Mercado da Bola São Paulo FC: Vai&Vem 2015! 

Confira aqui o que significa a declaração de Ataíde e como está o mercado da bola do São Paulo FC:

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Mercado da bola, crise política, Libertadores 2015, e etc

Opiniões deste colunista sobre os principais acontecimentos da última semana:

Bastidores (ainda) em crise – Entrevista explosiva de Carlos Miguel Aidar na semana passada, para não fugir do habitual, com direito a resposta de Juvenal Juvêncio dois dias depois. Vamos por partes.

Primeiramente, de todas as bobagens já ditas ou feitas por nosso presidente nestes 8 meses iniciais de mandato, esse contrato com a namorada foi disparadamente a maior. Foi tão moralmente absurda, que eu creio que até ele percebeu a besteira. Para quem prega tanto a modernidade de gestão, a transparência e o fim da ‘feudalização’ do clube, esse foi um tiro no pé. Um erro para servir de experiência, e o qual eu quero acreditar que não será repetido.

Em segundo lugar, e mais grave, essa eterna guerra política interna. Já li, ouvi e assisti muitas entrevistas de Aidar e Juvenal desde o rompimento da relação. Já mudei e voltei de opinião muitas vezes. Difícil saber quem está certo, se é que existe alguém certo nessa história.

Minha atual opinião é a de que o principal motivo desta crise é realmente a ciumeira. Aidar assumiu a cadeira da presidência, viu coisas que lhe desagradou, e resolveu mexer no quintal cultivado por Juvenal nos últimos 8 anos. Com isso, os jardineiros do ex-presidente se irritaram, e tentam desestabilizar a gestão atual, contando inclusive com apoio de JJ.

Que fique claro, Aidar também tem sua culpa. Culpa por não conter a crise, por deixar externá-la. É ótimo ter um presidente que prefira mudanças teoricamente em prol do clube, do que criar raízes no poder em seu benefício. Mas não esqueçamos que o próprio Aidar já foi um destes jardineiros de Juvenal.

De tudo isso, a minha maior tristeza é ver como o São Paulo FC, outrora time de vanguarda, cada vez mais se encaminha para a mesmice da mediocridade dos outros clubes brasileiros. Ninguém pensa na instituição. A crise política só não afetou o time de 2014 por causa das vitórias. Vitórias blindam o time.  Basta ver que, por causa de conflitos muito menores, o time de 2013 quase caiu.

É torcer para que o próximo ano comece diferente, com os problemas internos se limitando ao gabinete do presidente. Não quero nem pensar nos efeitos negativos que uma derrota para o SCCP na Libertadores, ou uma eliminação no torneio podem fazer com o segundo semestre do São Paulo, caso a crise nos bastidores não seja abafada. Peço encarecidamente aos senhores engravatados de nosso clube, que pensem na instituição acima de tudo.

Thiago Mendes – Se o Uruguai é nossa fonte de craques na América do Sul, o Goiás é nosso provedor em território nacional.  Depois de Fabão, Josué, Danilo, Grafite, André Dias, Rafael Tolói e companhia, será a vez de Thiago Mendes dar continuidade a dinastia goiana no Morumbi.

Quando o São Paulo contrata um jogador que não conheço muito bem, tenho o hábito de consultar comunidades na internet do clube que o vendeu para saber a opinião da torcida sobre o atleta. No caso de Thiago Mendes, uns 80% da torcida esmeraldina lamentou a perda, o que é um ótimo índice, levando-se em conta que muitos dos que se dizem satisfeitos com a sua saída estão na verdade é com ‘dor de corno’.

E Thiago Mendes tem que ser bom. O Tricolor vai pagar R$ 6 milhões por 40% de um volante.  É o equivalente a um jogador de preço total de R$ 15 milhões. Quantos volantes no futebol brasileiro valem isso atualmente? Complicado. É confiar que os olheiros da direção são-paulina tenham acertado dessa vez, coisa que não tem acontecido mais com a mesma frequência dos tempos em que ‘descobríamos’ Miranda, Lugano, Cicinho, e etc.

Excesso de volantes – Denilson, Souza, Hudson, Maicon, Wesley, Thiago Mendes e Rodrigo Caio. Sete jogadores, a maioria certamente com a expectativa de ser titular em 2015. É preciso se desfazer de algum(s)…

 Breno – O discurso da diretoria é de que não conta com Breno como reforço, mas que esperará a recuperação plena do jogador e, caso isso aconteça em pouco tempo, pode até vir a jogar.

Espero muito que esse seja apenas um discurso para aliviar as expectativas da torcida e a pressão sob o jogador.

Porque Breno TEM QUE ser reforço. Ninguem desaprende a jogar bola do dia pra noite. Se fosse um jogador veterano, no final de carreira, aí tudo bem duvidar de sua capacidade ser a mesma que já foi um dia. Mas Breno é um garoto de 25 anos. A idade do auge físico de qualquer atleta.

Eu sinceramente acho que Breno estará em boas condições ainda no Paulista, e se eu fosse da diretoria, já renovaria o contrato do zagueiro, que expira em outubro.

Janela fechada – Tem gente dando o elenco do São Paulo como fechado para 2015, mas se esquecem que jogadores ainda sairão. A janela europeia ainda nem foi aberta, e os clubes asiáticos são possibilidades constantes.

Mas ao contrário do que ocorria até poucos anos atrás, hoje em dia os principais alvos dos clubes de fora são nossos jogadores medianos. Isso porque, com nosso futebol mais fortalecido pelas crescentes receitas e o nível técnico de nossas estrelas em baixa, dificilmente surge alguém que desperte interesse de Barcelona, Real Madrid e etc.

Dessa forma, nossos jogadores mais visados acabam sendo os jogadores sem tanto destaque, que eventualmente viram alvo dos mercados emergentes (China, Catar, Ucrânia, Rússia, etc).

Por isso, acho bom a diretoria Tricolor ficar atenta, e não deixar de observar o mercado, pois tem atleta do elenco que certamente receberá proposta.

São palpites deste colunista, e não informações. Jogadores como o Édson Silva, por exemplo, que fez um bom campeonato brasileiro e que nunca jogou fora, pode chamar a atenção de fora e querer sair para fazer seu primeiro pé de meia da vida. O mesmo vale para Denilson, que também fez um ótimo segundo semestre, e para outros com menos destaque como Paulo Miranda e Maicon.

 Ademilson – Será que não vai vir proposta de fora? Será que já descobriram que aquele atacante que faz gols na seleção de base é uma mentira? O São Paulo tem que vender logo, assim como fez com Henrique e Bruno Uvini, por exemplo, negociados sob a ilusão de boas atuações na sub-20.

Wagner e Guilherme – Se chegamos a sonhar com Hernanes, Conca e Wellington Nem, melhor aceitar Wagner e Guilherme antes que acabemos com Osvaldo e Ademilson mesmo. Os atletas de fluminense e atlético MG estão em pauta no Tricolor, segundo informações deste blog. Aprovo e muito os dois nomes, embora a contratação de ambos signifique uma superlotação no setor de meia-armadores.

Wagner chegou ao Fluminense em 2012, em uma época que o São Paulo precisava de um jogador para a posição. Lembro dos jornais da época informarem que Juvenal não teria aceitado pagar 1,5 milhões de euros pelo atleta. Acabou trazendo o Jadson para a função. Wagner foi ótimo no cruzeiro e variante entre bom e razoável no fluminense. Vale o esforço, ainda mais porque podemos sair ganhando em uma eventual negociação com o falido time carioca.

Guilherme também teve seu melhor momento no cruzeiro. No atlético MG, vive mais no departamento médico do que em campo. Mas também marcou seu nome na história do galo. É bom jogador, e tem a vantagem de ficar sem contrato já no primeiro semestre de 2015.

Seja quem for, precisa chegar alguém para o setor.

Puma x Under Armor – A informação era de que o São Paulo está fechado com a Under Armor. Mas uma nota oficial da Puma relatou a presença de um compromisso assinado entre empresa e clube para que ela passasse a fornecer material esportivo a partir do ano que vem.

Carlos Miguel Aidar, ao que nos consta, é um renomado advogado. Mas difícil crer que uma empresa do tamanho da Puma venha se expor em público sem ter a certeza do que alega. Confio no presidente, mas sempre com um pé atrás. Espero que não prejudiquem (novamente) o nosso Tricolor. E além disso, segundo matéria do Globoesporte.com da sexta-feira, a Penalty diz que não aceitará a rescisão contratual sem pagamento de multa. É esperar para ver…

San Lorenzo – No mundial mais fraco pelo menos desde 2004, quando tivemos Once Caldas e Porto na final, sabugada no San Lorenzo. Nosso adversário na primeira fase da Libertadores sofreu para vencer o glorioso Auckland e tomou um passeio do Real Madrid. Para provar que o título continental foi mais um dos acidentes que vem ocorrendo no torneio desde 2012.

E por falar em Once Caldas, este será o possível quarto integrante do grupo do São Paulo. Um time aparentemente bem mais fraco do que o Santa Fé. O que é pior para nós, pois fica a certeza ainda maior de que teremos clássico paulista na primeira fase da Libertadores.

Nove anos do tricampeonato – No último dia 18 de dezembro, celebramos o aniversário de 9 anos de nosso terceiro título mundial. A primeira e última vez (até agora), que o futebol me fez chorar. Obrigado Rogério Ceni, Fabão, Lugano, Edcarlos, Cicinho, Mineiro, Josué, Danilo, Júnior, Amoroso, Aloísio e Autuori. Obrigado, São Paulo Futebol Clube!

Página do Carlos Miguel Aidar – Curtam a página do nosso presidente no facebook:

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Wagner Moribe

 wmoribe@hotmail.com

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