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28 de março de 2001.

Um pequeno público foi ao maior estádio, construído com recursos próprios, de todos os tempos.

A partida era válida pela primeira fase da Copa do Brasil.

O adversário era o Botafogo da Paraíba.

Uma semana antes tivemos a chance de eliminar a necessidade do jogo de volta.

Tinhamos falhado.

A vitória fora conquistada com um gol de Julio Baptista, no final do jogo, aos 39 minutos do segundo do tempo.

Apesar disso o clima era positivo.

Algumas semanas atrás a conquista do Torneio Rio – São Paulo tinha sido um sinal de que a equipe estava no rumo certo.

Eram os tempos do técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão.

O Tricolor vinha quase completo.

Sem Rogério Ceni no gol, entrou Roger.

O primeiro gol não demorou a acontecer.

Aproveitando de uma cobrança de falta, Luís Fabiano marcou de cabeça aos 12 minutos.

Mais 4 minutos, França fez, de pênalti, 2 a 0.

Aos 15 minutos, França, novamente, 3 a 0.

Ainda deu tempo, para Luís Fabiano voltar a marcar, 4 a 0.

No intervalo foi desolador ouvir a entrevista do goleiro da equipe paraíbana, Davi.

Com olhos assustados, ele reclamou de sua defesa: “…deixar os jogadores do São Paulo sozinhos é meio gol….

Errado, eram 4 gols.

Pois é, e foram mais meia dúzia de gols no segundo tempo.

França aos 30 segundos, 5 a 0.

Seguiriam marcando, Júlio Baptista, aos 20, Gustavo Nery, aos 24, Kaká, aos 34, novamente Júlio Baptista, aos 39 e Fabiano Souza, aos 45.

Ao final, 10 a 0.

E mais uma entrevista do goleiro Davi.

Acontece, futebol é uma caixa de surpresa.

Certamente o melhor seria ter sido eliminado ainda no primeiro jogo.