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Os tempos estão conturbados.  Após um vice-campeonato brasileiro que nos encheu de esperanças, uma janela de contratações orquestrada com maestria pelos dirigentes do futebol, Ataíde Gil Guerreiro e Gustavo Oliveira (Este mesmo que a torcida organizada esquece-se de lembrar que é sobrinho de Raí), A conquista do Tetra da Taça Libertadores virou uma obsessão quase doentia, principalmente no aniversário de uma década do Tri.

O destino, sempre cruel, nos botou no grupo da morte. Pouco importa. O São Paulo nunca teve medo de desafios. O que é um grupo da morte perto da diferença absurda que existia entre o São Paulo e os irmãozinhos Corinthians e Palestra Itália na década de 30? Vencemos a duplinha, nos colocamos no nosso lugar de direito como herdeiros do CA Paulistano: No topo do Futebol paulista, brasileiro e mundial.

Contudo, nossos atuais comandantes esqueceram quem somos. Uma escalação pra lá de covarde nos custou à derrota na estreia. Derrota que foi muito mais dolorida pelo seu valor simbólico de primeiro Majestoso na Taça Libertadores do que pela tabela em si. Restam 5 jogos, entre eles o confronto contra os marginais sem cor no Morumbi. A classificação está ao nosso alcance.

Porque então, o medo e a desconfiança então rondam a massa tricolor? A resposta é simples: Nossos condutores estão perdidos, e o bonde anda desgovernado. A arrogância do técnico, Sr. Muricy Ramalho só é comparável as intrigas em que o presidente do clube, Sr. Carlos Miguel Aidar arma para o derruba-lo. Estes senhores, que bravejam a todos os lados que “Converso com quem quiser” e que “ No pior dos casos eu vou pra minha casa no mato e o mundo que se exploda”, que se aliam aos mais desprezíveis seres que tem a pachorra de se dizerem são paulinos, a Torcida Independente,  estão dando uma aula de desrespeito a nossa história. Uma aula de como botar o SPFC em segundo plano. Algo que para todo são paulino de verdade, é mais que revoltante, é imperdoável.

Imperdoável porque o São Paulino não pode esquecer quem somos e quem são nossos heróis. Somos fruto da vontade de Friendenreich, maior artilheiro de todos os tempos até que se prove o contrário, e seus companheiros de não verem o seu clube ruir. Somos herdeiros de Leonidas da Silva, Bauer, Sastre, Rui, Noronha, Mauro, e tantos outros que deram ao futebol paulista o seu melhor presente: A volta do clube verdadeiramente brasileiro ao topo, o retorno incontestável do filho do CA Paulistano e da AA das Palmeiras ( A Palmeiras original, não esta copia de mal gosto dos italianinhos) ao lugar em que nunca deveríamos ter saído.

Que Aidar e Muricy vão estudar a historia do São Paulo, pois estão precisando. Precisam aprender o que significa ser o clube da Fé. Precisam aprender como saímos do berço de ouro para apenas 11 camisas e, com muito esforço, recuperamos nosso posto. Aidar e Muricy precisam aprender com Porphirio da Paz, que deu sua casa e todos os seus pertences para que o São Paulo não deixasse de existir, e que chorando saiu de sua casa penhorada cantarolando “Salve o Tricolor Paulista, amado clube brasileiro”. Que aprendam com Monsenhor Bastos, que abrigou o time quando não tínhamos nem sequer gramado, e que aprendam o que significa ser “Deus no céu, São Paulo na Terra”.

Muricy e Aidar hoje mais lembram os homens de pouca fé, que em 1934 renderam o clube as forças malditas da federação paulista e nos tiraram tudo que era nosso. Homens de pouca fé que arrancaram o São Paulo do seu berço de ouro e o lançaram a desgraça do esquecimento, até que os verdadeiros são paulinos trouxeram de volta a memória do clube em 1935, sem mais do que 11 camisas, e trilharam o caminho do qual tanto nos orgulhamos: das 11 camisas ao reis do Pacaembu. Dos Reis do Pacaembu ao Morumbi. Do Morumbi ao Hexa Brasileiro e Tri Mundial.

Se nossa diretoria e comissão técnica esqueceram o que é ser São Paulo, nós não podemos cometer o mesmo erro. Eu proíbo a todos os são paulinos que esqueçam quem são nossos heróis. Que Muricy e Aidar se botem no seu lugar, e que trabalhem de forma correta e retribuam ao SPFC tudo o que este clube já proporcionou a eles. Sem arrogância, sem truques sujos, sem manipulação de pessoas e declarações com mil significados a imprensa corintiana.

Pois se eles esqueceram o que é ser São Paulo, nós não esquecemos. E jamais esqueceremos.

Lucas