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“No Pacaembu, Nelsinho, contra, marca para o Palmeiras no finalzinho.”

Foi isso que eu ouvi pelo rádio.

Apenas isso.

Mais que suficiente para me preocupar.

O ano era o de 1986.

Estava em Fortaleza.

E a emissora local não estava transmitindo o jogo entre o Tricolor e o bicampeão da série B.

Apenas dava algumas notícias.

E nada do placar.

Foi sofrida a agonia de ter que esperar o “Gols do Fantástico”.

Naquela época a única forma de ver os gols do final de semana.

O que vi foi surpreendente.

Cá entre nós, como se fosse realmente algo inusitado.

Goleamos os alviverdes por 5 a 1.

Era 27 de julho de 1986.

Um espetáculo dos futuros campeões brasileiros.

Gols de Careca, Muller, Silas, duas vezes, e Sidney.

E enfim, o gol de Nelsinho, contra, o de honra (?), a favor da equipe do bairro de Sumaré.

Era a terceira vitória consecutiva em clássicos.

Semanas antes tinhamos passado por cima dos alvinegros do litoral e da capital por 2 a 1.

O título paulista não viria, por conta da Copa do Mundo daquele ano.

Tinhamos tido 8 convocados no começo do ano.

Pelo Brasil, Gilmar, Oscar, Falcão, Silas, Muller, Careca, Sidney e para a Celeste, Dario Pereyra.

Desfalcado durante boa parte da competição tivemos apenas lampejos, o suficiente para vencer os rivais, todos eles.

E até mesmo aplicar outro 5 a 1 na equipe que seria campeã estadual daquele ano, a Internacional de Limeira.

Em tempo, nas finais que reuniu os times que perderam por 5 a 1 para o Mais Querido, a equipe do interior passou por cima dos alviverdes.

Por: José Renato Sátiro Santiago