez uma cobertura simples satisfaça grande parte da massa. Não queremos arenas super modernas e inovadoras. Queremos o mínimo de respeito. O mínimo de decência, que vai desde o momento da compra do ingresso, seja online ou presencial, até o ponto de poder assistir um jogo com tranquilidade em dias de chuva.

Não me deixo iludir pela mídia que tanto exalta torcidas dos nossos rivais. Tenho absoluta certeza que poucos são tão apaixonados quanto nós são-paulinos. Só precisamos de uma pequena ajuda, um pequeno incentivo de quem tem o poder para mudar o atual cenário. O pedido a diretoria não é só meu, é de grande parte dos torcedores que gostaria de frequentar nossa casa com mais frequência. Diretoria, deem atenção a esses torcedores. No fim, quando todos os outros abandonarem, serão esses que estarão lá gritando alto e batendo no peito, faça chuva ou faça sol.

Gustavo Pereira