[tab:Análise]

analise

A expectativa…

Um time que há seis partidas não vence. Cabia a MILTON CRUZ a tarefa de recolocar o time no caminho. Contando com a estreia de CLEMENTE RODRIGUEZ e de LUCASFARIAS como titular, era hora de começar a sair do buraco…

E a dura realidade…

1º tempo

Menos de 3 minutos de jogo e o Bahia mostrou que poderia complicar. Bom chute de fora da área de Diones e a bola passou rente à trave direita de ROGÉRIO CENI. O Bahia, vejam só, pressionava o SÃO PAULO, jogando em cima de LUCAS FARIAS, pela direita. O tricolor, acuado, se defendia e até os 6 minutos sequer havia conseguido passar do meio campo. E não demorou para surgirem os primeiros gritos, ridículos, de “é quarta-feira!”.

O fato é que o SÃO PAULO tinha tremendas dificuldades para sair jogando. Tanto que OSVALDO vinha buscar a bola na lateral esquerda tricolor.

Perdido em campo, o SÃO PAULO era um arremedo de time. Desajustado, desorganizado… A lógica impunha o pensamento de logo o tricolor paulista tomaria o gol não fosse o esporte o futebol, cujo  imponderável é inerente e, não raras vezes, protagonista: aos 14 minutos, depois de lançamento de JADSON, LUÍS FABIANO escorou de cabeça para ALOÍSIO, que entrava pelo meio da área. O raçudo atacante tricolor matou a bola e, meio desajeitado, finalizou no canto esquerdo de Marcelo Lomba, que tentou a defesa e ainda tocou na bola, mas não o suficiente para afastá-la da meta: SÃO PAULO 1×0!

E o SÃO PAULO parecia ter acordado. Aos 18, depois de boa jogada pela direita, MAICON, na linha de fundo, passou na medida para LUÍS FABIANO, próximo a pequena área finalizar rasteiro, com força, mas para fora.

O Bahia tentava voltar à pressão que exercia antes do gol do SÃO PAULO, a marcação do time baiano era ferrenha, principalmente sobre JADSON, mas o camisa 10 começava a construir um perímetro que lhe proporcionasse um mínimo de condição de jogo, com rápidas e boas trocas de passes com MAICON.

Aos 23, MAICON fez belo lançamento para ALOÍSIO na direita. O atacante tricolor enfrentou a marcação, foi derrubado, mas não desistiu do lance e, na linha de fundo, não fosse intervenção da zaga do Bahia, teria entregue a LUÍS FABIANO o segundo gol do SÃO PAULO na partida. No minuto seguinte, MAICON recebeu dentro da área e chutou em cima de Titi, perdendo outra boa chance de gol.

O SÃO PAULO, embora estivesse muito longe de jogar bem, tinha lampejos de time. Mas o Bahia assustava: aos 28, em bela cobrança de falta da intermediária, bola quase no ângulo direito de ROGÉRIO CENI, que fez a defesa com segurança e ficou com a bola. Na reposição, pelota alçada com as mãos para JADSON, que mandou para MAICON, dentro da grande área. Não fosse nova intervenção providencial da zaga do Bahia, Marcelo Lomba teria problemas para evitar o segundo gol do SÃO PAULO.

Curioso como sobravam cartões para o SÃO PAULO. ALOÍSIO, CLEMENTE RODRIGUEZ e LÚIS FABIANO foram os contemplados. Já para ao Bahia, que cometia os mesmos tipos de falta, nada disso. Sorte do apitador que é possível comprar critério em qualquer “venda de esquina”. É…

O Bahia trocava passes como queria na intermediária do SÃO PAULO. Aos 38 minutos, a bola acabou sobrando para Marquinhos próximo da pequena área. O atacante do Bahia, de bico, tocou a bola no canto direito de ROGÉRIO CENI, que com reflexo em dia, mandou para escanteio. Falha de posicionamento, desorientação na marcação, alguma leniência ou tudo isso junto: era incrível como o Bahia encontrava espaços para tocar a bola, seja no meio-campo, seja na defesa do SÃO PAULO, que não desarmava e assistia passivamente à partida, ao invés de participar dela.

OSVALDO, embora lutasse, era uma sombra do que já foi. E este escriba já não sabia mais se os da arquibancada torciam pela quarta-feira ou pelo SÃO PAULO.

Aos 45 minutos, o apitador colocou fim ao primeiro tempo.

2º tempo

O SÃO PAULO voltou à campo para o segundo tempo com a mesma formação que terminou o primeiro. E tentando jogar mais pelos lados do campo, principalmente pelo lado esquerdo, com OSVALDO e CLEMENTE RODRIGUEZ. E também com LUCAS FARIAS, que quase não apareceu no primeiro tempo.

O jogo, até os 7 minutos, era um perde-ganha feroz, com a defesa tricolor paulista batendo cabeça em alguns momentos, como é de praxe!

Aos 9 minutos, MILTON CRUZ mandou RONI para o campo e OSVALDO, que não está bem, para o banco.

E a deficiência do SÃO PAULO em retomar a posse de bola fazia de cada bola perdida um lance de perigo iminente.

Começava a circular pelo estádio a informação de que PAULO AUTUORI chegaria nesta quinta-feira (11/07) para assinar contrato com o SÃO PAULO.

RONI deu um pouco mais de movimentação ao ataque do SÃO PAULO. Aos 15, depois de boa troca de passes do SÃO PAULO na intermediária do Bahia, MAICON chutou forte, para defesa em dois tempos de Marcelo Lomba, que teve alguma dificuldade no lance.

Aos 16, Marquinhos Gabriel passava pelos jogadores da defesa tricolor como se fossem cones. A falta de combatividade era algo que incomodava, tanto que, depois de jogada pela direita da defesa do SÃO PAULO, aos 19 minutos, bola alçada na área para Anderson, dentro da pequena área, completar para o gol. 1×1!

LUÍS FABIANO também ia mal. Tão mal que conseguiu ser expulso. DE NOVO! Tendo amarelo, aos 20 minutos tocou com a mão na bola e foi corretamente posto para fora da partida.

Aos 23, ADEMÍLSON foi para o jogo no lugar de ALOÍSIO. No minuto seguinte, não fosse CLEMENTE RODRIGUEZ, Anderson sairia na cara de ROGÉRIO CENI.

O que se via em campo era um SÃO PAULO que se resumia a um monte de jogadores que corriam distantes uns dos outros, sem qualquer organização tática, desmantelado taticamente, que se defendia como dava e que não desarmava, com quase todas as jogadas do Bahia terminando próximas ao gol do SÃO PAULO. Osso!

ADEMÍLSON, aos 27 minutos, foi derrubado quando partia para entrar na grande área. Falta. JADSON cobrou, RONI desviou de cabeça e a bola sobrou para LÚCIO, que mandou a pelota na Giovanni Groncchi, quando o assistente do apitador anotava impedimento.

E Anderson dava trabalho. Aos 29, agora em falta pela esquerda, o atacante do Bahia cobrou direto para o gol e ROGÉRIO CENI fez a defesa, seguro no lance.

LUCAS FARIAS, aos 32, deixou o campo com câimbras. E o SÃO PAULO, temporariamente, tinha dois a menos. Impossibilitado de retornar, foi trocado por SILVINHO.

Aos 35, nova troca de passes do Bahia e Fernandão tentou da entrada da área. A bola, rasteira, morreu nas mãos de ROGÉRIO CENI. Com um a mais, o Bahia pressionava.

CLEMENTE RODRIGUEZ dava as caras pelas esquerda, mas sozinho, era muito pouco para o SÃO PAULO. Aos 41, escanteio para o SÃO PAULO. JADSON mandou na cabeça de LÚCIO que cabeceou forte, rasteiro, no canto esquerdo de Marcelo Lomba, que guardadas as devidas proporções, fez uma defesa a la Gordon Banks. No lance seguinte, Silvinho tentou o chute e a bola passou muito perto.

E CLEMENTE RODRIGUEZ foi expulso aos 42.

Poderia ficar pior? Sim, poderia: aos 43, depois de falha absurda no miolo da zaga do SÃO PAULO, a bola sobrou para Fael que só teve o trabalho de empurrar para as redes. A quarta derrota consecutiva era o retrato do atual momento do SÃO PAULO.

Com a vantagem no placar e com dois jogadores a mais, o Bahia tocava a bola, deixando o tempo passar.

Até que o apitador colocou fim à partida.

Fim de jogo. Outra derrota. Agora, de virada. O fundo do poço mais que uma realidade, é, hoje merecimento por tudo o que tem acontecido nos últimos tempos.

Ninguém – ninguém! – passa impunemente pelo continuísmo, danoso em qualquer setor da sociedade.

[tab:Notas – BC/BM]

notas

Rogério Ceni: Sem culpa em nenhum dos gols. Fez algumas boas defesas e ajudou a amenizar o vexame. 4

Lucas Farias: Sentiu a estreia e fez pouco. 2

Lúcio: Péssima partida. Não consegue dar combate aos atacantes. 1

Rhodolfo: Assim como seu companheiro, horroroso no jogo de hoje. 1

Clemente Rodriguez: Fazia uma estreia apenas razoável, até ser expulso. 0

Rodrigo Caio: Vinha sendo um dos melhores do time – o que ilustra bem o atual momento, ainda que seja um jogador bastante promissor, não pode ser o único destaque – mas hoje não se encontrou em campo. O SÃO PAULO é um time que não desarma. 1

Maicon: Ofensivamente, até que apareceu, apesar de não acertar o alvo. Defensivamente, nulo. 2

Jadson: Responsável pelo lançamento do primeiro gol, tentou levar o time nas costas. Em vão. Sumiu no segundo tempo, principalmente depois das expulsões. 3

Aloísio: Raçudo e brigador, luta o jogo inteiro. Fez o seu e sua entrega é comomvente. 6

Luís Fabiano: Há muito tempo não vem jogando nada. Participou no primeiro gol e só. Hoje, merece ser banco. Mas, de quem? É… Planejamento, né? Pois é… Ineficiente para o SÃO PAULO, eficiente para o adversário. Outra expulsão boba. 0

Osvaldo: Vítima da camisa amarela, precisa repensar o que quer no SÃO PAULO. Hoje, é banco. Mas, de novo: de quem? 1

[RONI]: Até deu um pouco mais de dinâmica ao ataque, mas é limitado. 2

[ADEMILSON]: Entrou para melhorar o ataque. Não conseguiu. 1

[SILVINHO]: Deu um pouco mais de velocidade, tentou chutes a gol, mas não foi suficiente. 1,5

Milton Cruz: Armou o SÃO PAULO com três atacantes para pressionar o Bahia, mas o que se viu foi um time desorganizado, desajustado, totalmente perdido em campo. Essa sua passagem pelo comando do time está muito abaixo das outras. 2

Bola+Cheia+Bola+Murcha

Bola Cheia

  • NINGUÉM.

Bola Murcha

  • A bagunça que virou o SÃO PAULO dentro de campo, para muitos, reflexo do que há fora.

 

Por – Paulo Renato Martins Vieira