eusebiocup

Nos últimos dias vimos dois dos principais clubes brasileiros irem além dos domínios brasileiros em busca de expansão e internacionalização de suas marcas e de valores astronômicos das cotas televisivas pela cobertura dos eventos transmitidos para muitos países do globo,  além de mais canecos para a galeria de troféus. O que foi esquecido na verdade foi o mais básico: apresentar um produto de qualidade ao mundo, ou seja, jogar futebol. É bem verdade que o São Paulo venceu o português Benfica, pela Eusébio Cup, mas é extremamente pouco para as expectativas nacionais e, por que não, as expectativas do público internacional. E assim, é inevitável questionarmos: em determinados momentos, vale a pena excursionar mundo afora?

Primeiramente, o que é preciso ser bem entendido e consequentemente praticado é o posicionamento das marcas desses clubes aqui no Brasil: há um real entendimento de onde se está ( e onde se quer chegar) aqui no Brasil? Quem são os consumidores? Estou atingindo-os de forma eficaz? Há satisfação? O trabalho é feito de forma coesa para podermos vislumbrar voos maiores? Falando de performance, é necessário principalmente entender o momento vivido pelas equipes, se há possibilidade de, com a participação brasileira, proporcionar um grande espetáculo e assim contribuir de forma significativa.

Um problema que enfrentamos por aqui é o calendário: ora, se é proposto enfrentarmos times da Europa, precisamos adequar nosso calendário à Europa. O que vimos no Camp Nou, por exemplo, foi sim um jogo em ritmo de treino por parte do Barcelona, mas um futebol acovardado do time santista. E é essa característica que é mais preocupante, que arranha não só a imagem do clube praiano, mas de uma nação que respira futebol. Afinal, no quesito exposição de marca, alguém acredita que o retorno tenha sido positivo? “Essas são as fortes e estruturadas equipes do chamado país de futebol”?

A verdade é que nosso futebol está muito ultrapassado, não há espaço para participações medianas como as que tivemos. Precisamos sim procurar formas de alavancar nossas receitas e mirar expansão de mercado – quando chega-se à conclusão estruturada que assim deve ser feito – em tempo. E é por isso que o título do post é válido.

Negócio & Esporte