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A década de 1960 ficou marcada para o futebol brasileiro pelo grande domínio do Santos de Pelé.
Durante este período o Alvinegro da Vila Belmiro conquistou todas as edições do campeonato paulista, com exceção de 1963 e 1966.
Foram poucas derrotas.
Por goleada, então, menos ainda.
Agora surras, mesmo, raríssimas.
Com direito a fuga de campo e tudo mais apenas uma.
Coube ao Tricolor impor ao Santos de Pelé a sua situação mais vexatória.
Ela aconteceu em 15 de agosto de 1963.
Naquele dia, o São Paulo entrou em campo com Suli, Deleu, Bellini e Ilzo; Dias e Jurandir; Faustino, Martinez, Pagão, Benê e Sabino.
Já o grande Santos, que seria bicampeão mundial pouco mais de dois meses depois, entrava com todo o favoritismo e escalado com Gilmar, Aparecido, Mauro e Geraldino; Zito e Dalmo; Dorval, Lima, Coutinho, Pelé e Pepe.
O estádio era o Paulo Machado de Carvalho, o mesmo que anos antes tinha presenciado o mesmo goleiro Gilmar e todo o time corintiano, correr atrás de Maurinho, após ser inapelavelmente vencido por 3 a 1, nas finais do Paulista de 1957.
Logo aos 5 minutos, Faustino abriu o placar para o Tricolor.
Para o Santos, isto não era nada.
Pelé igualou a partida aos 21 minutos, 1 a 1.
E logo os alvinegros partiram para a virada…
Esqueceram de avisá-los que quem estava do outro lado era o São Paulo.
Em 5 minutos, aos 37´ e 40´, Benê e Sabino marcaram e ampliaram para o Tricolor, 3 a 1.
O futebol do São Paulo atordoou os santistas, e Pelé e Coutinho foram expulsos por reclamação.
Veio o segundo tempo e Aparecido, jogador santista, sequer voltou a campo.
Prenúncio que algo já tinha sido planejado.
O Santos entrava com 8 jogadores em campo.
Aos 7 minutos, Pagão, ex ídolo santista marcou o quarto gol do São Paulo.
Até que veio o maior papelão que uma equipe pode fazer.
Pepe e Dorval começaram a simular contusões.
O atual campeão mundial mostrava ao mundo que sabia ganhar, mas perder…
O árbitro precisou acabar a partida no principio do segundo tempo por falta de jogadores santistas.
Uma vergonha para aqueles que amam o futebol.
Para o Santos de Pelé, bem? Melhor mudar de assunto, não é mesmo?
Para o São Paulo, apenas mais uma lição de que jogo se ganha em campo.

Por: José Renato