fut_pauloautuori1_disp.jpg_15Quase oito anos depois de conquistar os títulos da Libertadores e do Mundial de Clubes, Paulo Autuori está de volta ao São Paulo. O técnico acertou seu retorno após se desligar do Vasco, que não cumpriu o prazo dado a ele para regularizar pagamentos de salários. Ele era o nome preferido do presidente Juvenal Juvêncio, que demitiu Ney Franco depois da derrota para o Corinthians no primeiro jogo da Recopa. O acordo foi rápido, e o Tricolor só aguardava a assinatura do contrato para fazer o anúncio, o que aconteceu nesta quinta-feira. Ele será apresentado ainda nesta quinta e já comanda o treino no CT.

Essa foi a terceira vez que o Tricolor tentou trazer Autuori de volta desde sua saída no fim de 2005. Em 2011, o diretor de futebol Adalberto Baptista chegou a visitar o treinador no Rio de Janeiro quando Paulo César Carpegiani caiu, mas ele não conseguiu a liberação do Al-Rayyan, clube do Qatar onde trabalhava.

A demissão de Ney calhou com a insatisfação de Paulo Autuori no Vasco. Apesar do apelo de parte da torcida são-paulina, que gritou o nome de Muricy Ramalho nas derrotas para Goiás, Corinthians e Santos, Juvenal e Adalberto, que decidem o futebol do clube, sempre priorizaram o campeão mundial. Ele, por sua vez, também viu com bons olhos a chance de voltar ao Morumbi.

O novo comandante chega com aprovação de quem trabalhou com ele em 2005. É o caso, por exemplo, do goleiro Rogério Ceni, e de parte da comissão técnica, inclusive Milton Cruz, que comandou a equipe diante do Santos no último domingo. Em sua passagem anterior pelo São Paulo, Autuori estreou com uma goleada de 5 a 1 sobre o Corinthians, no Pacaembu. No dia 17, ele terá novamente o rival pela frente, no mesmo estádio, pela decisão da Recopa.

Foram 53 jogos disputados em 2005, com 25 vitórias, 11 empates e 17 derrotas.

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Fonte: Globo.com

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Eu não tenho o mínimo conhecimento sobre psicologia infantil ou pedagogia, mas posso dizer uma coisa, pais maldosos criam filhos revoltados.

Fazendo uma analogia, podemos dizer que a diretoria seria o pai malvado e a torcida o filho revoltado. Está cada vez mais difícil se manter sereno diante de tanta recusa.

Enquanto gritamos por Muricy, a diretoria faz pulso firme e contraria, vai trazer o Autuori. Não acho ruim a vinda dele, muito menos questiono a sua capacidade técnica, mas digamos que o filho revoltado está precisando de um afago.

Não acho que se deva fazer todas as vontades dos torcedores porque muitas vezes pensamos apenas com a emoção e não somos capazes de ver problemas internos, que não são ou estão evidentes. Mas parece que a diretoria ultimamente tem usado a voz da torcida como base para escolher o oposto, e essa voz TEM que ser ouvida, ou pelo menos considerada! Esse desprezo todo é vergonhoso.

Pedimos Lugano, contrataram Lúcio. Adoro o Lúcio, mas não podemos esquecer que a eliminação da Libertadores foi para a conta dele. Clamamos por Felipe Melo, renovaram com o Denílson (me dói a alma só por escrever essa frase). Gostaríamos do Cicinho da Ponte Preta (que agora é do Santos), trouxeram o Caramelo. Para o ataque não veio ninguém, só conseguiram manter Luis Fabiano depois de um protesto que iria mexer na parte financeira do clube.

Agora a torcida IMPLORA por Muricy a cada jogo nas arquibancadas. É Muricy! É Muricy! Sei que ele não é unanimidade, mas notei que é o desejo da grande maioria. Por questões políticas é quase certa a vinda de Autuori. Acredito que qualquer um dos dois terá uma bela bucha pela frente. Afinal, estamos falando de um clube onde o futebol se tornou secundário e as relações políticas agora é assunto prioritário.

Para tudo na vida se recomenda o equilíbrio. Só que no São Paulo a gangorra está pesando em um lado só há muito tempo. O discurso da torcida por enquanto é conformista, “em abril de 2014 as coisas mudam”. Mas não acredito que a paciência do torcedor terá forças para esperar até o próximo ano.

Acho que a criança vai crescer rapidamente e passar a devolver as maldades que os pais a fizeram sofrer.  Hoje eu vejo a torcida tricolor como uma bomba relógio, falta apenas mais um tapa para explodir.

Por: Mel Castro