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Nesta semana, algumas considerações – “levianas” ou não – sobre assuntos que cercam a vida do nosso maior do mundo, o gigante em três cores sem igual. E esclareço que “leviano”, aqui no condado, refere-se àquilo que não é pesado. Coisas da linguagem popular de um lugarejo simples, este que habito à sombra do sossego (#SQN!) e sob as bênçãos do Altíssimo (#SQS!). Registro feito, não me entendam mal, portanto… (rs)

Como sempre, vamos por partes, com o assunto dividido por tópicos.

Internamente: FOGO!

Ao que parece, o ambiente interno ferve. Fogo amigo, dizem uns. Como existe e queima, fere, amigo não é. Outros ainda afirmam ser parte de um jogo político normal dentro de uma instituição do tamanho e proporção do São Paulo. O escriba não entende quase nada do que chamam de “articulação política”. Na minha simplicidade, não consigo compreender certas coisas. Coloco à frente disso os meus valores, preceitos fundamentais de que não abro mão. Coisas que considero imutáveis, como os conceitos de “certo” e “errado”, por exemplo. Afinal, tudo me é permitido, mas nem tudo é correto ao ser feito. Nem tudo que é legal é certo, de acordo com convicções e visão de mundo que temos. E eu não conseguiria me despir desses princípios ao adentrar as dependências sacrossantas do tricolor. Por isso digo que não compreendo isso de “articulação política”. Vamos adiante…

Achei que Aidar havia mudado o comportamento ao colocar – corretamente, embora com atraso – um ponto final na discussão com o presidente do Palmeiras. Questão de cordialidade e cavalheirismo, características elementares no trato entre dois presidentes. Mas… De novo, Aidar?

A cobrança de resultados feita pelo presidente via imprensa tem tumultuado o ambiente tricolor. Jogadores teriam ficado incomodados com as palavras do mandatário. O técnico também. A cobrança deve existir, óbvio. Mas me estranha o fato de Aidar, um sujeito instruído, não compreender/levar em conta uma das premissas àqueles que comandam: “Elogie em público. Cobre em particular”. Elementar. Quer quebrar o pau? O faça, mas de cara limpa e “intramuros”, sem intermediários que, do conto, sentem prazer orgástico ao aumentar alguns pontos. Fazer diferente disso é baixar o moral da tropa e, no mínimo, sabotar o subconsciente de todos os companheiros de trincheira, que guerreiam lado-a-lado. É jogar aos leões! O que acontece com Aidar? Parece ter contratado para poder cobrar Muricy e os jogadores pura e simplesmente, não para fazer o time vencer. Parece… Desnecessário e improdutivo.

E o ano definitivamente começa!

A apresentação modorrenta ante o Vasco preocupou. O time acéfalo sem Ganso, mostrou os defeitos quase “seculares”. Assim como o jogo contra o Penapolense, com uma preguiça que não contentou ninguém e valeu somente pela vitória e os três pontos. Todavia, ontem, diante do Capivariano, o ano parece ter começado para os jogadores do São Paulo. Com várias mudanças no time titular – destacadamente Pato e Ganso –, o São Paulo enfim apresentou um melhor futebol. Com o meio-campo bastante criativo contando com Ganso, Michel Bastos e com Maicon inspirado, o São Paulo não deu chances de o Capivariano surpreender. Pato foi o maior destaque com 3 gols e algumas chances desperdiçadas. Deixou um recado claro à Muricy. Espero que o treinador entenda e pare de ser teimoso. Oremos! Kardec também voltou a marcar.

Constatações de obviedade ululante, mas que se fazem necessárias!

Não dá para escolher outro título. Ou será que dá? O(a) amigo(a) leitor(a) que decida. Senão vejamos:

  • Jogando com apenas um centroavante, o time fica muito mais leve, ágil, insinuante e veloz; Precisa desenhar, Muricy? Oremos, de novo!
  • Pato é um jogador diferente e que, portanto, precisa de um tratamento diferente dos demais. Isso não é ser injusto com os outros, pelo contrário. Sem fazer julgamentos depreciativos, é um sujeito que precisa de carinho. Mas como isso? Colocando-o para jogar, dando-lhe confiança. Para ele, Pato, este é o jeito certo de dizer “confio em você!”. Não me lembro de quem é essa frase que li nos tempos de universidade: “Tratar os iguais de maneira igual e os diferentes de maneira diferente”. Justo. O resto é “mimimi”.
  • Serei achincalhado agora. Não faz mal, pelo contrário, é parte do ofício: Maicon não é, definitivamente, volante. Nem primeiro, nem segundo e tampouco terceiro. É meia! Sinceramente, não acho que seja um jogador “pereba”. Fez bons jogos. Alguns deles em partidas consideradas grandes. Ou vocês não se lembram que ele liderou a demolição ao Corinthians em certa ocasião?! Está longe de ser craque, mas já vi muito jogador pior que ele jogando no São Paulo e sem a mesma conotação negativa por parte da torcida. Pode ser útil, como reserva de Ganso, por exemplo. Paremos de depreciar os nossos enquanto olhamos para a grama verde do vizinho! Falo por mim, porque já fiz muito isso.
  • Souza, definitivamente, faz muita falta ao time. E o time titular deve ter ele e Thiago Mendes como volantes. Talvez Wesley, quando este puder jogar. Porque Denílson em alguns momentos me parece muito mole, desliga-se do jogo, parece “correr errado” ou esquece de correr, deixa de marcar com as pernas para marcar com os olhos. O volante, em campo, é uma peça de opressão ao adversário! Geralmente nessas ocasiões abre-se um buraco no sistema defensivo do time, a zaga é sobrecarregada e o gol adversário sai. Podem reparar…
  • Ganso é craque. O São Paulo (qualquer time do Brasil, eu diria) é ele, o 10, e mais dez. Melhorou bastante o posicionamento, tem sido mais combativo e participado mais do jogo, mas exigir que ele “morda como um pitbull”, que sendo uma carpa jogue como um bagre, é dose! Chega a ser sacrilégio.
  • Michel Bastos. Sei que acabaram de contratar o jogador. Queiram, por favor, prolongar o vínculo. Vai dar o que falar e, certamente, será difícil segurá-lo por muito tempo.
  • Muricy tem, definitivamente, o melhor conjunto de atletas do futebol brasileiro.
  • “O freio é o do meio, Aidar”. Sempre será!
  • O Corinthians será (é, desde o final do Brasileiro/2014, pelo raquitismo futebolístico do atual Once Caldas) o último integrante do grupo do São Paulo na Libertadores. Teremos formidáveis duelos. Por favor, sem crise e sem papinho de “freguesia”. CORAGEM!
  • Por último: pouco se fala dele. Melhor assim. Breno ainda não é, de novo, um jogador de futebol. Contudo, reflitam comigo: o São Paulo deu o afago quando só havia a palmatória e uma pena a ser cumprida. Deu a ele dignidade, e a devida assistência para toda a família, ofereceu um contrato quando o rapaz enfrentava o purgatório em vida. Garantiu alguma renda para ele e os seus. Trouxe-o para o Brasil. Alguém duvida da maneira, do jeito com que Breno vestirá novamente a camisa do São Paulo? Alguém duvida que dará a vida, que o São Paulo lhe devolveu, em campo? Alguém duvida que voltará a ser ainda maior do que já foi, pelo São Paulo? Eu não! Que fique quietinho, na surdina, e fazendo o que deve ser feito.

Ao que tudo indica, Dória chegará e o elenco estará, enfim, completo

Sinceramente, não me lembro muito bem dele. Mas as opiniões sobre ele são boas, dizem que é forte na bola aérea pelo lado esquerdo, de modo que é preciso acreditar. Fato é que precisávamos de outro zagueiro. Breno ainda não está “ok” e certamente levará algum tempo para ficar pronto. Resta saber como Muricy armará essa zaga, que como todos sabemos, é um de nossos flagelos.

Em tempo: parabéns a Gustavo e a Ataíde, pelo bom trabalho realizado nesse início de ano. No futebol nada é garantido, pode-se ter feito tudo corretamente, de forma planejada e com execução exemplar, e o cenário todo mudar por uma noite ruim, mas esse é o caminho… Parabéns!!!

É isso! Bom início de final de semana para todos!

Valei-me, São Paulo!

Por: Paulo Martins