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Caros amigos,

Antes apenas lia as notícias deste site, mas devido as últimas repercussões da derrota para o time sem cor, resolvi criar um “post”.

Enfim, vamos ao texto.

Coloquei o título  para provocar a discussão e lembrá-los de quem era o mestre antes de sua segunda passagem pelo SPFC.

Na época, Telê tinha conquistado um título brasileiro, alguns estaduais entre outros títulos sem expressão, e carregava a fama de “pé frio” devido alguns insucessos como a copa de 1982. Porém foi acolhido no SPFC e iniciou seu trabalho num time até então desacreditado e sem tanta tradição (até chegava, mas não levava).

Seu primeiro resultado foi o vice campeonato brasileiro, perdendo justamente para quem? Sim, para o time sem cor.

Após isto, em 1991 ganhou o Paulistão e depois o Brasileiro levando o nosso tricolor novamente a Libertadores.

Primeiro jogo, o time vai a SC (minha terra natal) e leva 3 x 0 do pequeno Criciúma. Vai para o segundo jogo, ganha por 3 x 0 do São José da Bolívia e no terceiro jogo empata com o mediano Bolívar. Consegue a classificação sendo o segundo colocado no grupo, atrás do Criciúma, mas se redime, vence e segue rumo ao primeiro título continental e intercontinental.

E tudo isso com Ronaldão na zaga…

Pois bem, aí imagino, se tivesse internet naquela época?

Quando perdemos o título de 90 para o Corinthians iriamos ler vários comentários “vaza Telê”, “técnico pífio e ultrapassado”.

“Ah, mas em 92 o Telê tinha ganho um ano antes o Paulista e o Brasileiro”. Pois aí lembro o ano de 2009, o SPFC era tricampeão Brasileiro e iniciava novamente a busca pelo tetra na libertadores. Passamos sem sufoco a primeira fase, mas o time não empolgava, fomos direto para as quartas devido a gripe suína que afligia o México e eliminou os times mexicanos da competição, perdemos para o Cruzeiro (as marias comandadas pelo nosso amado Adilson Batista).

Confesso, também achei que era a hora de Muricy sair, até ele mesmo achou que era a hora. Pois eramos tri Brasileiros, mas isso não nos servia, “do que adianta ter o morre-morre, só ganhamos Brasileiros”, e assim imergidos na nossa arrogância, mandamos Muricy ir procurar seu rumo e veio um tal de Ricardo Gomes, técnico que não tinha ganho nada, mas tinha o perfil e a grife “européia” e quase faturou outro brasileiro, pois “acho que o time ainda tinha a alma do Muricy”.

Veio 2010, chegamos a semifinal da libertadores e encontramos o maldito Internacional, perdemos novamente “pois não tínhamos o clássico camisa 10” e lá se foi Hernanes para a Itália sendo Bi Brasileiro mas sem nenhum título de expressão.

Neste mesmo ano de 2010, Muricy ganharia mais um brasileiro e Ricardo gomes seria demitido. Em 2011, Muricy levou o tal de Santos, depois de quase 40 anos a ganhar a libertadores e o tal Ricardo levou o Vasco ao título da Copa do Brasil, e nós amargando no Brasileiro com uma série de troca de técnicos.

Em 2012 nós enfim ganhamos algo, uma sul-americana e veio 2013, onde todos sabem o que houve.

Li no início deste ano o livro sobre a história do SPFC, que sempre foi de altos e baixos, insucessos e sucessos, treinadores que sofreram muito e depois receberam a redenção.

Meu time é o melhor do país, mas a torcida não acha isto, a “soberba soberana” do são paulino faz crer que perder para o time sem cor é a pior coisa do mundo, pois nosso time não perde para os outros e sim para sim mesmo.

Se perdermos a libertadores neste ano, quem sabe vem o Brasileiro, a Copa do Brasil (mesmo que desprezada por 90% da torcida que acha o campeonato sem classe).

Meu time é o maior do país, está entre os maiores do planeta, mas a humildade deve prevalecer.

O SPFC só sairá da lama quando acordarmos e apoiarmos incondicionalmente este time. Temos que cobrar sim, olhar o passado para não errarmos no presente e não buscando as soluções que em outrora funcionaram.

Pois bem são paulinos, quarta-feira tem jogo, o nosso melhor técnico está no céu, o segundo melhor está a frente da equipe, nosso maior ídolo no gol, um dos maiores goleadores no comando do ataque, e no meio está o último “clássico camisa 10” em atividade que tanto pedimos, e na arquibancada, quem estará?

Só para concluir, Telê antes do SPFC era +-, o SPFC antes do Telê também era +-, os dois juntos se tornaram o que são, se complementando, simples assim, sem essa de que meu time é maior que o técnico ou o técnico é maior que o time.

Para um ganhar, todos os outros times tem que perder.

 

Abs,

 

Gilberto Hugen