image001Pode ser que se apenas uma mera coincidência

Mas o fato é que a chegada de Paulo Autuori ao Tricolor coincide justamente com o oitavo aniversário da conquista do tricampeonato da Taça Libertadores.

Com a saída voluntária do técnico Emerson Leão, a estreia de Autuori na competição aconteceu em 11 de maio de 2005 na ultima partida pela fase de grupo.

No Morumbi, vencemos a equipe boliviana do The Strongest por 3 a 0, com gols de Luizão, Edcarlos e Grafite.

Naquele dia jogamos com Mito, Cicinho, Lugano, Fabão, Edcarlos, Junior, Mineiro, Danilo depois Marco Antonio, Josué, Grafite depois Diego Tardelli, Luizão depois Souza.

Classificamos invictos com três vitórias, três empates, 16 gols marcados e 9 sofridos.

Pelas oitavas de finais enfrentamos o nosso eterno freguês de Libertadores, o alviverde da Lapa, o Palmeiras.

Foram duas vitórias, uma por 1 a 0, no Palestra Itália, e 2 a 0 no Morumbi.

Nossas escalações?

Autuori voltou a repetir a mesma equipe que tinha vencido os bolivianos.

Apenas uma mudança, saiu Edcarlos, entrou Renan.

Pelas Quartas de Finais, passamos pela equipe mexicana do Tigres.

Na primeira uma goleada por 4 a 0, como dois gols do Mito.

Na partida de volta, a única derrota de toda a competição, 2 a 1.

Nossas escalações?

Poucas mudanças.

Alex entrou… no primeiro jogo no lugar de Lugano e depois no de Fabão.

Na segunda partida, saiu Grafite e entrou o lateral Michel, em uma mudança motivada muito mais pela classificação já estar praticamente garantida.

Autuori mudou pouco.

Ah, pode se falar que a equipe já tinha sido montada anteriormente por Cuca e Leão, mas o fato é que é possível notar que Autuori não se contentou com a mesma equipe e testou diferentes jogadores dentro de um mesmo estilo de jogo.

Pelas semifinais enfrentamos o River Plate.

Duas vitórias convincentes, por 2 a 0 no Morumbi e 3 a 2 no Monumental de Nunez.

As escalações?

Cicinho saiu da equipe e em seu lugar estava Alex nas duas partidas.

Renan também perdeu posição.

A grande diferença, no entanto, foi a chegada de Amoroso.

Contratado, entrou direto na equipe.

Nas finais, diante do Atlético Paranaense, a primeira entre equipes de um mesmo país, a equipe paranaense não poderia jogar na Arena da Baixada.

O regulamento exigia estádio com capacidade para 40 mil pessoas.

Até hoje, dirigentes atleticanos acusam o São Paulo de ter pressionado a Conmebol.

O primeiro jogo da decisão foi no estádio do Beira Rio, em Porto Alegre, e acabou 1 a 1, com gols de Aloísio para o Atlético e de Durval (contra) para o São Paulo.

Na partida final, uma sacolada.

Eis a ficha técnica da partida final:

São Paulo 4 x 0 Atlético Paranaense

Data: 14/07/2005

Juiz: Horácio Elizondo (Argentina)

Público: 71.986

 

Gols: Amoroso aos 16′do Primeiro Tempo; Fabão aos 7′, Luizão aos 25′e Diego Tardelli aos 45′do Segundo Tempo.

São Paulo: Rogério Ceni, Fabão, Lugano e Alex; Cicinho, Mineiro, Josué, Danilo e Júnior depois Fábio Santos; Amoroso depois Diego Tardelli e Luizão depois Souza. Técnico: Paulo Autuori.

Atlético Paranaense: Diego, Jancarlos, Danilo, Durval e Marcão, depois Rodrigo; Cocito, André Rocha, depois Alan Bahia, Fabrício e Evandro; Lima, depois Fernandinho, e Aloísio. Técnico: Antônio Lopes.

Quanto as escalações, desde a estreia frente os bolivianos, notamos apenas duas mudanças.

Entrou Alex saiu Edcarlos.

 

Entrou Amoroso saiu Grafite.

 

Pois bem, não há como notar que em 2005 Autuori pegou uma equipe bem montada.

 

Mas é fato também que houve sua ação efetiva.

 

 

Poucas mudanças, algumas por contusões, mas o time se acertou.

 

Mérito de Autuori… também.

 

 

Por mais que tenhamos que lembrar também que durante o campeonato brasileiro daquele ano, chegamos a ficar na Zona de Rebaixamento.

 

Algo que muitos, talvez, tenhamos esquecido.

 

Ao fim daquele ano, no entanto, o título mundial, o tri.

 

Aliás, sempre é bom lembrar, a única equipe brasileira tricampeã mundial.

José Renato